Agora é o momento

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  08/05/2021  08:09

CADERNO NOVA REVOLUÇÃO HUMANA

Capítulo “Grande Montanha”, volume 30

PARTE 19

Como resultado do sincero esforço de persuasão, sempre embasado na razão, de Shin’ichi Yamamoto e dos demais discípulos, muitos dos componentes da assembleia clerical reconsideraram sua posição e concordaram em revogar a punição aplicada a Josei Toda. Além disso, o sumo prelado da época, Nissho Mizutani, recusara-se a aplicar a resolução.

Ao superar o incidente de Kasahara, a ligação espiritual de mestre e discípulo da Soka Gakkai se fortaleceu ainda mais. Abrindo asas em direção aos ventos contrários, a organização alçou vigoroso voo rumo à concretização das 750 mil famílias.

Shin’ichi estava apreensivo por não sentir entre os líderes centrais a disposição de mestre e discípulo de viver resolutamente pelo kosen-rufu nem o ardente espírito de luta Soka.

No dia 6 de abril, ele foi ao templo principal Taiseki-ji para participar da cerimônia de “aeração” [omushibarai], e teve audiência com o sumo prelado Nittatsu. Ele transmitiu então sua intenção de renunciar ao cargo de representante-geral dos adeptos da Nichiren Shoshu, bem como a de presidente da Soka Gakkai.

Para Shin’ichi, o mais importante era proteger os membros dos ataques dos maus sacerdotes.

Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Ele possuía uma grande convicção: “Mesmo que eu deixe de ser presidente, com toda a certeza as novas gerações surgirão bailando com desenvoltura sobre o grande palco do século 21, herdando a tocha do kosen-rufu Soka”.

Se houver sucessores, não haverá preocupação nem arrependimento. Um líder que pode afirmar com orgulho “Eu tenho os jovens!” é feliz. Isso porque seu futuro está repleto de esperança.

Na tarde do dia 7 de abril, Shin’ichi recepcionou a comitiva de vinte pessoas da Federação Nacional de Jovens da China [ACYF, sigla em inglês], na Universidade Soka, em frente à “Cerejeira Zhou” plantada às margens do “Lago da Literatura” e florescera magnificamente.

Nesse dia, os membros da delegação visitaram o prédio do jornal Seikyo Shimbun às 10 horas da manhã, em Shinanomachi, onde foram recepcionados calorosamente pelos representantes da Divisão dos Jovens e trocaram opiniões objetivando o perene intercâmbio da amizade. Na sequência, eles foram à Universidade Soka, onde Shin’ichi os aguardava.

Shin’ichi tinha o forte pensamento de que “agora é o momento para unir o mundo por meio da filosofia da paz”. Por isso, ele continuou empenhando todos os esforços na tarefa de construir pontes da paz pelo mundo, independentemente do que acontecesse, e mesmo que estivesse em meio a uma terrível tempestade.

PARTE 20

Ni hao! (“Boa tarde!”) Sejam bem-vindos!”

Shin’ichi Yamamoto colocou os braços nos ombros do chefe da delegação da Federação Nacional de Jovens da China, Gao Zhan Xiang, vestido com trajes típicos, e apertou as mãos de cada um dos jovens chineses.

— Nós aguardávamos ansiosamente por esse encontro com o presidente Yamamoto, que construiu a ponte da amizade sino-japonesa. Nosso desejo agora se concretizou — disse Gao, com rosto corado e voz entusiasmada, representando a todos.

Shin’ichi então relatou a origem da “Cerejeira Zhou” à comitiva liderada por Gao:

— Esta cerejeira foi plantada no dia 2 de novembro de 1975, orando pela saúde do primeiro-ministro Zhou Enlai e desejando o eterno intercâmbio da paz e da amizade. Conforme minha sugestão, o plantio foi realizado pelas mãos dos jovens que vieram da nova China para a Universidade Soka como estudantes intercambistas. Em dezembro do ano anterior ao plantio, o primeiro-ministro Zhou encontrou-se comigo no hospital em que estava internado em Pequim e, a despeito de sua doença, contou-me a respeito do seu fervoroso desejo pela eterna amizade sino-japonesa e pela paz do mundo por todo o futuro. Nesse diálogo, ele falou com saudade sobre a sua lembrança de ter deixado o Japão na época de as cerejeiras florirem. Eu lhe disse: “Por favor, venha novamente ao Japão, sem falta, na época do desabrochar das cerejeiras”. O primeiro-ministro respondeu: “Tenho este desejo, mas acredito ser impossível concretizá-lo”. Seu semblante pareceu bastante desapontado. Foi por isso que propus o plantio da cerejeira que ele tanto amava, e solicitei aos estudantes intercambistas da China, os sucessores de sua aspiração, que o fizessem.

As redes da amizade são tecidas com fios de sinceridade.

Os jovens da Federação Nacional de Jovens da China ouviam as palavras de Shin’ichi meneando a cabeça em concordância.

— O primeiro-ministro Zhou faleceu cerca de dois meses depois do plantio dessa cerejeira, em janeiro de 1976. Em meio a uma profunda e grande tristeza, jurei que me dedicaria de corpo e alma em prol da amizade sino-japonesa, tão ansiada por ele, e sem falta a tornaria duradoura. Com essa decisão, vim pensando em escolher uma data oportuna para fazer junto com jovens líderes da China o plantio da “Cerejeira Casal Zhou” que louva o primeiro-ministro Zhou e a Sra. Deng Yingchao. Na verdade, preparamos esse plantio para o dia de hoje. Vamos, juntos, realizar o plantio com o sentimento de gratidão ao casal, prometendo mutuamente a amizade por todo o futuro.

O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.