Andropausa — cuidados para os homens

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  14/04/2022 18:05

Por  Ana Paula Cony

 COLUNISTA

Reprodução/Foto-RN176 Fotos de ilustração da matéria  andropausa  – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

O que é a andropausa?

O que acomete a saúde masculina é um tipo de hipogonadismo, ou queda do hormônio masculino pelos testículos. Quando tal queda é acentuada, esse é um fenômeno conhecido como andropausa. A testosterona sérica apresenta um declínio gradual e progressivo com o envelhecimento. Os hormônios masculinos são produzidos, em sua maioria, nos testículos e pequena porção nas glândulas suprarrenais. A produção com êxito desses hormônios está invariavelmente ligada à integridade do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, sistema que integra o hipotálamo no cérebro, a glândula hipófise, também no cérebro e as gônadas.

A saúde sexual pode ser avaliada como um mecanismo que levará a conclusões sobre a saúde do homem. As dosagens anuais da testosterona, o hormônio masculino que começa a declinar a partir dos 45 e 50 anos, são de muita relevância. A diminuição dos hormônios no processo de envelhecimento do homem, sobretudo da testosterona, o principal hormônio do sexo masculino, ainda é pouco abordada entre o público em questão. A queda do hormônio masculino não acomete o homem, como a mulher, pois o distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM) não é um processo generalizado. Segundo pesquisas científicas, 33% dos homens acima dos 60 anos sofrerão desse mal devido à diminuição da produção do hormônio masculino, testosterona.

Quais são os sintomas da andropausa?

A deficiência de testosterona apresenta uma variedade de sintomas e pode estar relacionada a diversas doenças. A queda hormonal pode ser caracterizada pelos seguintes sintomas: alterações de humor, cansaço, sensação de perda de energia, diminuição da libido e disfunção erétil, perda de massa óssea e massa muscular.

Há ainda aumento de alguns problemas de saúde, como doença cardiovascular, diabetes, obesidade, hipertensão e aumento do colesterol.

Enquanto na menopausa a mulher transitará da suficiência para a insuficiência hormonal em uma janela de meses ou poucos anos, evento sinalizado ainda pela ausência da menstruação, na andropausa os efeitos são pulverizados ao longo de dez, quinze anos e ocorrem sem qualquer aviso prévio.

Os homens podem sentir uma queda importante dos níveis de testosterona a partir de 40 a 50 anos; então, verifique se está com alguns desses sintomas: falta de energia e cansaço excessivo, sentimentos de tristeza frequentes, diminuição do desejo sexual, diminuição da capacidade de ereção, ausência de ereções espontâneas pela manhã, diminuição de pelos no corpo, incluindo na barba, diminuição da massa muscular, acúmulo de gordura visceral e dificuldade de concentração e problemas de memória.

É importante lembrar que a maior parte dos homens apresenta apenas alguns desses sintomas, mas é fundamental consultar um endocrinologista ou um urologista, para avaliar a saúde e prevenir problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, que também são comuns nessa fase da vida. Ao contrário da crença popular, a testosterona não é somente um hormônio sexual. Seu papel na manutenção da libido é apenas um dentre os duzentos processos nos quais ela está presente.

Sim, pessoal! Embora seja mais frequente depois dos 45, temos casos de homens com 35 anos se queixando de alguns sinais. Com a andropausa, podem surgir fadiga muscular, insônia, alterações do humor, diminuição de massa corpórea, perda de libido e disfunção erétil. Nessa fase da vida, geralmente é necessário mais tempo para ereção.

Mudança de hábito

Você sabia que mudanças no estilo de vida podem reduzir os sintomas da andropausa?

Uma dessas mudanças é ajustar a dieta. Um padrão mais plant based, rico em hortaliças e frutas, com redução no consumo de carnes vermelhas e na ingestão de carboidratos refinados. É importante ressaltar que há casos em que a dieta não é suficiente e é indicado fazer a terapia de reposição hormonal e/ou uso de fitoterápicos. Tudo depende de cada organismo. Mas, lembre-se: ela deve ser feita de forma segura, sempre com um profissional auxiliando.

Reprodução/Foto-RN176 Ana Paula Cony, nutricionista funcional e e4sportiva e é mestre em ciência da saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

A boa notícia é que a alimentação adequada pode ajudá-lo a passar por essa fase mais suavemente. Algumas dicas importantes:

Aumente o consumo de alimentos antioxidantes como açafrão, chá verde, azeite, frutas cítricas, frutas vermelhas, linhaça e chia, sementes como girassol/abóbora e gergelim.

Folhosos verde-escuros: é excelente fonte de vitamina A, que regula as variações hormonais, além de ser rica em fibras e auxiliar nos movimentos gastrointestinais.

Aveia: estimula o corpo a produzir dopamina e serotonina, ajudando a melhorar o humor.

Sardinha e demais peixes gordos: ricos em ômega 3 (EPA e DHA), ajuda a regular o humor e é bastante eficaz no tratamento de pacientes com depressão.

Aumente o consumo de água para minimizar a retenção de líquidos.

Consuma alimentos como aveia, banana, chocolate com alto teor de cacau e castanhas. Eles elevam a produção de serotonina, aumentando a sensação de bem-estar físico e emocional.

Acompanhamento médico é ne­cessário e faz toda a diferença.

Fontes:

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/andropausa. Acessado 12 de abril de 2022, 21:13

https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/andropausa-o-que-eh-e-como-lidar