Câncer de colo do útero: entenda a doença de Françoise Forton

ROTANEWS176 E POR SAÚDEEMDIA 17/01/2022 14:00

Tumor enfrentado pela atriz é um dos mais comuns entre as mulheres brasileiras. Saiba como prevenir o câncer de colo do útero

Reprodução/Foto-RN176  Entenda o câncer de colo do útero – Reprodução Instagram @francoiseforton

A atriz Françoise Forton faleceu no último domingo (16), aos 64 anos, vítima de um tumor. Em 1989, porém, ela foi diagnosticada com câncer de colo do útero e, depois de um severo tratamento, conseguiu a cura. No entanto, com o passar dos anos, um novo câncer se manifestou e a artista não resistiu. De acordo com o G1, ela estava internada havia quatro meses, na clínica São Vicente, no Rio de Janeiro.

O câncer de colo do útero é uma doença grave, responsável pela morte de milhares de mulheres brasileiras todos os anos. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o problema provocou mais de seis mil óbitos, apenas em 2019. E, excluindo o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina – atrás apenas do câncer de mama e colorretal.

Causas do câncer de colo do útero

As causas que podem favorecer o desenvolvimento do câncer de colo do útero, além de heranças genéticas e familiares, geralmente, têm ligações diretas com infecções genitais provocadas pelo Papilomavírus Humano – HPV. Trata-se de um vírus sexualmente transmissível e comum. Por isso, a vacinação antes do início da vida sexual é fundamental para evitar a doença.

“A infecção genital por HPV é muito frequente e, na maioria das vezes, é assintomática e autolimitada, com grande parte das mulheres resolvendo esta infecção até os 30 anos de idade. Em alguns casos, porém, pode haver a persistência do vírus nas células do colo do útero. Isso promove as alterações celulares que podem progredir para o desenvolvimento de câncer”, explica a oncologista, Dra. Marcela Bonalumi.

Os sintomas costumam aparecer muito tarde. Saiba como prevenir a doença

Segundo o INCA, o câncer de colo do útero, na maioria dos casos, é uma doença silenciosa e com desenvolvimento lento. Sendo assim, quando os primeiros sinais começam a aparecer, pode ser muito tarde. Por isso, a vacinação contra o HPV e a detecção precoce de um possível tumor – através de exames periódicos – são as maiores ferramentas de combate à doença. Confira os principais sintomas:

  • Sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual;
  • Secreção vaginal anormal;
  • Dor abdominal associada;
  • Queixas urinárias ou intestinais.

“A partir da imunização contra o HPV, é possível prevenir não só o câncer de colo do útero, mas também o de vulva, ânus e vagina nas mulheres e de pênis nos homens. Além disso, essa proteção pode auxiliar na precaução de lesões pré-cancerosas. Vale lembrar ainda que a vacinação deve acontecer antes do início da vida sexual, justamente por conta da exposição ao vírus. Por isso, é fundamental alertar e incentivar esse cuidado com informação de qualidade”, conta a Dra. Bonalumi.

Tratamento

O tratamento do câncer de colo do útero pode variar de acordo com o caso e deve, obrigatoriamente, ser conduzido por um médico devidamente capacitado. Os principais métodos utilizados, de acordo com o INCA, são: cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Vale lembrar que, quanto antes o tumor for diagnosticado, maior será a chance de cura.

Fontes: médica oncologista, Dra. Marcela Bonalumi; INCAO Globo e G1.