Vencer e vencer!

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 11/02/2023 08:30                                                                        DA REDAÇÃO CADERNO ESPECIAL   

Ao fazerem do juramento selado ao Mestre a razão de suas comprovações de vida, Alexandre e Tatiane manifestam seus sentimentos e expectativas.

 

Reprodução/Foto-RN176 Foto de ilustração da matéria – Foto BS

A música pela paz

Sou o Alexandre Pinto, o mais velho de quatro irmãos, todos criados com amor pela minha mãe, rainha Gildete, e pelo meu pai, Abílio. Tenho 47 anos, 45 destes como membro da Soka Gakkai, com muito orgulho.

Iniciei na música aos 11 anos, quando entrei para tocar violino no então Grupo de Treinamento para Orquestra (GTO) da BSGI, atual Núcleo de Desenvolvimento de Orquestra (NDO). Em 1993, estava com 17 anos, e meus companheiros e eu nos preparávamos para a apresentação na 16ª Convenção da SGI, no CCCamp. Tocaríamos para o Mestre.

Nosso sentimento com relação à apresentação era, portanto, de selar um juramento, por meio do qual a orquestra levasse esperança e coragem para todos. A oficialização do grupo era nosso maior sonho.

Reprodução/Foto-RN176 Alexandre com a esposa, Rosana, apoio de todas as horas – Foto Arquivo pessoal

A par das nossas limitações técnicas, Ikeda sensei nos encorajou, dizendo que nossa apresentação havia soado como os “Sons dos Bodisatvas da Terra”, direcionando-nos para que levássemos o humanismo da Soka Gakkai para o Brasil e o mundo. Ele deu ao pianista Amaral Vieira a missão de nomear o conjunto que acabara de fundar. Assim nascia a Orquestra Filarmônica Brasileira do Humanismo Ikeda (OFBHI) e, desse momento em diante, o compositor se tornou o consultor artístico do grupo.

Quem imaginaria aonde podería­mos chegar? A dúvida talvez estivesse no coração de todos nós, jovens daquela época. Mas o Mestre sabe de tudo. Desde essa ocasião, a OFBHI percorreu diversas cidades brasileiras, além de alguns países.

Nessa caminhada, foram inúme­ros desafios particulares, vencidos à base do juramento selado ao Mestre. Consegui ingressar em uma universidade pública, tornando-me bacharel em viola erudita. O sonho de ser maestro também foi conquistado e, hoje, ao lado das regências da OFBHI, atuo na sociedade como professor de viola e maestro em projetos sociais. Na organização, sou responsável pelo distrito.

Reprodução/Foto-RN176 Alexandre na regência da OFBHI nos Estados Unidos, em 2012 – Foto BS

Na família, nós nos mantemos na órbita da dedicação pelo kosen-rufu. Tenho uma esposa maravilhosa, Rosana, que me apoia em tudo.

Após trinta anos da visita do Mestre, chego com um sentimento e juramento renovados para fazer soar em minha vida e na sociedade a “canção triunfal” da minha revolução humana. Ikeda sensei, minha vida é o próprio kosen-rufu!

Alexandre Conceição Pinto, 47 anos, professor de viola e maestro em projetos sociais. Regente titular da OFBHI e responsável pelo Distrito Jaraguá.

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Pelo presente e futuro

Eu me chamo Tatiane, tenho 43 anos e sou advogada. Nasci num lar budista e cresci em meio ao maravilhoso ambiente Soka.

Em fevereiro de 1993, estava com 13 anos e pertencia ao Junior-tai, grupo infantojuvenil da banda Asas da Paz Kotekitai. Graças a isso, pude me apresentar ao Mestre e à sua esposa, tocando pícolo.

Na mesma ocasião, foi fundado o Grupo Ikeda para o Século 21. Junto com mais 32 jovens, de 12 a 17 anos, participei da Convenção Sul-Americana, sentada na terceira fila. Foram momentos únicos, que jamais serão esquecidos. Fortaleci ainda mais minha relação e gratidão ao Mestre.

Reprodução/Foto-RN176 com o marido, Alexandre, e os filhos Isabella e Fabrizio – Foto Arquivo pessoal

Três anos depois, perdi minha mãe na batalha contra o câncer, e minha verdadeira luta, como Tatiane, começou. Foram anos de muita dificuldade financeira e de cuidados com a saúde familiar, pois meu pai, ao longo dos quinze anos seguintes, apresentou DPOC, câncer no intestino, fígado e pulmão. Apesar de tudo, nunca me esqueci das orientações do sensei para nos tornarmos fortes, estudarmos bastante e cultivarmos grandes sonhos. Eu me dedicava de corpo e alma às atividades da Gakkai. Criei um “eu” tão forte que nada me abalava. Ao mesmo tempo, fortaleci a empatia pelos outros.

Ingressei na faculdade de direito e, com o tempo, fui criando condições de cuidar cada vez melhor do meu pai, proporcionando os melhores tratamentos. Em 2006, pude ir ao encontro do Mestre pela primeira vez, no Japão, numa condição financeira totalmente transformada. Nessa ocasião, jurei me tornar uma profissional de valor e nunca mais passar por dificuldades financeiras. Depois disso, fui mais duas vezes ao Japão, sendo duas em comemoração dos 15 e 25 anos do Grupo Ikeda, e a última com toda a minha família.

Reprodução/Foto-RN176 A imagem traz no destaque Tatiane, em 1993, na criação do Grupo Ikeda para o Século 21 – Foto Arquivo pessoal

Sou pós-graduada e hoje atuo como diretora de compliance para América Latina de uma multinacional japonesa. Cheguei ao topo da carreira, e estou exatamente onde determinei estar. Sou casada com Alexandre, um ser humano incrível e que compartilha dos mesmos sonhos e objetivos que eu. Juntos, atuamos como responsáveis pelo distrito. Temos dois filhos, Isabella, de 7 anos, e Fabrizio, de 3; ambos estudam no Colégio Soka do Brasil.

Meu sentimento é só de gratidão. Este ano minha determina­ção é a de me tornar um ser humano ainda melhor e poder ajudar efetivamente as pessoas. Em meu coração, a firme decisão de jamais sair desse caminho de mestre e discípulo, que sempre me guiou na direção correta. Muito obrigada, sensei!

Tatiane Yumi China Charallo, 43 anos, advogada, diretora de compliance. É responsável pela Divisão Feminina do Distrito Bosque.

Fotos: BS / Arquivo pessoal