ROTANEWS176 28/05/2016 17h00 Por JC
Advogada disse que uma das pergunta que o delegado fez a ela, se adolescente tinha abito de fazer sexo em grupo. E o crime teve umarepercussão internacional
Reprodução/Foto-RN176 Adolescente de 16 presta depoimento ao Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que está investigando o caso
A adolescente de 16 anos de nome não revelado que sofreu um estupro coletivo na comunidade do Morro São João em Jacarepaguá, na ultima segunda-feira (23) filmado e divulgado no perfil do Twitter por um dos integrante de nome Raí de Souza, onde essa postagem gerou vários protesto dos internautas brasileiros há favor e também critica que ela sofreu a favor do estupor. Já ás imprensas internacionais disse que o crime chocou o Brasil, o Jornal Índia Times, comparou o caso da adolescente-brasileira como da estudante indiana que morreu depois de ser estuprada por cinco homens no ônibus que a realidade no Brasil é similar. Já o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame, disse que não há prova suficiente para pedir prisão preventiva dos suspeito . A advogada da jovem de 16 anos que denunciou ter sido estuprada por 33 homens, em uma comunidade da Zona Oeste do Rio, diz que vai pedir a substituição do delegado que está investigando o caso, Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Segundo a advogada informou aos jornalistas, durante o novo depoimento da jovem na noite de sexta (27), o delegado deixou a menor se sentindo acuada.
Reprodução/Foto-RN176 Segundo Advogada Eloísa Samy Santiago, vai pedir o afastamento do delegado Alessandro Thiers das investigações, “Ele perguntou à vítima se ela tinha hábito de participar de sexo em grupo”
“Havia três homens no ambiente e o delegado, ainda por cima, fez a pergunta se ela tinha hábito de fazer sexo em grupo.”, afirmou Eloísa Samy. A advogada disse que a família da menina está com medo e que quer proteção policial. De acordo com ela, a secretaria de Assistência Social ainda não fez nenhum tipo de contato com a família da menor.
Em nota, a DRCI afirmou que a investigação é conduzida de forma técnica e imparcial e esclareceu que a investigação do caso tem sido feita de forma integrada pelas duas delegacias especializadas – DRCI e Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) – para realizar apuração do crime.
“A DRCI informou que durante a oitiva da vítima ela confirmou que sofreu o estupro e, lhe foi perguntado se tinha conhecimento que havia um outro vídeo sendo divulgado em mídias sociais em que ela apareceria mantendo relações sexuais com homens, conforme relato de uma testemunha. A vítima informou que desconhece o vídeo e que não é verdadeiro. A mãe da vítima acompanhou todo o depoimento, sendo que, em determinado momento, houve discordância entre a advogada e o desejo da mãe da vítima. Por esta razão a oitiva da mãe foi feita sem a presença da advogada”, diz a nota.
Reprodução/Foto-RN176 Delegado Alessandro Thiers que é titular da Delegacia aos Crimes de Informática(DRCI)
A polícia voltou na manhã deste sábado (28) à Praça Seca em busca dos criminosos. Homens de sete batalhões fizeram uma operação conjunta na comunidade. A casa onde aconteceu o estupro já foi localizada ontem pelos policiais. O local é conhecido como “abatedouro” o que, segundo o delegado, nas palavras das pessoas que já prestaram depoimento é o local para onde as meninas são levadas para fazer relações sexuais.
A adolescente prestou um segundo depoimento na sexta na Cidade da Polícia. Ela chegou com o rosto coberto por um casaco, acompanhada da mãe. “Eu me sinto um lixo hoje, eu não queria que outra pessoa se sentisse assim”, Em entrevista aos jornalistas e também agradeceu o apoio que está recebendo pelas redes sociais .
Reprodução/Foto-RN176 Adolescente de 16 anos deixa o hospital municipal Souza Aguiar que fica no centro do Rio de Janeiro em companhia de sua a mãe após estupro coletivo no Rio
No primeiro depoimento a adolescente contou que foi à casa de um rapaz com quem tinha um relacionamento e depois só lembra de ter acordado no domingo (21) em uma outra casa com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela estaria dopada e nua.
No vídeo divulgado na internet, um dos homens fala em mais de 30 pessoas. “Mais de trinta engravidou. Entendeu ou não entendeu?”, diz o áudio. Um dos suspeitos do crime é Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, apontado como namorado da jovem.
O advogado de Lucas disse que o cliente não estava com a adolescente na noite do estupro. “Meu cliente diz que esteve com ela 48 horas antes do crime e depois não viu mais ela”, disse o advogado, ressaltando que quando Lucas esteve com a adolescente, quem teve relação sexual com ela foi Raí, que admitiu, em depoimento, ter sido o responsável pela divulgação das imagens.
Reprodução/Foto-RN176 Da esquerda para direita, o primeiro o advogado Claudio Lúcio do Raí de Souza, o advogado disse que seu cliente fez o vídeo e não houve estupro houve um ato sexual permitido pela suposta vítima em uma entrevista, o segundo é Lucas Perdomo de 20 anos, seu advogado Eduardo Antunes, o terceiro de camisa branca sem gravata, na entrevista ele afirmou que seu cliente não teve qualquer tipo de relação com a adolescente, e sim com outra menina no dia do estupro
“Eu tô dando a versão do meu cliente. O Lucas disse que não teve qualquer tipo de relação com ela e sim com a outra menina que está aí. Quem teve relação com ela foi o rapaz que está aí”, disse o advogado.
Lucas esteve ontem na delegacia, acompanhado do amigo Raí de Souza. O advogado de Raí confirmou que foi ele que fez o vídeo, mas disse que a adolescente não foi estuprada. “Ele realmente tinha filmado, que ela estava falando que era dos trinta, que ele estava tentando se vangloriar. Mas que realmente não foi ele. E não houve estupro, não houve estupro. Houve um ato sim, sexual, permitido pela suposta vítima”, disse o advogado Cláudio Lúcio.
A advogada da adolescente também criticou, neste sábado, o fato de Lucas e Raí ainda não terem sido presos. “Até ontem Raí não aparecia na lista dos quatro suspeitos identificados pela polícia”.
Os outros três suspeitos identificados são Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos e Michel Brazil da Silva, de 20, suspeitos de divulgar as imagens na internet. Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, aparece ao lado da vítima, numa foto.
A polícia demonstrou cautela ao falar sobre a investigação. Os delegados disseram que ainda não é possível afirmar quantas pessoas participaram do crime. E que esperam o laudo do exame de corpo de delito.