Vencer a distância com muita criatividade

ROTANEWS176 E POR  JORNAL BRASIL SEIKYO  16/07/2022 10:00

NOTÍCIA / REDAÇÃO

De Santa Catarina, jovens do Distrito Caçador fazem acontecer

 

Reprodução/Foto-RN176 Jovens do Distrito Caçador em atividade na forma  virtual – Fotos: Reprodução / Colaboração local

Vem do sul do Brasil, no estado de Santa Catarina, o destaque de Notícias desta edição, espaço que retrata as organizações de base que fazem a diferença. Estamos falando do Distrito Caçador, que integra a RM Oeste Catarinense. Além dos desafios em meio à pandemia, as lideranças buscam encurtar a distância física que as separa no mapa. São cerca de 300 quilômetros entre os distritos e de até 100 quilômetros entre as comunidades. O Distrito Caçador integra uma comunidade de mesmo nome e as Comunidades Juventude e Lages. Nada é perto.

Com o coração ligado ao de Ikeda sensei, um movimento jovem dá cor e tom a tudo. “Percebemos que neste mundo pós-pandemia teríamos de agir diferente”, relata Lídia Balestrin, 30 anos, responsável pela Divisão Feminina de Jovens (DFJ) da Comunidade Caçador. Isso porque a geração jovem já anda bem saturada das aulas on-line nos colégios e faculdades. “Foi aí que veio o clique, um novo formato para nossas reuniões de jovens, nas quais eles pudessem se expressar livremente”, sinaliza o responsável pela Divisão Masculina de Jovens (DMJ), Lucas Bertaolli Andrade, 31. Ele farmacêutico, ela publicitária, ambos moram na cidade de Fraiburgo, SC. Juntos, botam a mão na massa. Adaptam o Seigan Generation ao SeiganFlix, uma apresentação de matéria, em formato de plataforma de streaming, com temas baseados nos periódicos da Editora Brasil Seikyo (EBS). Depois, muito diálogo. “Conseguimos abrir esse espaço de expressão livre e transmitir com leveza as orientações do sensei”, reforça Lucas. Para Lídia, “Essa é a força motriz que nos incentiva a fazer mais e mais reuniões. Sentir a gratidão de todos pela reunião, o sorriso e a procura. Um verdadeiro itai doshin (‘diferentes em corpo, unos em mente’)”.

Reprodução/Foto-RN176 A mascote Nina – Fotos: Reprodução / Colaboração local

Com a lista de membros do distrito em mãos, não deixam ninguém para trás. “Fazemos visitas on-line, buscando um a um, como se estivéssemos morando na casa ao lado. Saber como se sentem, como vão os estudos e a prática”, enfatiza Lídia. A alegria contagiante e os resultados sobem para níveis acima. Por iniciativa de Lucas e de Lídia, criou-se um símbolo para a RM, e outro para o Distrito Caçador. Sobre este último, eles explicam: “O símbolo contém a flor de lótus representando o budismo; à frente, uma maçã pelo fato de nossa região ser a maior produtora dessa fruta no país; ao fundo, as araucárias, árvores características da nossa área (e sua semente, o pinhão); e o trem simboliza as antigas linhas férreas presentes na localidade.”

A partir daí, as ideias se desdobram e fazem do Distrito Caçador um ambiente em que os jovens seguem na vanguarda, apoiados de perto pelas Divisões Sênior (DS) e Divisão Feminina (DF). “Mesmo que eles não dominem a tecnologia, confiam em nós e dão suporte na validação das matérias e temas”, esclarece Lucas.

Reprodução/Foto-RN176 Plataforma digital criada por eles, uma adaptação em telas inteligentes que permitem visualização on-line de vídeos e outros materiais – Fotos: Reprodução / Colaboração local

Em nova missão, buscam formas de conectar a Divisão dos Estudantes (DE) ao budismo na vida diária. Dão vida a uma mascote, que passou a ser usada também na RM. “Nina é seu nome, uma leoa, prima do Dai da RDez”, observam os jovens líderes. Com o passar das reuniões e assuntos abordados, a personagem ganha vários amigos: um coelho, um polvo, um dinossauro, entre outros, “Assim conseguimos trabalhar vários temas com eles, tais como diversidade entre os amigos, religiosa e cultural”, celebram Lídia e Lucas. Julho, força total nas atividades comemorativas dos jovens e agosto já tem um tema programado: preservação ambiental.

O formato utilizado permite a apresentação em vídeo e outras em telas de apresentação programadas para se tornar jogos interativos entre a turma. Com a palavra, a estudante Akemi Chiara Kurita Bianchi, de 9 anos: “Gosto muito dos encontros, principalmente dos personagens e das brincadeiras. Na primeira atividade deste ano, a Nina ensinou uma palavra muito legal, que é ‘diversidade’”. Para o jovem Léo Costa Floriani, 14, os temas, a forma de abordagem e o ambiente criado são importantes diferenciais. “É bem interessante. Veja o exemplo do tema guerra abordado: pode ser uma guerra entre países ou as que estão no cora­ção da gente. Ouvir o pensamento de Ikeda sensei e de Nichiren Daishonin a respeito é muito bom.”

Os jovens líderes têm grande expectativa: “Afinal, o futuro da nossa organização depende do comprometimento desses estudantes e jovens. Estamos bem felizes. Vamos avançar”.

Fotos: Reprodução / Colaboração local