ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 27/05/2022 15:28 LIVROS / REDAÇÃO
Editora Brasil Seikyo lançará segundo volume do romance Revolução Humana
Reprodução/Foto-RN176 Capa do segundo volume da obra Revolução Humana. Juntando-se as lombadas dos doze volumes, formam-se os ideogramas japoneses ningen kakumei (“revolução humana”); cada capa tem identidade visual baseada em um dos capítulos do volume – Foto: BS
Dando continuidade à publicação do romance Revolução Humana em português, a Editora Brasil Seikyo (EBS) lançará, em junho, o segundo volume da coleção. Iniciada em 2 de dezembro de 1964, a obra de autoria do presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Dr. Daisaku Ikeda, transmite o espírito e as realizações do seu mestre, Josei Toda, durante a reconstrução da organização no Japão do período pós-Segunda Guerra Mundial.
O livro inicia narrando que, em 1946, Josei Toda se dedicava incansavelmente a propagar o Budismo de Nichiren Daishonin, ou seja, realizava shakubuku, começando pelas localidades mais afastadas. Junto com sua comitiva, visitou aldeias, palestrou e dialogou com pessoas e convidados sobre os benefícios da prática da fé e a transformação da vida por meio dessa filosofia.
Josei Toda percebeu que a forma mais adequada de se mostrar a força da Lei e do objeto de devoção (Gohonzon) era por meio dos relatos de experiência embasados na prática do budismo, e não somente com a teoria ou com o intelecto. As pessoas comuns, sabiamente, “evitavam as argumentações teóricas e preferiam os fatos associados à vida diária”. Isso fortaleceu a convicção de Josei Toda de que o movimento popular pela consecução da paz mundial que a Soka Gakkai começava a conduzir exigia a comprovação viva das pessoas.
O momento político no pós-guerra estava conturbado. O Comando-Geral das Forças Aliadas, na figura do general MacArthur, pressionava por uma nova Constituição que fosse democrática e levasse em conta três itens: 1) posicionamento do imperador como chefe de Estado; 2) renúncia à guerra; e 3) abolição do sistema feudal. Apesar das controvérsias, a nova Constituição do Japão foi aprovada pela maioria em 24 de agosto de 1946.
A economia japonesa estava um caos, com violenta inflação. Quem mais sofria era o trabalhador assalariado e os sindicatos surgiam um após outro, fomentando paralisações e greves.
Em 1947, o plano de democratização do Japão acrescentou a reforma do sistema educacional. De uma educação em prol da nação do período antes da guerra, buscava-se agora uma educação que respeitasse os direitos humanos.
Na Soka Gakkai, o modelo de reuniões de palestra, com a participação de vários tipos de pessoa, sem diferença entre ricos e pobres ou formação escolar, era para Josei Toda a miniatura ideal de uma democracia.
O ano 1947 foi realmente marcante para todos. As pessoas viviam nas piores circunstâncias. Órfãos da guerra se aglomeravam pelas cidades. O mercado ilegal fervilhava de ganância e egoísmo. Além de comida, havia escassez de roupas e de moradia. Josei Toda refletia com gravidade: “A cada dia, a construção e o avanço da Soka Gakkai se tornam mais importantes e aumentam nossa responsabilidade”.
Por conta disso, orientava seus discípulos com rigor visualizando o futuro da organização. A união deveria ser mantida. Se por algum motivo ela não fosse mantida, seria a própria destruição da Soka Gakkai.
No horizonte, os contornos da Guerra Fria já se manifestavam. A divisão do mundo em duas forças antagônicas, Estados Unidos e União Soviética, já era sentida. Josei Toda compreendia com clareza que “para a Gakkai avançar como um novo eixo capaz de conduzir o mundo rumo à paz, uma árdua e dolorosa luta o aguardava”.
Em meio a esse cenário, colegas de escola visitaram Shin’ichi Yamamoto (pseudônimo do autor Daisaku Ikeda) inúmeras vezes para falar sobre religião. Ficavam constrangidos por verem tantos livros que desconheciam no quarto dele e não sabiam como abordar o assunto. Até que o convidaram para uma palestra sobre filosofia de vida ministrada por Josei Toda.
O jovem de 19 anos participava de um dos inúmeros grupos de estudo e de leitura que surgiam espontaneamente entre os jovens do Japão sintonizados pelo lema “Construção de uma Nação Cultural”.
Na noite de 14 de agosto, Shin’ichi e seus amigos chegaram à reunião no meio da explanação de Josei Toda sobre o tratado de Nichiren Daishonin Estabelecer o Ensinamento para a Pacificação da Terra.
Depois de perceber que era uma palestra sobre o budismo e de ser apresentado a Josei Toda, fez quatro perguntas essenciais: “Sensei, afinal, qual é o modo correto de viver?”; “O que é ser um verdadeiro patriota?”; “Qual o significado do Nam-myoho-renge-kyo?”; e “O que o senhor acha do imperador?”.
As respostas objetivas e sem afetação de Josei Toda tocaram o coração do jovem. Ao final, ele comenta que gostaria de segui-lo e de se empenhar nos estudos. Como agradecimento, recita um poema que deixa as pessoas admiradas e reverbera profundamente em Josei Toda. Uma genuína conexão entre mestre e discípulo se instaura com esse encontro significativo e mudaria para sempre a história da humanidade.
CILE:
O Clube de Incentivo à Leitura (CILE) da Editora Brasil Seikyo traz todos os meses lançamentos de obras do Dr. Daisaku Ikeda e de diversos autores que compartilham da filosofia do humanismo Soka.
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No topo: Capa do segundo volume da obra Revolução Humana. Juntando-se as lombadas dos doze volumes, formam-se os ideogramas japoneses ningen kakumei (“revolução humana”); cada capa tem identidade visual baseada em um dos capítulos do volume
Foto: BS