ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 22/08/2020 07:50
CADERNO NOVA REVOLUÇÃO HUMANA
Capítulo “Origem”, volume 29
PARTE 17
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração da Editora Brasil Seikyo – BSGI
Após a cerimônia de doação de livros, a comitiva trocou ideias sobre questões educacionais com as autoridades da universidade e prometeram um reencontro antes de deixarem o campus.
Já passava das 16 horas. Shin’ichi e o grupo que o acompanhava se deslocaram ao Jardim de Lodi, na região central de Nova Délhi, próximo à universidade. Ali se encontra o mausoléu imperial da dinastia Lodi que prosperou entre os séculos 15 e 16, e é um local de descanso da população.
Nesse jardim, estava previsto um encontro de Shin’ichi com os membros do Grupo de Pesquisas Culturais da Índia.
Na ocasião da visita de Shin’ichi a Osaka em junho de 1972, foi realizada uma reunião de diálogo com cerca de trinta representantes de diversas universidades da região de Kansai. Um dos membros lhe comunicou que iria estudar na Índia. Então, em meio ao diálogo, Shin’ichi propôs que cada um estudasse sobre esse país e que sete anos depois fossem para lá. Esse era o Grupo de Pesquisas Culturais da Índia.
A pessoa que comunicou sua ida à Índia para estudar era o jovem Akiharu Otsuki, estudante da faculdade de línguas estrangeiras dos idiomas da Índia e do Paquistão. Quando ele estudava sobre o budismo, visualizando o kosen-rufu do mundo, pensou: “Nós estudamos o budismo com base na tradução do Sutra do Lótus feita por Kumarajiva. Porém, na tradução do sânscrito para o chinês, não haveria diversas interpretações à moda chinesa? Da ótica do kosen-rufu mundial, não seria necessário estudar interpretações com base no sânscrito? Além disso, poderíamos reconfirmar assim a grandiosidade da tradução de Kumarajiva”.
Foi então que Otsuki decidiu estudar na Índia. Shin’ichi sentia-se feliz em ver a disposição do jovem de agir pensando seriamente no kosen-rufu mundial. Qualquer um pode relatar seus sonhos e ideais, mas o importante é “O que devo fazer agora” e “Que esforços devo realizar a cada dia” visando concretizá-los. O senso de missão e de responsabilidade se manifesta na forma de ações.
PARTE 18
Um mês após aquele encontro em julho de 1972, Otsuki viajou para a Índia e ingressou na Universidade de Sânscrito Sampurnanand, em Benares (atual Varanasi). Dois anos depois, retornou ao Japão e trabalhou cerca de dois anos em uma empresa de comércio exterior. Em março de 1976, viajou novamente para a Índia a fim de cursar pós-graduação na Universidade de Bombaim (hoje, Mumbai).
Naquele encontro, conforme compromisso firmado com Shin’ichi de se reunirem após sete anos na Índia, ele o recebeu como estudante da pós-graduação.
O avião com os membros do Grupo de Pesquisas Culturais da Índia aterrissou em Nova Délhi no dia 4 de fevereiro de 1979. Durante dez dias, eles visitaram diversas localidades, como Gaya, Patna, Calcutá (posteriormente Kolkata) onde observaram as relíquias do budismo, as condições sociais e a vida das pessoas, além de realizarem intercâmbios com os membros locais. Relembrando-os com muita saudade, Otsuki recebeu seus companheiros do Grupo de Pesquisas Culturais da Índia no aeroporto de Nova Délhi.
Ao chegar a Nova Délhi pouco depois da zero hora do dia 6, Shin’ichi enviou-lhes imediatamente uma mensagem: “Hoje, visitarei a Universidade de Délhi. Vamos nos encontrar logo depois. Eu os aguardarei ansiosamente”.
E assim, realizou-se o reencontro com os membros no Jardim de Lodi.
— Boa tarde, sensei!
Vozes animadas dos jovens ecoaram pelo local.
— Vocês estão bem? Finalmente cumprimos nossa promessa. Como nos reunimos na Índia, conforme nosso objetivo, vamos todos tirar uma foto comemorativa.
Logo após, caminharam pelo jardim, conduzidos por Otsuki.
Shin’ichi imaginou: “Como Toda sensei deve estar feliz pelo fato de os jovens com ardente decisão pelo kosen-rufu se reunirem neste momento na Índia!”. O kosen-rufu mundial se torna possível por meio do juramento e das ações transmitidos do mestre para os discípulos e, sucessivamente, para outros discípulos.
O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.