Acelerar o passo na caminhada reduz a chance de diabetes tipo 2, revela estudo

ROTANEWS176 05/12/2023 18h17

Pessoas com diabetes tipo 2 correm maior risco de complicações microvasculares e macrovasculares e de uma esperança de vida reduzida.

 

Reprodução/Foto-RN176 Caminhar em um ritmo rápido está associado a um risco quase 40% menor de desenvolver diabetes tipo 2 Foto: iStock

Um recente estudo sobre caminhada e o risco de desenvolver diabetes tipo 2 revelou que não é apenas a frequência, mas também a velocidade, que desempenha um papel crucial na redução de chances de desenvolver a doença.

Publicada no British Journal of Sports Medicine, a pesquisa indicou que caminhar em um ritmo rápido está associado a um risco quase 40% menor de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida.

Os pesquisadores analisaram 10 estudos anteriores realizados entre 1999 e 2022, que investigaram a relação entre a velocidade de caminhada e o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em adultos dos Estados Unidos, Reino Unido e Japão.

Após um acompanhamento médio de oito anos, foi observado que, em comparação com a caminhada fácil (3,2 km/h), aqueles que caminhavam em um ritmo médio (4,8 km/h) tinham um risco 15% menor, enquanto caminhar em um ritmo bastante rápido (6,4 km/h) estava associado a um risco 24% menor.

A caminhada rápida, superior a 6,4 quilômetros por hora, proporcionou o maior benefício, com uma redução de 39% no risco de desenvolver diabetes tipo 2.

“A velocidade de caminhada é uma medida sensível e confiável do estado geral de saúde e um sinal vital para a capacidade funcional. As evidências sugerem que uma velocidade de marcha mais rápida pode levar a uma maior resposta fisiológica e, portanto, pode estar associada a benefícios de saúde mais favoráveis do que a caminhada lenta”, diz o principal autor do estudo, Dr. Ahmad Jayedi, pesquisador assistente do Centro de Pesquisa sobre Determinantes Sociais da Saúde da Universidade de Ciências Médicas de Semnan, no Irã.

Reprodução/Foto-RN176 Uma velocidade de marcha mais rápida pode levar a uma maior resposta fisiológica Foto: iStock

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma doença crônica progressiva, reconhecida como um dos distúrbios metabólicos mais comuns em todo o mundo. Pessoas com diabetes tipo 2 correm maior risco de complicações microvasculares e macrovasculares e de uma esperança de vida reduzida.

Os agravamentos microvasculares mais comuns são: neuropatia, retinopatia, nefropatia e isquemia. Destaca-se no nível macrovascular o desenvolvimento da cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica.

Atualmente, o número de adultos com diabetes em todo o mundo é de 537 milhões e prevê-se que este número aumente para 783 milhões até 2045, de acordo com a pesquisa.

FONTE: TERRA