ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 17/10/2020 18:25
PELO MUNDO
DA REDAÇÃO
A dança despertou em Reynaldo o desejo de realizar os sonhos e alegrar as pessoas
Reynaldo ainda morava em São Paulo, SP, quando decide se dedicar à dança — algo que lhe exige considerável esforço e determinação. Passados mais de vinte anos, ele conta sobre sua trajetória até chegar à Áustria, onde vive dessa arte.
Reprodução/Foto-RN176 Foto Editora Brasil Seikyo – BSGI
“Comecei a dançar depois de participar de um festival da BSGI. Não sabia como, mas queria viver de arte. Anos depois, seguindo meu coração, desisti de um curso de fisioterapia e ingressei num projeto de dança do Theatro Municipal de São Paulo. Estava com 20 anos e tinha pouca técnica, mas meu desejo era tão sincero que avancei. Consegui bolsa de estudos numa academia e, em paralelo, trabalhava como atendente de telemarketing em rotinas exaustivas. Nas atividades da BSGI, encontrava esperança para não desanimar”, diz.
Seus esforços resultam no primeiro trabalho com dança. “Foi na ópera Contos de Hoffman. Pedi as contas no emprego e recitei daimoku para que meus pais compreendessem minha decisão, principalmente quando o contrato acabou e fiquei desempregado.”
Essa situação não dura muito, pois logo surgem outros trabalhos e a chance de ir para fora do Brasil. “Passei num teste para dançar na Europa. No entanto, somente um ano depois, sendo contatado pela mesma companhia, decidi que era hora de alçar voo para o mundo. Sempre tive esse sonho, então abracei tal oportunidade. Trabalhei por quatro anos em resorts e em hotéis na Turquia, no Egito, na Tunísia e em outros lugares. E, em meio aos shows, aprendi a falar inglês, conheci muita gente e culturas diferentes. As experiências na Gakkai me auxiliaram a lidar com tantas novidades. Levei livros na bagagem e consagrei o Gohonzon num guarda-roupas para não interromper a prática, pois sempre recitei bastante daimoku”, revela.
Em 2009, retorna ao Brasil e fica no país por mais um ano antes de iniciar sua história na pequena e montanhosa Áustria, Europa Central. “Juntei as economias e vim para a capital, Viena, onde moro com meu companheiro, Gerald”, conta. Ele faz amigos, consegue novos trabalhos, integra-se à organização e hoje é vice-responsável pelo grupo Sokahan de Viena. “A Gakkai é tão maravilhosa que ela se molda à cultura de cada país. Embora aqui ainda existam poucos membros, somos como uma família. E nas atividades sempre há bastante estudo. Também temos um grupo de brasileiros e, juntos, recitamos daimoku e organizamos confraternizações com música, dança e comidas típicas para matar a saudade do Brasil [risos]. Fiquei feliz ao encontrar uma amiga bailarina com quem montei um grupo de dança. Ano passado, nós nos apresentamos numa atividade, em Milão, Itália”.
Reynaldo complementa: “Profissionalmente atuei, fiz projetos, dancei em musicais latinos, em peças de teatro. Sempre danço com a alma. Procuro dar o meu melhor e sou reconhecido por isso. Depois de fazer parte de uma ópera, fui contratado para muitas produções como essa”.
Ele, que recentemente iniciou ensaios do espetáculo Electra, demonstra que tem energia de sobra para conciliar as tarefas e faz planos. “Em paralelo, trabalho num Serviço de Atendimento Especializado (SPA), num ramo no qual quero me aperfeiçoar pensando em ter meu próprio espaço. Nesse sentido, a prática budista é como uma alavanca que me permite avançar em meus objetivos alinhado à luta pelo kosen-rufu ”, finaliza