Academias de SP comemoram reabertura, mas reclamam do limite de horário

PANDEMIA – 

ROTANEWS176 E POR ESTADÃO CONTEÚDO  13/07/20 11h26

Reprodução/Foto-RN176Unidade da Smart Fit (Crédito: Reprodução Redes Sociais)

Representantes de academias de São Paulo comemoraram a decisão do prefeito Bruno Covas (PSDB) de autorizar a retomada parcial das atividades a partir desta segunda-feira, 13, mas reclamam do limite de abertura de seis horas por dia. Entre os argumentos, o setor alega desde o modelo econômico “pouco atrativo” a até risco maior de haver aglomeração.

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De acordo com o protocolo assinado por Covas, as academias poderão reabrir com até 30% da capacidade e com os alunos fazendo agendamento prévio. Os locais também precisam adotar uma série de outras medidas contra o coronavírus, incluindo restrição para uso de bebedouros e vestiários, higienização de aparelhos, no mínimo, a cada duas horas e distância mínima de dois metros entre as pessoas nas salas de treino.

As academias vão medir a temperatura dos alunos e funcionários antes da entrada e também investigar o histórico de covid-19, com os frequentadores tendo de responder a uma série de perguntas antes de entrar. O objetivo é evitar o ingresso de pessoas infectadas ou que tiveram contato com doentes recentemente.

Diretor de Operações da Just Fit, Paulo Rebello afirma que as unidades da rede já vão reabrir nesta segunda-feira. Segundo relata, o grupo estudava protocolos aplicados no Brasil e no exterior há 45 dias e fez estoque de insumos de higiene para se precaver contra possíveis “sumiços” de produtos no mercado.

“Nós estamos preparados para reabrir com segurança. Com a limitação de 30% da capacidade máxima, teremos entre 70 a 80 pessoas por hora treinando. Em geral, as nossas unidades têm 1 mil m², então há tranquilidade para evitar aglomeração”, diz Rebello. “O setor foi um dos mais prejudicados pela pandemia e passou quatro meses fechado. O único problema é que abrir seis horas por dia não é interessante do ponto de vista econômico, então seria interessante poder trabalhar dentro do horário normal.”

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Já Filippe Savoia, CEO da Bluefit, diz que com horários estendidos seria mais fácil evitar aglomerações. “Estamos de acordo com as regras definidas, com exceção do funcionamento limitado a seis horas. Acaba fazendo mais sentido funcionar por mais tempo durante o dia e evitar a concentração de pessoas em horários limitados.”

Segundo Savoia, além das medidas de segurança previstas no protocolo, a rede fará distribuição gratuita de máscaras para os alunos. “Acreditamos que a prática das atividades físicas são importantes para aumentar a imunidade e a saúde das pessoas. Dessa forma somos favoráveis às reaberturas”, afirma. Como os contratos dos funcionários estão suspensos, no entanto, ainda não há previsão para a reabertura das unidades. “Logo, iremos comunicar a todos sobre a data de retomada.”

Em nota, a Smart Fit afirma que o protocolo de São Paulo é “um dos mais rígidos”, mas que estaria apoiado “nas melhores práticas de biossegurança” e que apoia as medidas. “Temos dialogado com outras redes de academia espalhadas pelo mundo, que já viveram processos de reabertura e a implementação dos protocolos”, diz. “O grupo entende e apoia a rigidez desses protocolos pois em um momento de reabertura, o principal objetivo deve ser a segurança dos colaboradores e clientes.”

Para se adaptar às regras, as unidades da rede só devem reabrir na terça-feira, 14. “Não abriremos na segunda-feira, principalmente para garantir o treinamento de toda a equipe de colaboradores e terminarmos a implantação de todos os procedimentos que o protocolo determina.”