ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 25/08/2022 18:57 MATÉRIA DA DIVISÃO SÊNIOR
Divisão Sênior da BSGI
Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração da matéria – Fotos: GETTY IMAGES
Nobres companheiros da Divisão Sênior da BSGI, desejamos que todos estejam muito bem, desfrutando imensa saúde e disposição. Estamos nos aproximando de mais uma etapa de participação no Departamento de Contribuintes (Kofu), que será no próximo mês de setembro.
Nessa oportunidade, convidamos a todos para fazer um contraponto entre desafio pessoal e sacrifício. Em todos os momentos da vida dos Três Mestres, o ponto fundamental foi o desafio com um grandioso propósito, destituído de desejos puramente pessoais. Ao dedicarem a vida inteiramente em prol do kosen-rufu, o desafio se transformou em vitória, e mesmo diante de tantas adversidades, jamais foi encarado como um sacrifício. Esse tipo de desafio possibilitou o glorioso avanço e moldou a história e a convicção da Soka Gakkai até os dias de hoje.
Na Nova Revolução Humana, Ikeda sensei relata um momento bastante complicado, conforme consta neste trecho:
O período de luta angustiante do Sr. Toda para reerguer seus negócios após a guerra também foi a época mais penosa de minha vida. Minha saúde era extremamente debilitada, meu salário estava continuamente atrasado e eu me esforçava além do limite dia após dia. Certa vez, deixei escapar algumas palavras de derrotismo na presença do Sr. Toda. Nunca me esquecerei da repreensão severa dele: “Shin’ichi”, disse ele, “fé é uma batalha interminável contra impasses. É uma luta entre o buda e as funções demoníacas; entre as forças negativas e as positivas. Esse é o significado da frase “O budismo se refere à vitória”. Todos encontram um impasse em algum ponto da vida. Uns podem se ver sem saída no trabalho. Um casal talvez se veja num impasse no relacionamento e alguns no que diz respeito à criação dos filhos, ao relacionamento com outras pessoas, nas atividades de propagação ou no estudo dos ensinamentos budistas. O poder do Gohonzon, porém, é imensurável, tão vasto quanto o próprio universo. Nossa vida também possui um potencial infinito. Tudo depende do fato de permitirmos ou não que nossa determinação entre num impasse. Se compreendermos verdadeiramente esse ponto, o caminho da vitória já estará aberto — assegurou.1
Enfim, estamos nos desafiando ou nos sacrificando? Entendemos pelo menos qual o impasse que nos impede de vencer? Qual o propósito do desafio? Realmente estamos com o mesmo espírito para termos uma vitória esmagadora no final?
Tudo reside no sentido que damos ao nosso desafio e às nossas ações. Vamos, juntos, mudar o rumo da nossa vida e vencer as circunstâncias desfavoráveis, com alegria, decisão e muita oração.
Caloroso abraço e uma vitória arrebatadora no Kofu!
Divisão Sênior da BSGI
Compartilhamos relatos de membros da Divisão Sênior que venceram na participação no Kofu
Iniciei a prática com 27 anos e, hoje, aos 72, sou muito grato pelos imensuráveis benefícios que conquistei por meio da prática da fé. No início, foi desafiador, pois não tinha a menor condição de participar das atividades, pois a questão financeira era meu maior desafio. A única moeda que eu tinha era a recitação de daimoku para vencer as adversidades e sagrar-me vitorioso. Minha média de daimoku era de três a quatro horas diárias. Meus prezados líderes se esmeravam nas orientações para eu fazer a minha revolução humana em todos os âmbitos. Essa foi uma das molas propulsoras para minhas realizações. Sempre tive os requisitos para me desenvolver no trabalho, na parte financeira e familiar, mas faltava o essencial: a boa sorte, a qual eu consegui por intermédio da BSGI e do sincero daimoku.
“Não existe oração sem resposta”, esse era meu pensamento. Também era a minha ação, o que fomentou a minha pessoa a se empenhar para o sucesso do Kofu. Minha esposa e eu somos muito gratos por contribuir com essa significativa oportunidade e procuramos incentivar a todos para que não fiquem de fora dessa importante atividade.
Reprodução/Foto-RN176 José Carlos Costa, RM Londrina Norte, CRE Sul – Foto: Arquivo pessoal
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Kofu, para mim, não significa sacrifício e sim “desafio com alegria”. Mesmo nos momentos econômicos difíceis, tenho alegria em participar, seja com a quantia que puder, seja indo no domingo de manhã auxiliar na recepção dos membros, quando era presencial. Vejo tudo isso como uma luta pelo kosen-rufu e uma oportunidade de fazer a revolução financeira, bem como a chance de expressar gratidão pelas vitórias alcançadas. Sou profissional liberal, não tenho salário fixo. Logo, no que tange às finanças pessoais, devo ter muito rigor e planejamento. Todavia, sempre participei do Kofu, mesmo com uma cota que fosse. Nesse sentido, nos dois últimos anos, durante a pandemia, lancei um desafio pessoal de, naquele período crítico, exatamente por ser crítico, fazer cotas um pouco maiores a cada etapa. Assim, misticamente, 2021 foi o ano em que tive um ótimo resultado financeiro profissional. Essa comprovação me faz ter a alegria de desafiar a participar do Kofu, da melhor forma, e comprovar a prática da fé no meu cotidiano.
