ROTANEWS176 E POR OUTSIDE 23/04/2020 09:10
Desde sempre, Ernie Andrus adora correr. Aos 96 anos, este velhinho vai atravessar os EUA correndo para levantar dinheiro para velejar de uma costa à outra dos Estados Unidos. O ponto final será no bar Bada, na Louisiana. Lá, uma placa o espera dizendo “Chegada da corrida do Ernie”. Ele corre 20 km por semana e espera terminar seu projeto em 4 anos.
Ele é veterano da segunda guerra mundial e esta corrida tem por objetivo levantar o dinheiro necessário para velejar no veleiro militar totalmente restaurado USS LST 325. O destino será a Normandia, com chegada planejada para o aniversário do Dia D.
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Ele se inspirou na história que ouviu de um inglês que teria corrido em todos os países do mundo. Para se preparar, ele começou a correr longas distâncias. Aos 88, ele fez sua primeira prova de revezamento de 321 km, a Ragnar.
Ele virou capa de revista. “As pessoas começaram a me pedir autógrafos e querer fazer fotos comigo. Aí pensei: se um velho de 88 anos chama tanto a atenção, imagina um de 90 correndo de costa a costa?”
Atravessar os EUA correndo para chegar à Normandia
Foi quando ele percebeu que podia usar a corrida para realizar um sonho que parecia impossível: levar o LST 325 de volta à Normandia. “Era um sonho de colegas de tripulação, que achamos que nunca ia acontecer.”
Durante a guerra, ele serviu no USS LST 124, uma cópia idêntica do navio restaurado. Os colegas de Ernie passaram anos procurando o navio ideal para transformá-lo em um memorial. Eles passaram meses restaurando a embarcação.
Ernie fez história com sua primeira corrida de ponta a ponta dos Estados Unidos, se tornando a pessoa mais velha a correr esta distância. Ele terminou um dia depois do seu aniversário de 93 anos, em 20 de agosto de 2016.
Agora, ele está correndo do leste para oeste. Ele começa às 3 da manhã com uma série de exercícios, toma uma xícara de café e se barbeia. Às 5h, toma café e alterna o dia entre sonecas e tevê. Nos outros dias, esta rotina tem corrida no meio.
Com o isolamento social no mundo todo graças à pandemia, as corridas se tornaram mais solitário. Nada de autógrafos, nem selfies. “Tenho poucos amigos que correm comigo. Sinto falta dos abraços e apertos de mão.”
Os patrocínios e doações também diminuiram. Mas ele não vai desistir, porque o importante é a jornada. E quem sabe companhia? “Podem ir andando, eu corro devagar.”