A família toda vai viajar, mas e o gato?

ROTANEWS176 E CANAL DO PET                                                                                                        Alexandre Rossi  24/12/2016 15:00

No final de ano muitas pessoas tiram férias e planejam viajar, mas não sabem exatamente o que devem fazer com o gato

Olá, amigos do Canal do Pet. Sei que muito de vocês pretendem viajar nesse final de ano, mas e aí, o que fazer com o gatinho de estimação? Devemos ou não levá-los junto?

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Reprodução/Foto-RN176  Quando o dono viajar, as vezes a melhor opção é deixar o gato em casa

Para responder a essa pergunta, vale antes de qualquer coisa pensar sobre os comportamentos naturais dos gatos. Dessa forma saberemos se viajar junto com a família é mais saudável do que deixá-lo em algum hotel, por exemplo.

Mais reservados

Gatos, diferentemente dos cães, não costumam se adaptar rapidamente a ambientes novos e diferentes. Cães geralmente chegam a um local novo querendo explorar, cheirar e brincar. Já os gatos, em sua grande maioria, vão se esconder, buscar um lugar para se entocar e só sairão dali quando forem aos poucos se sentindo confiantes.

Em locais desconhecidos, no início, os gatos tendem a se sentir inseguros, pois faz parte do comportamento natural dos felinos conhecer e poder controlar totalmente o ambiente onde estão para, somente então, relaxarem por completo.

Há gatos cujo temperamento individual é mais confiante. E se tiverem sido acostumados a ir com a família a locais diferentes desde filhotes, pode ser uma opção levá-lo (sempre lembrando que é preciso garantir a segurança, só o levando para locais com telas nas janelas e sem rotas de fuga para a rua, para evitar acidentes).

Deixando em casa

Portanto, para grande parte dos gatos, a melhor opção é deixá-lo em casa, ou seja, no lugar onde eles já estão totalmente habituados e se sentem bem.

Mas e quanto a ficar sozinhos? Essa pergunta aflige muitas pessoas. Gatos são animais mais independentes do que os cães. Apesar de desenvolverem fortes vínculos com as pessoas com quem convivem, eles conseguem se adaptar melhor à casa vazia.

Isso porque os felinos são caçadores solitários, que lutam pela sobrevivência individualmente, sem a necessidade da presença de um grupo para viverem bem. Por isso, a perspectiva de estarem sozinhos no ambiente não costuma causar grandes sobressaltos. Se na casa forem dois ou mais gatos que se dão bem, melhor ainda.

Mas é importante que, pelo menos dia sim dia não, alguma pessoa esteja com ele para os cuidados cotidianos e também para interagir, brincar (de preferência, alguma pessoa que ele já conheça).

Profissionais especializados

Além de pessoas da família ou amigos, atualmente é possível encontrar profissionais chamados “babá de gatos” (ou “cat sitters”), que prestam serviços de cuidados a gatos na residência, durante a ausência dos tutores. Vale buscar a indicação de um profissional, checar a sua reputação e eficiência, além do conhecimento que ele tem com o cuidado de gatos.

Quem quer que seja a pessoas escolhida para cuidar do felino, em cada visita ela deve trocar toda a água e comida, e limpar as caixas de areia. Deve também deixar bastante enriquecimento ambiental para gatos, ou seja, atividades para ele se distrair enquanto estiver sozinho.

Algumas ideias: brinquedinhos específicos para gatos, catnip nos arranhadores, dispensadores de alimentos. Cuidado para não deixar objetos lineares (fios, cordinhas etc.), para não haver risco de o gato se enrolar ou engolir – isso é muito perigoso.

Mantenha também remédios e produtos de limpeza fora do alcance dos animais. Para gatos sociáveis e já acostumados com a pessoa que cuidará deles, brincar, fazer carinho, jogar bolinha, também vai garantir diversão extra.

Com esses cuidados, a família pode viajar tranquila e o gato fica feliz e relaxado em casa.

Um abraço a todos e curtam as férias!

Alexandre Rossi.