ÁSIA
ROTANEWS176 E EFE 08/01/2018 12:41
Cabine de comando ficou abandonada e aeronave permaneceu em piloto automático durante a discussão; ambos piloto e copiloto estão suspensos
Reprodução/Foto-RN176 Avião da Jet Airways (Jet Airways/Divulgação)
Dois pilotos da companhia aérea Jet Airways, da Índia, foram afastados de suas funções porque teriam protagonizado uma briga em pleno voo e, logo em seguida, deixado a cabine de comando com o avião em modo piloto automático.
A empresa garantiu, por meio de um comunicado, que tudo não passou de um “mal-entendido” que foi resolvido “rapidamente e de forma amigável”.
Segundo a Jet Airways, o “mal-entendido” aconteceu entre o copiloto e a piloto da cabine de comando no dia 1º de janeiro, em um voo entre Londres e Mumbai, e ambos foram suspensos enquanto o incidente está sendo investigado. Além disso, o Conselho Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA, na sigla em inglês)suspendeu ontem a licença de ambos.
Segundo o jornal Times of India, o copiloto supostamente agrediu a piloto da aeronave com um tapa após uma discussão. A comandante do voo então deixou a cabine com os olhos cheios de lágrimas.
Em seguida, o copiloto seguiu os passos de sua colega, deixando o avião – com 324 passageiros, entre eles dois menores de idade – em modo de piloto automático. Os dois voltaram a discutir, mas retornaram à cabine para proceder com a aterrissagem em Mumbai, segundo o jornal.
O incidente chegou inclusive a ser tema de discussão no Parlamento indiano, onde o ministro de Aviação Civil, Ashok Gajapati Raju, anunciou hoje que ordenou uma investigação sobre o ocorrido.
Essa não é a primeira briga dentro de um avião indiano que resulta em escândalo nacional. Em março do ano passado, o deputado Ravindra Gaiwand, do partido hinduista de extrema direita Shiv Sena, desferiu 25 golpes com uma das suas sandálias em um funcionário da Air India, depois que o político se recusou a desembarcar do avião após o pouso em Délhi.
O avião em que Gaiwand viajou não possuía uma área de primeira classe, o que incomodou o político. Ele então decidiu permanecer na aeronave como forma de protesto, mas acabou provocando um atraso de quarenta minutos em outro voo. A Air India e outras companhias aéreas o incluíram em uma lista negra de passageiros.