A maior recompensa é a felicidade

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 07/04/2023 13:45                                                                        DA REDAÇÃO EDITORIAL DO JBS

 

Reprodução/Foto-RN176 Foto do nome Editorial do JBS – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

Com o objetivo de expandir o Budismo de Nichiren Daishonin para o mundo, Ikeda sensei foi ao Peru em 1966. Diante do monumento do líder dos movimentos pela independência do Chile e do Peru, José de San Martín, o Mestre lembrou-se de um episódio da vida familiar desse herói. É uma situação íntima que aconteceu nos últimos anos de vida de San Martín, mas retrata o propósito da luta dele durante toda a sua jorna­da de proteger os mais fracos e o tornou conhecido como “Protetor do Peru”.

San Martín morava com a filha e, certo dia, sua netinha entrou no quarto do avô chorando. Ela estava chateada porque sua boneca tinha se quebrado e, enquanto a abraçava forte, disse:

— Ela me falou que está com muito frio.

Sem hesitar, San Martín abriu uma gaveta e pegou uma medalha. Era uma das condecorações que ele tinha recebido por ter ajudado a Espanha a se defender da invasão do exército de Napoleão.

— Coloque esta medalha na sua boneca e o frio passará.

Logo que deu a medalha para a neta brincar, ela saiu do quarto animada novamente.

A filha de San Martín, mãe da criança, repreendeu a atitude do avô:

— Aquela medalha é uma conde­coração honrosa do governo da Espanha, concedida quando o senhor derrotou o exército francês. Não deveria tratá-la desse jeito.

San Martín, sorrindo, respondeu para a filha:

— De que valem honrarias e medalhas se não podem interromper o choro de uma criança?

Ikeda sensei descreve esse episódio na Nova Revolução Humana, volume 11, e reflete sobre a atitude de San Martín: “Ele acreditava que a maior medalha ou honraria era a satisfação experimentada quando conseguia amenizar o sofrimento de alguém”.1

O objetivo da prática do Budismo de Nichiren Daishonin, que este mês completa 770 anos desde que foi instituído, é “libertar a humanidade dos grilhões do destino miserável”, como a decisão que o presidente Ikeda bradou em seu coração quando estava no Peru.

Em certa ocasião, Ikeda sensei afirmou:

As pessoas comuns e sinceras são as verdadeiras protagonistas da história.

E não há ninguém mais digno de respeito que os heroicos indivíduos que estão se empenhando arduamen­te na linha de frente de nosso movimento, devotando a vida ao nobre ideal do kosen-rufu, incansavelmente e sem reclamar, e independentemente de as outras pessoas observarem ou não seus esforços.

kosen-rufu é uma batalha sem precedentes pelo triunfo da humanidade. É um movimento para transformar as bases da sociedade e assim libertar a humanidade das correntes de seu carma pesado.2

Como protagonistas da história, vamos decidir “interromper o choro”, isto é, extrair o sofrimento daquela pessoa que está diante de nós e cumprir o verdadeiro propósito da prática budista, como Ikeda sensei nos ensina. Certamen­te receberemos a maior honraria que se pode almejar, a felicidade, como nosso mestre garante:

Que a vida de nossos preciosos membros,

que se esforçam incansavelmente

nos bastidores

acumulando virtudes invisíveis,

brilhe cada vez mais radiantemente

com a recompensa visível

da felicidade.3

Ótima leitura!

Notas:

  1. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 11, p. 107, 2021.
  2. Brasil Seikyo, ed. 2.059, 13 nov. 2010, p. A3.
  3. Terceira Civilização, ed. 592, dez. 2017, p. 12.