ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 12/12/2020 11:12
RELATO
Com total convicção, Hérica transformou a vida financeira, conquistando os sonhos e criando uma nova história
Reprodução/Foto-RN176 Hérica Pereira da Rocha Oliveira, Vice-resp. pela DFJ do Distrito Boa Vista, RM Norte em Curitiba, CRE Sul, CGRE.
Em 2015, eu estava muito bem. Morava sozinha, tinha um bom salário e com isso fazia as coisas de que gostava. Foi um dos melhores anos da minha vida. No entanto, desatenta, cometi o erro de não cuidar do meu dinheiro. Isso virou um problemão. Por outro lado, fez-me despertar para a prática budista e transformar minha vida financeira.
Um desafio por dia
Chegou 2016, e este foi o ano mais difícil da minha vida. Eu me afastei da Asas da Paz Kotekitai [banda da Divisão Feminina de Jovens (DFJ)], detestava o curso de arquitetura que fazia na faculdade, e acumulei uma baita dívida tentando custear o aluguel e as despesas da graduação.
Felizmente, as amigas da Kotekitai e da organização nunca desistiram de mim, fazendo-me acreditar que eu podia transformar qualquer situação.
Assim, em 2017, voltei a atuar na banda da DFJ, passando a compartilhar minhas preocupações com as “koteki-amigas”, o que me ajudou bastante quando minha família se mudou de Almirante Tamandaré, PR, cidade em que morávamos, para Londrina, PR.
Eu me formei no fim daquele ano, mas fiquei desempregada. As dívidas só aumentavam e, sem saber o que fazer, muitas vezes recitava daimoku chorando.
Certo dia, recebi a visita da amiga Caroll, que citou as palavras de Josei Toda [segundo presidente da Soka Gakkai]:
Uma grande quantidade de dinheiro circula na sociedade. A questão é que não entra em nosso bolso. Se acumular boa sorte e abrir uma porta de entrada, o dinheiro virá ao nosso encontro o quanto desejar. O importante é acumular boa sorte; é edificar a base inabalável para a felicidade que perdure pelas três existências.1
Encorajada, iniciei 2018, estudando finanças pessoais pelo YouTube. E foi assim que cortei a maior parte dos gastos para poder participar dos ensaios da Kotekitai. Também me esforçava para contribuir de todas as formas para o kosen-rufu com todo o coração.
Além disso, para me aprimorar na carreira, entrei num curso para profissionais de construções sustentáveis, e trabalhando agora como atendente de telemarketing.
Segui firme na recitação do daimoku, com a determinação de confrontar meu destino de uma vez por todas. “Gohonzon, eu aguento!”, mentalizei.
Semanas depois fui demitida, mas desta vez era diferente, pois tinha uma direção. Eu me esforcei para concluir os estudos e obtive êxito! Em maio do ano passado, fui contratada pela empresa que me vendeu o curso.
Nessa fase, havia alugado minha casa em Almirante Tamandaré e já estava morando em Curitiba, PR, numa ótima localização, a qual me permite estar próxima dos membros da organização, realizando assim um grande sonho.
Novo avanço
Veio a pandemia do coronavírus e tive a chance de trabalhar de casa. Na empresa, adiantamos o objetivo de expandir os cursos para os Estados Unidos. Com isso, conquistamos o progresso de um ano num mês, mesmo em meio aos desafios.
Em paralelo, quando terminei de pagar as dívidas, em abril, recebi uma bonificação no trabalho. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento à minha dedicação.
Confiante, parti para resolver uma questão antiga relacionada à casa na qual morei parte da vida, mas que gostaria de vendê-la. No entanto, ao surgir um comprador, percebi quanto deveria amadurecer, tanto no sentido de me impor como no de concluir etapas da minha vida da melhor maneira e me sentindo feliz.
Porém, com base no daimoku, mantive a fé de que concluiria essa etapa com vitória. Assim, em maio deste ano, vendi a casa, com a documentação correta e a melhor parte é que isso não gerou desarmonia familiar. O que só confirmou que, por meio da prática budista, realmente transformamos o carma.
Toda essa luta refletiu em meus esforços para colaborar para o desenvolvimento da organização e para o kosen-rufu com tranquilidade, como membro do Departamento de Contribuintes (Kofu), ao cumprir o objetivo que havia lançado.
Na localidade, para a atividade virtual comemorativa de fundação da Divisão Feminina de Jovens, decidi me empenhar com muita gratidão, aproveitando as oportunidades para me aprimorar. Assim, graças ao trabalho em equipe, conseguimos alcançar 54 meninas participantes, ultrapassando a nossa meta!
Nichiren Daishonin afirma:
Aqueles que creem no Sutra do Lótus parecem viver no inverno, mas o inverno nunca falha em se tornar primavera. Desde os tempos antigos, nunca alguém viu ou ouviu dizer que o inverno tenha se convertido em outono ou que uma pessoa que tem fé no Sutra do Lótus tenha se tornado uma pessoa comum [não iluminada].2
Eu sempre sonhei com um inverno em que eu não me desse mal, sabe? [risos] E enfrentei vários desafios sem ter dinheiro para pagar as contas, comprar roupas, pagar a passagem do ônibus ou comprar o lanche para os ensaios da Kotekitai. Mas, hoje, consegui e me sinto grata por estar investindo no meu futuro e por ter condições de ajudar minha família. Tudo mudou. É como Ikeda sensei incentiva:
Simplesmente decidam com toda a firmeza que se negam a ser derrotados e que farão o máximo. Com a fé no Budismo de Daishonin, poderão transformar qualquer coisa em benefício e serão capazes de alcançar uma ilimitada boa sorte. Se triunfarem no final, todas as suas batalhas se converterão em valiosas recordações.3
Notas:
- Brasil Seikyo, ed. 2.063, 11 dez. 2010, p. A12.
- Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin, v. I, p. 560.
- Brasil Seikyo, ed. 2.015, 12 dez. 2009, p. A2.
Hérica Pereira da Rocha Oliveira, 27 anos. Arquiteta. Vice-resp. pela DFJ do Distrito Boa Vista, RM Norte em Curitiba, CRE Sul, CGRE.