Primeira mulher a receber transplante de útero nos EUA tem boa evolução

FRANCE PRESSE E ROTANEWS176 07/03/2016 18h57

Mulher de 26 anos passou por técnica na semana passada.
Na Suécia, mulher que recebeu transplante do tipo já deu à luz.

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Reprodução/Foto-RN176 Lindsey (que não quis divulgar seu sobrenome) e seu marido Blake apresentaram-se para a imprensa ao lado da equipe médica da Cleveland Clinic nesta segunda-feira; ela foi a primeira a receber um transplante de útero nos EUA (Foto: Marvin Fong/The Plain Dealer via AP)

Uma mulher de 26 anos e mãe adotiva de três meninos, que na semana passada tornou-se a primeira a passar por um transplante de útero nos Estados Unidos, foi apresentada nesta segunda-feira (7) à imprensa.

A mulher, identificada apenas pelo primeiro nome, Lindsey, nasceu com uma condição conhecida como fator de infertilidade uterina, o que significa que não é possível utilizar o útero, ou que ele não funciona corretamente, inviabilizando a gravidez.

Este transtorno afeta entre três e cinco por centro das mulheres em todo o mundo, e cerca de 50 mil mulheres nos Estados Unidos.

No caso de Lindsey, ela contou que foi informada que não poderia ter filhos quando tinha 16 anos. “E a partir deste momento rezei para que Deus me desse a oportunidade de experimentar a gravidez e aqui estamos hoje no início dessa viagem”, disse a mulher em coletiva de imprensa.

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Reprodução/Foto-RN176  Médicos realizam o primeiro transplante de útero dos Estados Unidos em uma paciente de 26 anos na Clíniva Cleveland, em Ohio, no dia 24 de fevereiro (Foto: Reuters/Cleveland Clinic)

Em 26 de fevereiro, a mulher recebeu um útero de uma doadora de 30 anos que havia dado à luz previamente e morreu de forma repentina, informaram os médicos da Clínica de Cleveland, em Ohio (nordeste). A cirurgia levou nove horas.

Lindsey, que se reuniu com a imprensa dez dias após a operação e falou sentada numa cadeira de rodas, expressou uma “imensa gratidão pela família da doadora”.

“Eles me deram um presente que nunca serei capaz de pagar e estou imensamente agradecida”.