ROTANEWS176 E POR SAÚDE EM DIA 20/07/2023 03h05 Por:Milena Vogado
Fissuras no mamilo são comuns nos primeiros dias de amamentação. Caso persistam, é preciso tratar as causas do problema.
A influenciadora Viih Tube tem usado sua voz nas redes sociais para compartilhar os desafios da maternidade. Na última semana, ela expôs um problema bastante comum da amamentação: a dor e o surgimento de fissuras nos mamilos. Já é o 3º mês que a ex-BBB está amamentando e, como relatou em seu Instagram, durante todo esse período, as feridas não fecharam por nada.
Reprodução/Foto-RN176 Amamentação: Viih Tube relata fissuras e dor; veja como tratar as feridas – Foto: Reprodução Instagram (@viihtube) / Saúde em Dia
Segundo um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), traumas mamilares estão entre as principais dificuldades enfrentadas por puérperas nos três primeiros dias após o parto.
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De acordo com Ana Carolina Ferreira, consultora de amamentação e especialista em ordenha de leite materno, as fissuras podem ser consideradas normais nas primeiras duas semanas do bebê até o primeiro mês. Isso porque este é um período de adaptação tanto para a mãe, quanto para o bebê. Mas, caso o problema persista, é preciso buscar orientação profissional e tratar a causa do problema.
O que causa e como evitar as fissuras da amamentação?
Conforme a especialista, a maior e mais frequente causa de fissuras é a pega errada e intercorrências na amamentação. Mas existem alguns cuidados a serem tomados para que as rachaduras não piorem.
“É importante avaliar se não existe algo no bebê que impeça uma mamada efetiva, com a pega correta do peito e sem nenhum impeditivo, como freio de língua e até mesmo torcicolo. A mãe também precisa se atentar à sua produção e posição durante a amamentação”, pontua.
O que fazer caso as fissuras não melhorem a partir da 2ª semana?
É comum que, quando a mãe percebe que as fissuras e dores não melhoram a partir da 2ª semana, ela recorra a laser, pomadas, conchas de prata e outras soluções para tratamento. No entanto, Carolina esclarece que é necessário tratar a causa do problema.
“A fissura é apenas um sintoma. Portanto, é preciso identificar, tratar e corrigir o que está causando esse sintoma. Aí é que entra o trabalho de uma consultora de amamentação. Ela vai ajudar na identificação do problema e, se preciso, orientar a um tratamento com uma equipe multidisciplinar, que pode envolver fonoaudiólogos, pediatras, osteopatas e outros profissionais”, explica.
Para amenizar as dores durante a amamentação, a mãe pode sim recorrer aos tratamentos mencionados acima, como a laserterapia. Porém, é preciso lembrar que eles vão tratar aquele sintoma em específico. “Caso a mãe trate apenas o sintoma da fissura, nesse caso, de nada vai adiantar. Isso porque, quando o peito se recuperar e o bebê voltar a mamar, vai acontecer tudo de novo. Por isso a importância de tratar a causa do problema”, finaliza a consultora de amamentação.