ROTANEWS176 E POR AEROIN 21/03/2021 19:01 Por Carlos Martins
O mais conhecido (e reconhecível) de todos os Boeings 757 do mundo não está passando na sua melhor fase, já que tem ficado a maior parte do tempo no solo. Há quem relacione isso aos negócios do ex-presidente Trump e sua fortuna.
Reprodução/Foto-RN176 O Boeing 757 do ex-presidente Donald Trump Foto de Tomás Del Coro
Em foto registrada pela CNN Internacional, o Boeing 757 de matrícula N757AF é visto no Aeroporto de Stewart, localizado nas proximidades de Nova Iorque e que é utilizado por empresas aéreas de baixo custo assim como alternativa aos congestionados LaGuardia, JFK, Newark e Teterboro.
A aeronave está lá há um bom tempo e tem sentido nisso, pois, como Presidente dos EUA, Donald Trump não poderia voar em uma aeronave sem sistemas de segurança e defesa, como é o caso do C-32A, que é exatamente um jato do modelo 757-200, mas modificado para voos VIP, com todo o pacote de segurança de um avião militar.
Trump saiu da Casa Branca em 20 de janeiro, mas o jato continua no mesmo lugar, parado. Rumores sempre apontavam que, para voltar a voar, ele teria que trocar um de seus motores Rolls-Royce RB211 e que por Trump acreditar, até no último minuto, que o resultado da eleição mudasse, não ordenou a manutenção. Mas Biden virou presidente e o jato segue parado.
Fontes disseram à CNN que Trump tem voado em seu jatinho Cessna Citation X, de menor porte, tanto para ser mais discreto como para economizar dinheiro. Analistas de mercado citaram que a pandemia da Covid-19 e as últimas atitudes como presidente, principalmente relacionadas à invasão do Capitólio por manifestantes, queimaram a imagem do magnata, que viu suas empresas perderem rapidamente valor de mercado e negócios.
As estimativas são de que os negócios de Trump perderam US$700 milhões de dólares em valor de mercado da sua entrada até a sua saída de Washington. Não que isso fosse, necessariamente, um problema para o bilionário, já que “apenas” algumas centenas de milhares de dólares seriam necessárias para arrumar o Boeing 757 – por si só tem um custo de hora de voo na casa dos $18 mil dólares.
Acontece que o ponto-chave dessa história não seria a falta de dinheiro, mas sim a falta de negócios e, principalmente, de viagens a negócios, que poderiam impactar a fortuna do magnata. De novo, não que isso seja um problema para ele.
Por enquanto, no site da FAA, agência americana de aviação civil, o jato está totalmente regular na parte de documentação, sem pendências. Enquanto isso, os planos para o futuro do “Trump Force One”, forma como a aeronave é apelidada, ainda permanecem desconhecidos.