ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 07/03/2020 10:46
RELATO
Simone tem alegria e coragem para transformar qualquer desafio em vitória
Reprodução/Foto-RN176 Simone com a sogra, os filhos e o marido
Sinto que os contatos de vida a vida cultivados nos bastidores das atividades da BSGI me permitiram construir um lar, ter uma família e conquistar a condição de jamais ser derrotada. Sou eternamente grata ao meu mestre, Daisaku Ikeda, por ter me ensinado a priorizar o que realmente importa. É como ele mesmo diz: “Existe uma estrada, / E essa é a estrada que eu amo. / Eu a escolhi! / Quando trilho essa estrada, / As esperanças brotam / E o sorriso se abre em meu rosto. / Dessa estrada nunca, jamais fugirei” (BS, ed. 1.730, 10 jan. 2004, p. A4).
Determinação é tudo
Quando nasci, desfrutava um lar e, mesmo com as brigas dos meus pais por conta dos problemas do papai com a bebida, tive a proteção e o apoio das minhas irmãs mais velhas Ione, Ivani e Iara. Elas trouxeram o budismo para a família há quarenta e oito anos. E foi por meio da prática sincera que vencemos a desarmonia, as doenças e as dificuldades financeiras, até que nossos pais encerrassem sua missão.
No início, morávamos na zona sul de São Paulo e eu participava das reuniões de palestra na região. Aos 17 anos, iniciei uma nova fase assumindo a liderança da Divisão Feminina de Jovens da Comunidade Esperança. Havia terminado um curso técnico de publicidade e propaganda e achei que não precisava seguir com os estudos. No entanto, em contato com o romance Nova Revolução Humana, de autoria de Ikeda sensei, eu me dei conta da importância do estudo.
Com o apoio da minha irmã, Ione, decidi ser a primeira pessoa a concluir a faculdade na família. Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, ingressei no curso de relações internacionais.
No primeiro semestre, consegui bolsa de 20%. No trabalho, passei de promotora a integrante do departamento de vendas de novos negócios, sendo a primeira mulher a trabalhar nessa área na empresa. Com um salário melhor, comprei um carro e concluí a faculdade com tranquilidade. Comprovei, assim como minha irmã me encorajou, que tudo, absolutamente tudo, depende da forte determinação.
Da mesma forma, estava focada em contribuir de todas as formas para o kosen-rufu, e na localidade, incentivava as jovens a avançar junto comigo. Não media esforços para encontrá-las e isso fez o número de moças atuantes aumentar.
Significado da fé
Conheci meu marido, Marcelo, aos 18 anos. Nós nos casamos em 2004, numa cerimônia budista, mesmo ele ainda não praticando. Foi lindo desfrutar esse momento cercado de amigos e de familiares.
Fui mãe aos 27 anos. Chegava o Enzo em nossa família e no ano seguinte o Giovanni. Com o nascimento do caçula também se iniciou nossa luta pela sua total independência e felicidade. A pediatra aconselhou que realizássemos acompanhamento neurológico dele desde bebê, pois algo não estava bem. Consultamos especialistas que nos solicitaram vários exames. Compreendi que a missão do nosso filho era nos mostrar o verdadeiro significado da fé.
Ele demorou para desenvolver a fala, e fazia sessões de fonoaudiologia. O tempo foi passando e não tínhamos um diagnóstico. Aos 4 anos, apresentou estrabismo, e ao completar 6 anos, passou por uma cirurgia de adenoide e retirada das amígdalas, para melhorar sua respiração e alimentação. Meu guerreiro vencia cada nova etapa.
Nessa fase, meu marido decidiu praticar o budismo, motivando a mãe dele, Dô, e os nossos filhos a abraçar essa prática também. Hoje, eles atuam na organização. Marcelo se tornou líder e solícito, me apoia nos esforços pelo kosen-rufu. Quanta felicidade!
Tempos depois, conseguimos o primeiro diagnóstico do Giovanni: transtorno de déficit de atenção. Ele passou a tomar medicamento tarja preta, e nos dois anos seguintes seu desenvolvimento foi incrível.
Ano passado ele trocou esse medicamento por um receita branca que auxilia no seu relacionamento social, e o último diagnóstico apontou um espectro leve autista, porém com uma evolução positiva considerável desde o seu nascimento. Hoje, aos 11 anos, leva alegria por onde passa, é muito amoroso e tem uma ótima relação com o irmão mais velho.
Reprodução/Foto-RN176 com os amigos Soka da localidade em atividade comemorativa
Ser vitoriosa
Trabalho em uma multinacional e tenho a chance de conhecer pessoas e lugares incríveis. E conquistei a condição financeira que preciso para atuar dignamente pela felicidade das pessoas.
Em 2015, fui ao Japão com amigos Soka e uma das minhas irmãs. Lá, vivemos momentos maravilhosos e fortalecemos o coração para enfrentar qualquer desafio e conquistar outras vitórias.
Em 2017, fui novamente às terras do Mestre, o Japão, desta vez no primeiro curso de aprimoramento do querido grupo Zenshin da Divisão Feminina. Nessa viagem, visitamos a província de Hokkaido, local em que a unicidade de mestre e discípulo se materializa em especial na vila de Atsuta. Foram momentos de bastante aprendizado.
Um mês antes, uma amiga havia decidido iniciar a prática budista com os meus incentivos. Eu estava muito feliz por isso. De volta ao Brasil, continuei a avançar. Ensinei sobre o budismo para outra amiga que ingressou na BSGI.
Retomei os estudos e concluí a terceira formação, desta vez em pedagogia, por acreditar que a mudança social se inicia pela educação. Posso agregar esse conhecimento à minha carreira em tecnologia, fazendo da minha profissão um meio para gerar valor na sociedade.
Sobretudo, mantenho a convicção de obter condições de atuar pelo kosen-rufu, tornando minha vida grandiosa a cada dia.
Simone Del Nero Scabim, 39 anos. Gerente de vendas. Resp. pela DF do Distrito Direitos Humanos, RM Santana, e vice-resp. do grupo Zenshin da CNSP, CGESP.