ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 03/07/2021 10:06
CADERNO NOVA REVOLUÇÃO HUMANA
Capítulo “Grande Montanha”, volume 30
PARTE 33
Shin’ichi Yamamoto acreditava e estava decidido que, mais do que nunca, aquele era o momento para propagar ao mundo os princípios de dignidade e igualdade da vida emanados pelo budismo — que se tornariam o alicerce da paz — e para torná-los o espírito da época do século 21.
No dia 20 de abril, data que marcava os 28 anos da fundação do jornal Seikyo Shimbun, ele se encontrou com S. Mulgaonkar, editor-chefe do periódico indiano Indian Express no Centro Cultural de Kanagawa, e dialogaram a respeito de tópicos como a edificação da paz e a missão de um jornal.
Reprodução/Foto-RN176 Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração – Editora Brasil Seikyo – BSGI
Enquanto Shin’ichi desenvolvia diálogos com líderes e pensadores rumo ao magnificente objetivo da concretização da paz mundial de um lado; do outro, seu pensamento estava voltado para as visitas familiares e a orientação individual desejando a felicidade de cada um dos companheiros. Mesmo estando no Centro Cultural de Kanagawa, conversou com várias dezenas de visitantes, e se dedicou incansavelmente a fornecer incentivos e orientações.
“Não importando o que me aconteça, em que posição eu fique, continuarei a incentivar os nobres membros da Soka Gakkai. Seguirei caminhando, aonde for, junto com as pessoas do povo” — assim ele decidira firmemente em seu coração.
Tanto o ato de “zelar, proteger e incentivar cada pessoa” como o de “edificar a paz mundial” possuem o mesmo ponto fundamental. Porque nada mais são que ações que nascem do princípio filosófico e da compaixão do budismo, que afirma que todas as pessoas são igualmente “budas”.
Shin’ichi dialogou também com os jovens, a começar por Takayoshi Oga, coordenador da Divisão dos Jovens da província de Kanagawa:
— O palco de vocês se expandirá para o mundo. Já que compartilhamos dessa vida, então, por que não viverem, juntos comigo, esse grande sonho do kosen-rufu mundial?
Shin’ichi sentiu uma ilimitada esperança nos olhos dos jovens de ardente determinação.
Em sua mente, podia ver claramente a imagem dos povos do mundo que sofriam com fatos como guerra, fome e pobreza. Mais que tudo, ele se questionava a todo o momento e refletia sobre o que ele poderia fazer efetivamente para cravar um ponto-final na Guerra Fria entre o Leste e o Oeste que afligia a humanidade:
“Como ser humano e como civil comum, devo me empenhar no contínuo diálogo com os líderes do mundo e estabelecer elos de pessoa a pessoa. Por mais impossível que possa parecer, não há outra maneira de criar a paz além desta!”.
Ele podia ver vividamente diante dos olhos a imagem da nova navegação Soka que, hasteando altivamente a bandeira do humanismo, avançava rumo ao novo continente do século 21.
PARTE 34
No dia 22 de abril, Shin’ichi Yamamoto se dirigiu até o templo principal da Nichiren Shoshu. Ele foi se encontrar com o sumo prelado Nittatsu.
Era uma tarde clara e agradável. O Monte Fuji se mostrava imponente diante do céu límpido. Havia nuvens próximas ao cume coberto de neve. Talvez houvesse nevasca no topo dele. Mas o aspecto imponente e inabalável do Fuji fez o coração de Shin’ichi se sentir encorajado.
Para ele, a renúncia tanto do cargo de representante-geral dos adeptos da Nichiren Shoshu como da presidência da Soka Gakkai já era uma escolha proativa em prol do futuro.
Naturalmente, essa renúncia era para pôr fim aos ataques insanos dos jovens sacerdotes do clero e proteger os preciosos membros da Soka Gakkai. No entanto, ele sentia que aquele momento em que se concluía o badalar dos “Sete Sinos” era exatamente a chegada da manhã para a Soka Gakkai alçar um novo voo. Havia muita coisa que ele deixou de realizar até aquele momento por não dispor de tempo suficiente. O diálogo inter-religioso pela paz do mundo era uma dessas coisas, e ele também desejava correr ao máximo para incentivar os membros, por exemplo, realizando visitas aos veteranos beneméritos.
Ao se encontrar com Nittatsu, Shin’ichi notificou-lhe oficialmente sua renúncia ao cargo de representante-geral dos adeptos, intenção esta já transmitida anteriormente. Comunicou-lhe também sua intenção de apresentar a carta de renúncia no dia 26. Nittatsu comentou: “Assim que apresentar a carta de renúncia do cargo de representante-geral dos adeptos da Nichiren Shoshu, quero nomeá-lo representante-geral honorário dos adeptos da Nichiren Shoshu”.
Shin’ichi disse-lhe ainda que veio atuando ao longo de dezenove anos como presidente da Soka Gakkai, mas que neste ensejo da conclusão do ciclo dos “Sete Sinos”, objetivado pela organização, pretendia deixar também o cargo de presidente.
Ele pensava que, mesmo com uma nova estrutura, poderia continuar a dedicar suas forças ao movimento pela paz, cultura e educação e ainda zelar e proteger a todos.
A Soka Gakkai é a organização do kosen-rufu que surgiu em prol da felicidade do povo e da paz do mundo. Por isso mesmo, jamais será permitido obstruir ou interromper essa caminhada do kosen-rufu. Ao mesmo tempo em que firmava sua decisão de provocar uma nova batalha em sua posição, qualquer que fosse ela, ele orava e orava incansavelmente pelo novo avanço Soka.
“Existindo uma única pessoa de obstinada determinação, o caminho pode ser aberto. Ó, meus discípulos, levantem-se como leões! Chegou enfim a hora da verdade!” — assim bradou em seu coração.
O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.