Eu trago sempre comigo um incentivo de Nichiren Daishonin:
Sofra o que tiver de sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado. Considere tanto o sofrimento quanto a alegria como fatos da vida e continue recitando Nam-myoho-renge-kyo, independentemente do que aconteça. Que outro significado isso poderia ter senão a alegria ilimitada da Lei? Fortaleça o poder de sua fé mais do que nunca.2
Reprodução/Foto-RN176 Itamar de Souza Novaes, RM Campo Grande Centro-Norte, CRE Oeste – Foto: Arquivo pessoal
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Por ser filho de gakkain [membro da Soka Gakkai], tive a boa sorte de acompanhar a luta do meu pai, o veterano Sr. Florindo de Lima. Ele sempre fez questão de participar do Kofu. Por isso, desde que eu era integrante da Divisão dos Jovens, participei dessa atividade. Mas, sendo sincero, foi depois de casado que o Kofu ficou mais difícil.
Não tinha uma situação financeira boa. Em meu trabalho como vendedor autônomo às vezes tinha dinheiro, e outras vezes, não. Minha esposa não entendia o espírito do Kofu, então quando chegava o dia da atividade era complicado. Sempre aconteciam muitas maldades para impedir a minha participação, porém, vencia essas questões e contribuía nem que fosse com uma cota. Decidi que o Kofu não seria mais um momento de peso, e até de pensamentos negativos, em minha vida.
Sendo assim, comecei a fazer pequenos depósitos antecipados, orando para poder participar com alegria e com sentimentos de vitória e de gratidão. Era vendedor de porta em porta, sempre com muitas dificuldades. Então, sem perceber, passei a vender outros artigos para as lojas também. Hoje, sou vendedor ainda, viajo muito, mas de carro novo e minhas duas filhas se formaram em medicina. Nem sei como explicar essa mudança tão grande em minha vida, a não ser por ter o Gohonzon, sensei e por ser grato à prática dos meus pais até o fim da vida deles. O Kofu para mim é sentimento de desafio e de vitória por poder participar e tenho muita gratidão.
Encerro minhas palavras com uma frase do Gosho:
Mais valioso que o tesouro do cofre é o do corpo. Porém, nenhum é mais valioso que o tesouro do coração. A partir do instante que ler esta carta, esforce-se para acumular o tesouro do coração!.3
Reprodução/Foto-RN176 Marcos César da Silva Lima, RM Londrina Norte, CRE Sul – Foto: Arquivo pessoal
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Desde que iniciei a prática junto com minha esposa, Eliana, e com meu filho, Victor Hugo, recebi muitas orientações de líderes e companheiros sobre o relacionamento na sociedade, na família, no trabalho e na organização, e também sobre a participação no Kofu. Ao participar pela primeira vez, senti que estava contribuindo para a felicidade das pessoas. Na fase de construção do nosso centro cultural, eu me esforcei ao máximo para efetuar uma contribuição um pouco maior, e foi muito prazeroso fazer parte dessa grande conquista. Com essa atitude, venho recebendo inúmeros benefícios. Fui incentivado pelos veteranos a me desafiar sempre para participar e a ter um coração benevolente. Minha vida se transformou de forma magnífica, e quem me conheceu no início da prática sabe do que estou falando. Hoje, tenho harmonia familiar e boa saúde. Além disso, conquistei um ótimo emprego onde sou reconhecido e já recebi duas promoções.
Meu filho, Victor, está com 21 anos e cursa faculdade de engenharia mecatrônica em Florianópolis, SC, no sexto semestre e, em meados de 2021, começou a fazer um estágio na própria instituição. Na última etapa do Kofu, fiz minha contribuição e a de minha esposa. Quando perguntei ao Victor até que dia poderia fazer a dele, recebi uma notícia que me emocionou: “Não precisa fazer pai, desta vez vou fazer meu Kofu com meu dinheiro”. Pensem na emoção. Muito obrigado!
Reprodução/Foto-RN176 Edson Barbosa de Oliveira, RM Maringá, CRE Sul – Foto: Arquivo pessoal
Notas: 1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 81-82, 2019. / 2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. I, p. 713, 2014. / 3. Ibidem, v. II, p. 112, 2017.
Fotos: GETTY IMAGES / Arquivo pessoal