Acordes da felicidade

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  09/10/2021 08:46

RELATO

O jovem Gustavo conduz a vida ciente de sua capacidade para vencer

Reprodução/Foto-RN176 Gustavo Prandini Tonetto, Responsável pela DE da RM Ribeirão Preto Sul, Sub. Norte Paulista (CNOP) – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Comecei a praticar o Budismo de Nichiren Daishonin em 2006. Na época, meus pais, Gerson e Raquel, que sempre foram católicos, estavam conhecendo outras reli­giões. Os dois são professores e, em momentos distintos, conheceram o budismo por intermédio de três educadores em escolas diferentes. Desde o início, meus pais gostaram da prática budista e começaram a levar meus irmãos e eu às atividades. Recordo-me de que eu não entendia nada, principalmente os termos em japonês, mas a alegria dos participantes me chamava muito a atenção. Até que, um dia, em uma das reuniões, houve uma apresentação do Taiyo Ongakutai, banda da Divisão Masculina de Jovens (DMJ), que tocou meu coração. Depois daquele dia, minha mãe me perguntou se eu queria fazer catequese ou praticar o budismo e, de cara, respondi: “Quero ir para a banda, mãe”.

Meus pais sempre foram batalhadores e, com a prática do budismo, isso ficou muito evidente em nossa vida. Naquele momento, passávamos por problemas financeiros, mas eles continuavam lutando para vencer cada dificuldade, e um consórcio contemplado nos ajudou a comprar nossa casa própria.

Reprodução/Foto-RN176 Com a família – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Em 2007, minha irmã Letícia teve pneumonia grave e os médicos cogitaram que, caso ela sobrevivesse, sofreria com sequelas. Com dedicação e coragem, fizemos muito daimoku para que ela resistisse e, por várias vezes, minha mãe recitou 24 horas de Nam-myoho-renge-kyo. Após semanas no hospital, a Lê venceu a doença e hoje está superbem de saúde.

Minha prática individual começou entre os 13 e 14 anos. Naquele momento, decidi atuar em prol do kosen-rufu para realizar os sonhos do meu mestre, Dr. Daisaku Ikeda, para que todas as pessoas vivessem em plena felicidade. Eu me desenvolvi e cresci bastante, atuando no Ongakutai e também como responsável pela DMJ da Comunidade Vila Lobato e do Distrito Vila Tibério. Determinei que os membros da DMJ da localidade seriam vencedores. Para isso, sempre realizamos atividades prazerosas, com muito diálogo e estudo, uma delas o Café Filosófico. Vencemos ao ter líderes da DMJ em todos os blocos do distrito. Logo após, assumi como responsável pela DMJ da Regional Botafogo e continuei a me empenhar pela felicidade absoluta e pelo desenvolvimento dos membros. Atualmente, dedico-me à Divisão dos Estudantes (DE) da RM Ribeirão Preto Sul, consciente de que a DE é o futuro da Gakkai. Sou secretário e regente do Taiyo Ongakutai da minha localidade e, em todas as apresentações, visualizo Ikeda sensei ao meu lado. Junto com ele e com os membros da banda, levamos esperança e coragem à organização e à sociedade.

Reprodução/Foto-RN176 Com os membros da Comunidade Vila Lobato – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Em 2017, concluí minha gradua­ção e me formei jornalista. Durante o curso, experimentei os diversos ramos do jornalismo e a experiência mais marcante foi num conhecido site de notícias em que trabalhei como repórter policial. Por inúmeras vezes, precisei enfrentar o medo e agir com coragem para realizar as melhores coberturas e entregar as informações para a sociedade. Pondo em prática o aprendizado nas atividades e na faculdade, conquistei vários prêmios na área da comunicação.

 

Ao longo da graduação, organizei participações dos grupos de apresentação da minha localidade em eventos comunitários promovidos pela universidade em que estudava, com o propósito de levar a felicidade às pessoas. Em 2018, conheci o Departamento de Comunicação (Decom) e, a partir de então, passei a reportar e fotografar, com muita alegria, as atividades budistas de Ribeirão Preto.

Reprodução/Foto-RN176 Com a noiva – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Em 2019, meu pai foi diagnosticado com câncer de próstata. Fizemos uma árdua luta de intenso daimoku para sua recuperação. Toda a Sub. Norte Paulista e o Taiyo Ongakutai oraram intensamente para que obtivéssemos a vitória e hoje, por meio da ciência, meu pai está curado. No mesmo ano, conheci a Giovana, uma pessoa especial que me incentiva e me encoraja todos os dias. Hoje, estamos noivos. Ela está sempre ao meu lado, para juntos construirmos uma vida de muita felicidade para nós e para os outros. Giovana ainda não é oficialmente budista, mas sempre faz daimoku e gongyo comigo, e me estimula a me tornar uma pessoa melhor. Só tenho a agradecer.

Atualmente, atravessamos uma intensa pandemia, em que todos lutam para sobreviver. A sociedade encontrou vacinas para ajudar a combater o coronavírus, mas se fazem necessários cuidados constantes com a nossa saúde. Ikeda sensei incentiva:

Saúde é algo que se conquista. Saúde é viver como um bodisatva. Tome todos os cuidados para manter a boa saúde. Faça brotar em você o supremo valor. Avance cada dia se empenhando ao máximo e sem nenhum descuido!1

Reprodução/Foto-RN176 Com o Taiyo Ongakutai da RM Ribeirão Preto Sul. As fotos foram tiradas antes da pandemia do coronavírus – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Esse é o relato da minha vida como praticante budista, ciclo de quinze anos que completei neste 2021. E há muito o que vencer e me dedicar, conforme Ikeda sensei encoraja:

Belas são as pessoas que se empenham assiduamente. Que, enquanto realizam as tarefas diárias, dedicam-se à felicidade dos companheiros. Tal conduta é a mais nobre de todas. Por mais difícil ou árdua que seja a realidade, avancemos com orgulho e majestade.2

Gustavo Prandini Tonetto, 25 anos. Jornalista, diretor de arte e educador físico. Responsável pela DE da RM Ribeirão Preto Sul, Sub. Norte Paulista (CNOP).

Notas:

  1. Brasil Seikyo, ed. 2.147, 15 set. 2012.
  2. Terceira Civilização, ed. 495, nov. 2009.