ROTANEWS176 E POR IG 02/11/2020 08:00 Por Henrique Borba
Na hora da compra é o mais difícil de descobrir, o correto mesmo é pelo aroma e pelo sabor, indica instituição
Reprodução/Foto-RN176 Inbraoliva dá dicas para identificar um azeite falsificado – SXC
Já pensou comprar azeite de oliva extra-virgem e depois descobrir que, na verdade, era uma mistura de azeite e óleo de soja? Isso aconteceu com a assistente administrativo do hospital Mário Covas, Marizete do Nascimento Pellegrini, 44, que diz ter comprado azeite falso “várias vezes”. Em fevereiro deste ano, em Araraquara, no interior de São Paulo, mais de quatro mil frascos de azeite de oliva falsificados foram destruídos após uma investigação comandada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Segundo o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), o ministério realiza operações para apreender os lotes de azeite fraudado, o que gerou uma queda de 30% no número desse tipo de fraude por ano.
Mas Marizete conta que entende de um “bom azeite”. Segundo ela, o padrasto, que era filho de português, a ensinou tudo o que sabia sobre azeite de oliva . “Lembro que meu padrasto tomava sempre uma colher e colocava um pouquinho no nosso prato”.
Reprodução/Foto-RN176 Marizete diz que consegue identificar um “bom azeite” – Arquivo pessoal/Marizete do Nascimento Pellegrini
A assistente administrativo diz que foi assim que conseguiu identificar que o azeite que comprou era falso , “pela consistência, o gosto, cor e viscosidade. Ou pelo sabor de óleo de soja ou óleo envelhecido em alguns [azeites]”.
O Ibraoliva explica que essa técnica usada pela Marizete para identificar a fraudulência do azeite funciona, e que se chama sensorial: quando se experimenta o sabor e o aroma do produto. “É muito difícil identificar um azeite fraudado antes da compra e realizar sua análise, em especial, a sensorial”, explica Paulo Marchioretto, presidente do Ibraoliva.
Mas para ajudar a Marizete e outras pessoas a identificarem o produto antes de comprar – e assim não correrem o risco de consumir um produto fraudado – o Ibraoliva dá algumas dicas:
Antes de comprar:
- Olhar no rótulo se conta como “extravirgem” e depois olhar o contra-rótulo se consta, nos ingredientes, só azeite ou se há óleo de soja. Se constar outro tipo de óleo, é um azeite composto e não extravirgem;
- Azeites envasados no Brasil, também podem sofrer fraudes; e
- Desconfie do preço baixo.
Depois de comprar:
- Preste atenção ao aroma do produto: se parecer com azeitona em conversa, é uma fraude; o azeite deve ter um aroma fresco; e
- Preste atenção ao sabor também.
Além disso, o instituto também indica que, caso o consumidor compre um produto fraudado, para que entre em contato o MAPA para que eles façam uma averiguação. O consumidor também pode entrar com um processo de indenização.