ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 08/05/2021 07:20
EDITORIAL
Reprodução/Foto-RN176 Foto do nome Editorial do Brasil Seikyo – BSGI
Ela nasceu numa família simples, o pai era operador de trator e a mãe trabalhava numa indústria têxtil. E jovem morava numa pequena vila com a avó, os pais, a irmã mais velha e o irmão mais novo. Seu pai foi mandado para a guerra quando ela tinha só 2 anos, e lá faleceu. Aos 16 anos, teve de trocar a sala de aula pelo trabalho em uma fábrica para ajudar a manter a casa. Foi pelo sincero incentivo de sua mãe que, aos 26 anos, Valentina Tereshkova se tornou a primeira mulher a ir ao espaço.
Quando a família soube que Yuri Gagarin foi a primeira pessoa a realizar uma viagem espacial, sua mãe disse: “Agora que um homem foi ao espaço, a próxima a ir será uma mulher”. Esse comentário encheu o coração de Valentina de esperança e a inspirou.
A jovem atravessou barreiras e desafios para alcançar seu objetivo de se tornar astronauta. Fez curso de paraquedismo — já que nas primeiras viagens ao espaço os pilotos, em vez de aterrissar, tinham de saltar da aeronave de paraquedas — de pilotagem de jatos, testes físicos, preparo mental, e tudo longe da sua casa. Depois de tantos meses em isolamento, ao chegar ao seu quarto, olhava a fotografia de sua mãe e em sua mente a ouvia dizer “Eu sei que você pode fazer isso”.
Ikeda sensei, que a encontrou pela primeira vez em maio de 1975, e tornaram-se amigos, conta o que pensou a aeronauta ao avistar o planeta pela primeira vez:
Enquanto orbitava a Terra pensou em sua mãe e em como as pessoas de todos os países que ela conseguia ver do espaço também tinham mãe, que os pássaros voando pelos céus, os peixes que nadavam nos mares e os animais que se moviam pela terra tinham mãe. Então desejou a felicidade de todas as mães que estavam nutrindo preciosas vidas deste fascinante planeta.1
Ao narrar a história de vida inspiradora de Valentina Tereshkova, o amor que tinha por sua mãe e a admiração por todas as mães do mundo, Ikeda sensei incentiva:
Aqueles que demonstram gratidão, respeito e preocupação com relação a outras pessoas também serão gratificados e respeitados de volta. (…) expressem sua gratidão aos seus pais, professores e amigos e àqueles que os apoiam nos bastidores, olhando nos olhos deles e dizendo “Muito obrigado!”.2
Com esta edição que homenageia as Mães Soka, Brasil Seikyo manifesta aos estimados leitores e, especialmente, às mães, nosso “Muito obrigado!”.
Boa leitura!
Notas:
- RDez, ed. 193, jan. 2018, p. 12-13.
- Ibidem.