ROTANEWS176 E POR CNN 08/02/2023 13:42 Por Doug Drury
Raramente reservamos um voo com a esperança de conseguir um dos assentos do meio na última fileira do avião; bem, adivinhe?
Reprodução/Foto-RN176 Reprodução/Foto-RN176 Um voo decola no Aeroporto Nacional Ronald Reagan Washington em Arlington, no estado americano da Virgínia, em 8 de julho de 2019, após uma tempestade atrasar os voos.Reprodução/Jim Watson/AFP/Getty Images
Ao reservar um voo, você já pensou em qual assento iria protegê-lo mais em caso de emergência? Provavelmente não.
A maioria das pessoas reserva assentos pensando no conforto, como espaço para as pernas, ou na conveniência, como fácil acesso aos banheiros. Passageiros frequentes podem reservar seu assento o mais próximo possível da frente para que possam desembarcar mais rapidamente.
Raramente reservamos um voo com a esperança de conseguir um dos assentos do meio na última fileira. Bem, adivinhe? Esses assentos são estatisticamente os mais seguros em um avião.
Viajar de avião é seguro
Antes de entrarmos nisso, é preciso reiterar que a viagem aérea é o meio de transporte mais seguro. Em 2019, quase 70 milhões de voos decolaram em todo o mundo, com apenas 287 mortes.
De acordo com a análise dos dados do censo do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, as chances de morrer em um avião são de cerca de 1 em 205.552, em comparação com 1 em 102 em um carro.
Mesmo assim, prestamos pouca atenção aos acidentes rodoviários fatais, mas quando ouvimos falar do acidente de uma aeronave ATR72 no Nepal, a história recebe destaque em todas as páginas de notícias.
Nosso interesse em acidentes de avião pode estar em querer entender por que eles acontecem ou quais são as chances de eles acontecerem novamente. E talvez não seja uma coisa ruim, nossa preocupação garante que esses trágicos incidentes sejam minuciosamente investigados, o que ajuda a manter as viagens aéreas seguras.
Francamente falando, não há nenhuma necessidade real de se preocupar com a segurança ao embarcar em um voo comercial. Mas se você ainda tem aquela pergunta incômoda em sua cabeça, movido por pura curiosidade, continue lendo.
No meio, no fundo
Vale lembrar que os acidentes, por sua própria natureza, não obedecem a padrões. No acidente do voo 232 da United em 1989 em Iowa, nos Estados Unidos, 184 das 269 pessoas a bordo sobreviveram ao acidente. A maioria dos sobreviventes estava sentada atrás da primeira classe, na parte da frente do avião.
No entanto, uma investigação da TIME que analisou 35 anos de dados de acidentes de aeronaves descobriu que os assentos traseiros do meio de uma aeronave tinham a menor taxa de mortalidade: 28%, em comparação com 44% para os assentos do corredor central.
Isso também faz sentido logicamente. Sentar-se próximo a uma saída de emergência sempre fornecerá a você a saída mais rápida em caso de emergência, desde que não haja fogo naquele lado. Mas as asas de um avião armazenam combustível, então isso desqualifica as fileiras de saída de emergência do meio como a opção de fileira mais segura.
Ao mesmo tempo, estar mais perto da frente significa que você será impactado antes dos que estão atrás, o que nos deixa com a saída de emergência do fundo.
Quanto ao motivo pelo qual os assentos do meio são mais seguros do que os assentos da janela ou do corredor, isto é, como você pode esperar, por causa do amortecimento fornecido por ter pessoas em ambos os lados.
Reprodução/Foto-RN176 Viagem de avião / peter bucks / via Unsplash
Algumas emergências são piores do que outras
O tipo de emergência também ditará a capacidade de sobrevivência. Ir em direção a uma montanha diminuirá exponencialmente as chances de sobrevivência, como foi o caso de um trágico desastre de 1979 na Nova Zelândia. O voo TE901 da Air New Zealand caiu nas encostas do Monte Erebus, na Antártica, matando 257 passageiros e tripulantes.
Cair de frente no oceano também diminui as chances de sobrevivência, como testemunhado com o voo 447 da Air France de 2009, no qual 228 passageiros e tripulantes morreram.
Os pilotos são treinados para minimizar o risco potencial em um evento de emergência da melhor maneira possível. Eles tentarão evitar bater em montanhas e procurar um local plano, como um campo aberto, para pousar o mais normalmente possível. A técnica de aterrissagem na água requer a avaliação das condições da superfície e a tentativa de aterrissar entre as ondas em um ângulo de aterrissagem normal.
As aeronaves são projetadas para serem muito robustas em situações de emergência. Na verdade, a principal razão pela qual a tripulação de cabine nos lembra de manter os cintos de segurança apertados não é o risco de colisão, mas a “turbulência do ar claro” que pode ocorrer a qualquer momento em grandes altitudes. É esse fenômeno climático que pode causar mais danos a passageiros e aeronaves.
Os fabricantes estão projetando novos aviões com mais materiais compostos capazes de lidar com o estresse durante o voo. Nesses projetos, as asas não são rígidas e podem flexionar para absorver cargas extremas e evitar falhas estruturais.
O tipo de avião faz diferença?
Existem certas variáveis, como o impacto da velocidade no ar, que podem variar ligeiramente entre os diferentes tipos de avião. No entanto, a física do voo é mais ou menos a mesma em todos os aviões.
Geralmente, aviões maiores terão mais material estrutural, portanto, mais resistência para suportar a pressurização em altitude. Isso significa que eles podem fornecer alguma proteção adicional em uma emergência – mas isso, novamente, depende muito da gravidade da emergência.
Isso não quer dizer que você deva reservar seu próximo voo no maior avião que puder encontrar. Como mencionado, as viagens aéreas continuam muito seguras.