“É desespero”, diz líder petista após ataque de Ciro Gomes a Lula

ROTANEWS176 E POR TERRA 21/07/2022 14h49                                                                                                    Por Karen Lemos

Para Paulo Teixeira, o ex-governador do Ceará está isolado e tenta ser ouvido através de “violência verbal”

 

Reprodução/Foto-RN176 Deputado Paulo Teixeira (PT-SP) Foto: Fátima Meira / Futura Press

O secretário-geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira, disse que os mais recentes ataques de Ciro Gomes, candidato à Presidência pelo PDT, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, demonstra o “desespero” do ex-governador do Ceará por causa de um “isolamento” nesta corrida eleitoral.

“Ciro está vivendo um processo de isolamento. Ele não tem sequer outro partido para coligar e tem se inclinado a um discurso de violência verbal para ser ouvido”, afirmou Teixeira durante a convenção da Executiva do PT e da federação com PCdoB e PV, que oficializou a candidatura de Lula, nesta quinta-feira, 21.

 

Na quarta-feira, 20, em convencção do PDT convenção do PDT, Ciro afirmou que os militantes petistas são “arrogantes, prepotentes e vorazes” e questionou o que um governo PT faria diferente pelo País após 14 anos no poder. Para ele, o único feito do ‘lulismo’ foi gerar Jair Bolsonaro (PL), atual chefe do Executivo.

“Esse tipo de discurso é uma tentativa de Ciro para sair desse isolamento, comprovado pelas pesquisas eleitorais. Mas esse não é o caminho. É um desespero”, definiu o secretário-geral do PT, que também comentou o temor por episódios de violência no ano eleitoral.

O tema se tornou uma preocupação maior desde a morte do tesoureiro petista Marcelo Arruda, assassinado por um simpatizante bolsonarista no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

“Agora a gente viu essa ameaça de violência na prática. É um emprego de violência política que o Brasil não conhecia em seu período democrático”, disse Teixeira.

Segundo ele, a posição da legenda é não revidar, mas não deixar se intimidar. “Nós não vamos revidar e nem usar a violência contra a violência. Tampouco vamos nos intimidar para deixar de fazer o trabalho que o Brasil precisa, em face da ameaça grave de ruptura institucional que o presidente Bolsonaro promete.”

Paulo Teixeira também se mostrou confiante com coligação, que, na opinião dele, indicam uma unidade forte da candidatura de Lula para as eleições 2022. “Nunca tivemos um palanque tão amplo quanto esse”, celebrou.