ROTANEWS176 E POR ISTOÉ 21/09/2022 09:30 Por Elba Kriss
Estudo realizado pela Universidade de Harvard mostra que mulheres que levam a vida com um olhar positivo vivem mais. Geralmente, passam dos 90 anos
Reprodução/Foto-RN176 LONGEVIDADE Receita: Maria Ilza, Maria Regina e Celia Maria em aula de dança para espantar os males da terceira idade (Crédito: GABRIEL REIS)
Encarar sempre o lado positivo mesmo nas situações difíceis pode ser a receita da longevidade. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, constatou que mulheres otimistas vivem mais. Publicado no periódico científico The Journal of the American Geriatrics Society, o levantamento compilou dados de 159.255 mulheres entre 50 e 79 anos. Desse grupo, 25% das otimistas podem ter expectativa de vida 5,4% superior e probabilidade 10% maior de ir além dos 90 anos. “Essa pesquisa está certa. A pessoa otimista evita estresse e uma série de coisas negativas”, aponta a brasileira Celia Maria do Prado, de 64 anos. E ela fala por experiência própria: “Quando vem o pensamento ruim, já surge uma dor na coluna ou cabeça, por exemplo. Se algo acontece comigo, eu peço proteção e energia positiva. Otimismo é fundamental para a mente e corpo”.
A dona de casa Maria Regina de Oliveira, 74, e a empregada doméstica Maria Ilza Evangelista, 59, concordam. “Temos que ser assim, senão somatizamos tudo”, diz Maria Ilza. Para Maria Regina, focar no lado bom a guiou na transição do envelhecimento e a levou para a Universidade da Terceira Idade da PUC-SP. “Fiz português, inglês e espanhol”, lista. As três são sinônimo de motivação para seus colegas da academia KDance Dança Pilates e Lutas, na Vila da Saúde, em São Paulo, onde fazem aula de ritmos. Energia não falta. Também são exemplos do estudo norte-americano, que indicou que os fatores psicológicos devem ser considerados como contribuintes para a longevidade.
Reprodução/Foto-RN176 “É importante tentar levar a vida de modo mais leve” Daniela Gracioli, geriatra do Vera Cruz Hospital, de Campinas (SP) (Crédito:Divulgação)
A psicóloga Mariana Gaudenci, da Clínica Multivitta, em Vinhedo (SP), destaca a relevância do equilíbrio emocional. “A terceira idade não teve acesso à promoção da saúde mental como a geração de hoje, por isso, a importância de destacarmos o cuidado com a mente”, enfatiza. A geriatra Daniela Gracioli, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), endossa. “É importante levar a vida de modo mais leve”, observa. “Mas não adianta ter essa atitude, mas não ter boa saúde. Devemos ressaltar o valor da alimentação e do exercício”. Aos que desejam “viver mais e bem”, ela indica acompanhamento médico como prevenção. “Isso vai fazer a diferença lá na frente”, diz.