ROTANEWS176 E POR AIRWAY 10/10/2022 09:21 Por Thiago Vinholes
Leilão com 500 peças retiradas de um A380 que voou pela Emirates Airline vai arrecadar fundos para a Fundação Airbus e a associação AIRitage
Reprodução/Foto-RN176 Após comprar mais de uma centena de aviões A380. Comprimento: 73 m, Peso: 276.800 kg, Autonomia de voo: 15.400 km, Velocidade, máxima: 1.099 km/h, Voo inaugural: 6 de novembro de 2018, Tipos de motor: Engine Alliance GP7200, Rolls-Royce Trent 900. O A380 (3-A380) acomoda mais de 515 em três classes de serviço passageiros, tem 24 m de altura, 72 m de comprimento e 79 m de envergadura (de ponta a ponta das asas)
A Airbus promove nesta semana um leilão com 500 itens retirados de um A380 desativado. O evento, que acontece entre quarta-feira (13) e sexta-feira (16), será realizado na sede da companhia em Toulouse, na França. O certame também será aberto para participantes on-line.
As peças colocadas à venda vêm do A380 com número de série MSN13, que entrou em serviço em 2008 com a companhia Emirates Airlines. A aeronave em questão foi retirada de operação no ano passado e enviada para o desmonte, tarefa que foi executada na França pela Tarmac Aerosave, empresa especializada no desmantelamento sustentável de aeronaves desativadas.
A lista de itens do avião desmantelado que serão leiloados inclui luminárias, escadas, corrimãos, carrinhos, fileiras de assentos e até um bar, que é uma das principais características dos A380 da Emirates. O dinheiro arrecadado no leilão serão destinados à Fundação Airbus de filantropia e à associação AIRitage, que preserva a história da aviação europeia. A Airbus não estipulou quanto pretende arrecadar no evento.
Interessados no leilão podem acessar as listas de itens que foram disponibilizados no site da Airbus. Em cada dia do evento será arrematado um lote diferente de peças.
Elefante branco
Quando anunciou o programa A3XX, ainda no começo dos anos 1990, a Airbus tinha grandes expectativas para a aeronave que depois ganharia o nome A380. A fabricante recebeu 1.200 pedidos pelo jato que aparecia como o substituto definitivo do Boeing 747, que dominava a aviação de grande porte desde a década de 1970.
O projeto, porém, era extremamente complexo e atrasou. Ao mesmo tempo em que o avião recebia modificações, o mercado de aviação comercial passava por transformações profundas. Enquanto a Airbus desenvolvia o maior avião de passageiros do mundo, as companhias aéreas estavam abandonando esse tipo de aeronave e optando por modelos menores, mais eficientes e que podiam percorrer maiores distâncias, como os atuais Boeing 787 e Airbus A350.
Quando o A380 chegou ao mercado já era tarde demais. E caro demais: o custo da hora de voo é estimado em US$ 30 mil (R$ 154,2 mil na cotação atual). Dos 1.200 pedidos, apenas 246 foram concretizados, sendo que o último aparelho fabricado pela Airbus foi entregue no final do ano passado à Emirates, que segue como o principal operador do “Super Jumbo” com mais de 100 aeronaves do tipo na frota.