ROTANEWS176 E POR SAÚDEEMDIA 27/02/2022 14:00
Alerta é do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, que investigou os danos que o diabetes pode provocar
Reprodução/Foto-RN176 Diabete s pode provocar perda da audição – Shutterstock
O diabetes é uma doença séria, sem cura e, infelizmente, comum no Brasil. De acordo com dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e do Ministério da Saúde, a estimativa é de que mais de 16 milhões de brasileiros convivem com o problema. Uma triste realidade, já que além de problemas de sensibilidade física, infecções e até mesmo cegueira, a condição ainda pode prejudicar a audição dos pacientes.
Foi o que o CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos) divulgou em um alerta sobre o diabetes. De acordo com a publicação, o índice de perda auditiva é duas vezes maior nas pessoas que possuem a doença. Já para quem é pré-diabético esse risco é elevado em 30%, quando comparado com indivíduos saudáveis.
O motivo, segundo uma cartilha publicada pela entidade, é que o diabetes tem o poder de prejudicar nervos de diversas partes do corpo, como olhos, mãos, pés e ouvidos. Dessa maneira, possuir um descompasso no nível de açúcar do sangue – para mais ou para menos – pode danificar o funcionamento dos ouvidos. Fator que tem potencial para provocar à perda auditiva.
A recomendação, portanto, é que, caso você seja diagnosticado com diabetes, procure imediatamente um acompanhamento médico especializado para avaliar a audição e, se necessário, tratar possíveis problemas o quanto antes.
Prevenção
O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, que costuma aparecer ainda na infância. No entanto, o tipo 2 da doença se desenvolve durante a vida e é totalmente evitável. Para isso, é necessário apostar em hábitos saudáveis, como a redução do consumo de alimentos industrializados e com alto índice glicêmico.
“Uma alimentação rica em proteínas saudáveis – salmão, sardinha, fontes de ácidos graxos ômega-3 e ovos -podem reduzir o risco de doenças cardíacas, inflamação e melhorar a sensibilidade à insulina”, comenta a nutricionista Adriana Stavro.
“Informação e conhecimento devem ser considerados os dois pilares mais importantes para a redução da incidência e/ou adesão ao tratamento por parte dos pacientes. Assim conseguiremos melhorar programas de prevenção, bem como tratar de forma adequada os pacientes já diagnosticados. Além de mapear outros pacientes ainda sem diagnóstico, reduzindo drasticamente o número de complicações”, completa o Dr. Márcio Krakauer, endocrinologista do núcleo de tecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Principais sintomas e complicações do diabetes
Sintomas do diabetes tipo 1:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Sintomas do diabetes tipo 2:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
“O paciente pode sentir alterações da retina, provocando diminuição da acuidade visual e, em alguns casos, cegueira. Alteração da função renal devido à microlesões, lesões em neurônios periféricos e, consequentemente, diminuição da sensibilidade dos pés e aumento de risco de infecção graves”, finaliza o endocrinologista, Dr. Thulio Coelho.