ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 13/03/2021 15:25
RELATO
Sem recuar, Anderson decidiu transformar os desafios na chance de vencer
Reprodução/Foto-RN176 Anderson Paixão de Jesus, Resp. pela DMJ do Distrito Subúrbio; Vice-resp. pelo grupo Ohrinkai da Sub. Bahia. CGRE.
Pratico o budismo há 31 anos. Quando ingressei na BSGI, ainda na infância, com minha família, despertei para meus próprios objetivos e para conduzir a vida por um caminho correto.
Na década de 1990, com o apoio do meu pai, realizei o sonho de ser jogador de futebol, e meu primeiro time foi o Esporte Clube Bahia, no qual fiquei por seis anos. Participava de competições e de jogos preliminares na Arena Fonte Nova, em Salvador. Em paralelo, estudava e participava das atividades do Grupo 2001, na organização, até que, em 1994, fui transferido para o Clube Vitória. Entretanto, minha vida tomou outro rumo quando me tornei pai aos 17 anos. Foi um grande desafio! Não sabia o que fazer e estava dividido entre construir uma família e seguir a carreira de jogador.
Na época, integrava o Sokahan [grupo de bastidores da Divisão Masculina de Jovens (DMJ)], aprendendo a encontrar um ponto de equilíbrio e a tomar decisões importantes.
Depois que minha filha, Emily, nasceu, parei de jogar futebol, buscando ter estabilidade financeira, o que não foi tão fácil.
Eu que agora integrava o Gajokai [grupo de bastidores da DMJ], atuava com a convicção de jamais ser derrotado, sem faltar nos plantões, ciente de que essas eram oportunidades para vencer qualquer dificuldade. O contato com grupos horizontais se tornou a base para mudar minha condição financeira e constituir família.
Manifestar sabedoria
Em 2003, entrei para o ramo financeiro, iniciando uma nova jornada no mercado de trabalho. E foi nesse período também que conheci minha atual esposa Arlete, com quem tenho uma filha de 10 anos chamada Rayana.
Minha determinação era sempre me aprimorar e avançar. Mas, em 2007, descobri o hipertireoidismo, doença que me fez perder 20 quilos em dois meses. Além disso, os médicos diziam, a princípio, que eu teria de tomar remédios controlados pelo resto da vida.
Sem desanimar, eu me desafiei ainda mais na recitação do Nam-myoho-renge-kyo e na participação das atividades da comunidade e do bloco. Li no Brasil Seikyo que “Para conquistarmos a vitória absoluta, precisamos ter consciência da nossa missão e não simplesmente desistirmos no meio do caminho. A correta oração, o diálogo e o estudo são fundamentais para manifestarmos a sabedoria”.1
Segui o tratamento certo de que por meio da prática comprovaria mais essa vitória e quatro anos depois recebia os resultados de novos exames, constatando que a doença havia regredido e os médicos então suspenderam as medicações.
Enfrentei nova batalha em 2018, quando a empresa na qual trabalhava encerrou as atividades. Atuava há dezessete anos como gerente comercial e me vi desempregado, e com um carro financiado pela companhia. Esse era o veículo que utilizava para as atividades e para atuar no Ohrinkai [grupo de transportes da DMJ]. Contudo, no início do ano seguinte, fui contratado por uma grande promotora, algo que me proporcionou melhorar financeiramente.
Naquele mesmo ano, acionei a empresa anterior por conta do financiamento do meu carro que havia sido apreendido. Novamente, fortaleci minha fé no daimoku, dedicando-me às atividades e atuando somente nos bastidores do grupo Ohrinkai.
Mais vitórias
Em 2020, veio a pandemia e estava em viagem pela empresa quando soube que trabalharia em casa. Foi difícil me adaptar e fiquei bastante preocupado com a queda de produção, seguida da redução do meu salário.
No livro Dedico aos Jovens de Juramento, o presidente Ikeda explica sobre a oração de continuidade e cita seu mestre: “O presidente Josei Toda disse também: o leão é o mais forte dentre todos os animais. Nichiren Daishonin afirma que o som da recitação do Nam-myoho-renge-kyo possui vigor e força comparáveis ao rugido do leão”.2
Encorajado, lancei o objetivo de recitar ainda mais daimoku pela saúde e felicidade de todos e, além disso, para resolver a questão do meu carro da melhor forma.
Em junho, meu salário e bonificação foram triplicados devido ao trabalho realizado em meio à pandemia. Em agosto, a antiga empresa entrou em contato comigo para resolver o problema do veículo e da minha rescisão de contrato. Assim, chegamos a um acordo e ainda conseguimos vender o carro. Foi um pulo de alegria! Para completar, comprei um carro à vista, proporcionando mais conforto para minha família, para colaborar com o Ohrinkai e para auxiliar os membros da localidade.
Na organização, a DMJ do distrito chegou a 100% de participação nas duas etapas finais de 2020 no Departamento de Contribuintes (Kofu). Em paralelo, eu me destacava novamente como profissional, obtendo o segundo lugar em produção na Região Nordeste, comprovando com minha postura a grandiosidade do humanismo Soka.
Sigo confiante de que a prática budista é a base para conquistarmos uma vida realizada não importando as dificuldades que possamos enfrentar.
Anderson Paixão de Jesus, 40 anos. Resp. pela DMJ do Distrito Subúrbio; Vice-resp. pelo grupo Ohrinkai da Sub. Bahia. CGRE.
Notas:
- Brasil Seikyo, ed. 2.496, 31 dez. 2019, p. 24-25.
- IKEDA, Daisaku. Dedico aos Jovens de Juramento. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2019, p. 24.