ROTANEWS176 E POR SOCIENTIFICA 19:00 Por Rafael D’avila
Ainda não há efetividade para barrar o câncer, mas cientistas criam ferramentas que auxiliam nesta questão, como esse protótipo de capacete magnético. O glioblastoma é uma forma rara de tumor que cresce agressivamente (e rapidamente) no cérebro e tronco cerebral, é fatal e não pode ser curado.
A medicina recorre à quimioterapia e radioterapia intensivas, mas os pacientes nem sempre chegam ao fim das sessões. Agora, desenvolveram um protótipo de capacete magnético que encolhe o câncer cerebral, atuando por meio de uma tampa não invasiva para reduzir o tumor.
Um paciente de glioblastoma, 53 anos, se submeteu aos testes e o tumor reduziu 31% de seu tamanho em um período curto de tempo. Infelizmente, o homem faleceu devido a um traumatismo cranioencefálico não relacionado, mas o resultado do experimento foi bastante animador.
Reprodução/Foto-RN176 Imagem: Divulgação/ TVI
“Graças à coragem desse paciente e de sua família, pudemos testar e verificar a eficácia potencial da primeira terapia não invasiva para glioblastoma no mundo”. Essas palavras vieram do neurocirurgião David S. Baskin, do Houston Methodist Hospital.
“O generoso acordo da família em permitir uma autópsia após a morte prematura de seus entes queridos, fez uma contribuição inestimável para o estudo posterior e desenvolvimento desta terapia potencialmente poderosa”, acrescentou. Os cientistas montam o protótipo de capacete magnético a partir de três imãs permanentes rotativos fortes, que geram um magnetismo oscilante.
Como funciona o protótipo de capacete magnético para encolher o câncer?
A partir dessa tecnologia, os pesquisadores reduziram o volume e a massa do glioblastoma em culturas de células humanas, aplicadas em camundongos dentro de laboratórios. O campo magnético interrompe o transporte de elétrons na série de reações que as mitocôndrias usam, para produzir a energia química que alimenta nossas células.
Reprodução/Foto-RN176 Imagem: Frontiers of Oncology
Porém, alguns compostos são responsáveis para garantir a interrupção de maneira efetiva, pois aumentam o metabolismo produzidos nas células tumorais, como as de glioblastoma. Ao longo dos 36 dias de tratamento com o protótipo de capacete magnético, o tumor encolheu incríveis 31%.
Antes de iniciarem o 37º dia, entretanto, o paciente infelizmente caiu, machucou a cabeça e não resistiu aos ferimentos. A história não teve o fim esperado, mas os resultados obtidos continuam dando um fôlego de esperança aos cientistas, que estão cada dia mais encorajados.
Se o protótipo de capacete magnético pode ser demonstrado em outros humanos, contudo, é a certeza de que oferecerá, no futuro, um tratamento menos agressivo para um dos piores tipos de câncer.