A alegria de vencer a si mesma

ROTANEWS176 E POR  JORNAL BRASIL SEIKYO 25/08/2022 18:04                                                                      RELATO DA REDAÇÃO

Ágatha desafia a timidez e avança com esperança

 

Reprodução/Foto-RN176 Ágatha Emanuelly dos Santos Ferreira, Estudante. Membro da DE-Herdeiro, Comunidade Paulo VI, Distrito Caicó Sul, RM Rio Grande do Norte, Sub. Nordeste 2, CRE Leste. – Fotos: Arquivo pesso

Uma adolescência colorida de esperança. Ágatha tem 14 anos, é fukushi (nasceu numa família budista) e integrante do grupo Asas da Paz Kotekitai do Brasil, banda da Divisão Feminina de Jovens (DFJ). Pouca idade, essa jovem nordestina vem superando a timidez e cultivando uma mente repleta de vibrantes expectativas.

“Ela está muito feliz, pois tinha muita vergonha de tudo”, comemora a mãe, Rosimeire Pereira dos Santos Ferreira, 46 anos, ressaltando que, apesar de inteligente e carinhosa, Ágatha sofria crises de ansiedade quando precisava falar ou aparecer em público. “O ambiente Soka tem se tornado esse local de florescimento das potencialidades dela”, reforça Rosimerei. Ao lado do marido, Manoel Antonio Ferreira, 43, procura nos direcionamentos de Ikeda sensei formas melhores de apoiar a jovem, bem como o segundo filho Arthur Emanuel, de 6 anos. Com total disposição, atual­men­­te, Manoel e Rosimeire são líderes da Comunidade Paulo VI, da qual ela é responsável pela Divisão Feminina (DF). A família está na Soka Gakkai desde 1997, integrando a RM Rio Grande do Norte, no nordeste brasileiro.

Com a Covid-19, a família enfrenta dificuldades. Manoel trabalha de vigilante e Rosimerei tem um pequeno empreendimento comercial. As contas apertaram e Ágatha foi para escola pública. “Eu me senti desmotivada. Logo veio o isolamento e não conseguia acompanhar as aulas, muito diferentes da escola privada. Também não tinha amigas”, relembra a jovem, que, durante a pandemia, perdeu familiares queridos.

Reprodução/Foto-RN176 Com os pais, Rosimerei e Manoel, e o irmão, Arthur – Fotos: Arquivo pesso

Com as atividades da Divisão dos Estudantes (DE) e o contato com as companheiras da Asas da Paz Kotekitai, fica claro o caminho a seguir. Recita Nam-myoho-renge-kyo com os pais, pois o maior desejo dela é retornar à escola particular. Como gosta muito de ler, recebe da mãe uma edição do Brasil Seikyo de 2017 e fixa a atenção num trecho:
Se boas notas e grandeza huma­na são dois aspectos que nada têm a ver entre si, então por que estudar? Porque saber é poder. Nós estudamos para nos tornar pessoas capazes; e aprendemos para vencer na vida. Sem o estudo não podemos manifestar pleno potencial, especialmente nos momentos cruciais. Sem o estudo, não conseguiremos concretizar nossos sonhos. As pessoas não conseguem se tornar grandiosas sem estudo e empenho.1

Um incentivo que renovou seu coração. “Não podemos nos comparar a ninguém. Temos de buscar caminhos e essa força estou encontrando na família Soka.” Ágatha volta a estudar com ânimo. Com o daimoku e a atuação nas atividades, os pais também se reinventam. Montam um negócio próprio no qual a filha dá sugestões sobre o visual da loja. “Está dando supercerto”, comenta Ágatha.

Reprodução/Foto-RN176 Com as companheiras da banda Asas da Paz Kotekitai do Brasil em atividade regional – Fotos: Arquivo pesso

Resultado: a situação financeira está melhorando, ela está de volta à escola privada e seu objetivo é adquirir uma flauta transversal com o dinheiro que recebe dos pais.

“As líderes da organização estão sempre dando apoio. Criaram laços de amizade e a Ágatha se sente mais segura, dia a dia”, enfatiza o pai. A jovem desafia a si mesma e está sempre presente nas reuniões da comunidade e nos encontros dos grupos e da Academia dos Sucessores Ikeda.

Ela completou 14 anos este mês, e agora seguirá para a DE-Herdeiro. Na escola, está no oitavo ano do ensino fundamental 2, exultante pelas notas altas. No primeiro semestre, já leu dez livros. Fez novas amigas e para algumas apresentou o budismo. Uma profes­sora está bem interessada na prática budista, conta-nos feliz a garota, agora herdeira de nobre missão. Integra-se ainda em grupos de estudos, no time de vôlei e de futsal da escola.

Reprodução/Foto-RN176 Registro dos momentos em que dá sugestões para o visual da loja – Fotos: Arquivo pesso

Com tantas agendas e resultados no presente, será que Ágatha pensa no futuro? “Ainda não me decidi quanto ao curso que pretendo fazer. Venho lendo bastante, pois quero me formar em algo que eu possa ser útil. Assim consigo deixar meus pais felizes e Ikeda sensei, que acredita muito nos jovens. Espero aprender e me desenvolver, vencer cada vez mais a timidez e, com isso, inspirar outras pessoas a superar também. Estou no caminho.”

Ágatha Emanuelly dos Santos Ferreira, 14 anos. Estudante. Membro da DE-Herdeiro, Comunidade Paulo VI, Distrito Caicó Sul, RM Rio Grande do Norte, Sub. Nordeste 2, CRE Leste.

Nota:

  1. Brasil Seikyo, ed. 2.375, 10 jun. 2017, p. A-7.

 

Fotos: Arquivo pesso