ROTANEWS176 13/09/2024 13:30 APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA Por Hiromasa Ikeda
Nesta continuação da série publicada no Seikyo Shimbun, trechos selecionados do romance.
Reprodução/Foto-RN176 Ilustração de Kenichiro Uchida. Seikyo Press.
Construir uma organização humanista por meio dos laços de confiança
Em setembro de 1975, Shin’ichi participou da reunião inaugural do grupo de treinamento da Divisão Feminina de Jovens, Seishun (Grupo Primavera da Juventude). Ele respondeu às questões dessas integrantes e, consciente de que estava confiando o futuro a essas jovens, dedicou toda a sua energia para incentivá-las.
As jovens continuaram a fazer perguntas sobre como ajudar a organização a progredir e outros assuntos, todas focadas resolutamente no kosen-rufu. Shin’ichi sentiu esperança e força em relação ao futuro. (…)
Depois de responder a todas as demais indagações das jovens e falar sobre como impulsionar o progresso do movimento promovido por elas no âmbito organizacional, Shin’ichi disse-lhes de coração:
— Uma organização é uma rede de relacionamentos humanos. Precisamos criar laços com cada membro individualmente dentro da nossa organização. Se os relacionamentos se restringirem apenas ao contexto de líderes e membros, nossa organização será fraca. Quando realmente nos importarmos com aqueles com quem entramos em contato como se fossem nossos irmãos, a organização será verdadeiramente humana.
O caminho para torná-la forte reside em nos empenharmos para estreitar laços de confiança com todos os outros. Tornem-se o tipo de pessoa de quem todos gostem de ter ao lado para apoiá-los para superar problemas, incentivá-los e dar-lhes esperança. É o que eu sempre fiz. Esforço-me ao máximo, consistentemente, para estabelecer vínculos fortes com cada associado da Soka Gakkai. Encorajo centenas e milhares de membros a cada dia, um por um, individualmente. Essa ligação torna a Soka Gakkai forte.
Se esse laço solidário entre indivíduos se perder, acabaremos trabalhando com objetivos contrários e a Soka Gakkai perecerá. Peço-lhes que jamais se esqueçam desse ponto crucial. (…)
Todas as jovens olhavam atentamente para Shin’ichi, com os olhos brilhando.
Ele sorriu e continuou:
— Muito bem, tiremos uma foto juntos. Ela será uma prova preciosa do nosso juramento.
Shin’ichi solicitou que se alinhassem na frente e posicionou-se na fila de trás. Ouviu-se o disparo do obturador e seguiu-se o clarão do flash. Depois de a fotografia ter sido tirada, ele olhou para as jovens e disse:
— Mesmo que todas as outras pessoas desapareçam, estarei bem contanto que restem vocês. Expandirei o número de associados para 10 milhões novamente. Façamos isso juntos. Não obstante o que aconteça, jamais deixem de praticar este budismo.
(Capítulo “Alto-Mar”)
O incentivo é a linha vital da Soka Gakkai
Em novembro de 1975, Shin’ichi visitou a Prefeitura de Hiroshima. Durante a viagem, ele fez uma visita repentina e não programada a Kure, a mais de uma hora de carro da cidade de Hiroshima, onde conduziu três sessões de gongyo. Pôde incentivar os membros de Kure, que tinham recitado daimoku fervorosamente na expectativa de sua visita, mesmo que fossem apenas para avistá-lo de dentro do seu carro no trajeto a Hiroshima.
O carro em que Shin’ichi estava viajando seguia às pressas para Hiroshima de modo que ele pudesse chegar a tempo para a reunião no Centro Cultural de Hiroshima, que se iniciaria às 19 horas. No caminho, ele viu aproximadamente dez pessoas paradas à beira da calçada em frente a uma floricultura. Pareciam estar procurando alguém. Eram mulheres, homens e vários estudantes do ensino médio.
— Devem ser nossos membros. Poderia, por favor, parar o carro um instante? — disse Shin’ichi ao motorista.
O grupo não tinha conseguido chegar à Sede Regional de Kure a tempo de participar das sessões de oração, e estavam esperando na rua, com a esperança de ao menos acenar para Shin’ichi quando ele passasse.
De repente, para a surpresa de todos, um carro preto estacionou diante deles. A janela se abriu e revelou o rosto sorridente de Shin’ichi. Os membros gritaram de alegria. Uma das jovens estudantes ofereceu-lhe um ramalhete de lírios que ela estava segurando. Eles o haviam trazido para Shin’ichi.
Shin’ichi recebeu as flores e disse:
— Muito obrigado! Jamais me esquecerei de sua sinceridade. Encontremo-nos novamente!
Pouco depois, os membros foram presenteados com doces oferecidos por Shin’ichi.
Alguns metros à frente, o carro de Shin’ichi se deparou com um grupo de mulheres que estavam num ponto de ônibus. Para um observador comum, eram apenas mulheres esperando a condução. Entretanto, Shin’ichi passou instruções pelo rádio aos líderes que seguiam no carro de trás:
— Há cinco membros no ponto de ônibus. Por favor, entregue-lhes um conjunto com um juzu e um lenço de seda para embrulhá-lo.
Quando os líderes chegaram lá com os presentes, deram de cara com cinco mulheres esperando o ônibus, assim como Shin’ichi havia dito, e todas eram membros da Soka Gakkai. Os líderes ficaram pasmos.
Todos os membros da Soka Gakkai são preciosos filhos do Buda. São bodisatvas da terra. O nobre esforço do kosen-rufu se processa a partir do ato de enaltecê-los, incentivá-los e encorajá-los. Por essa razão, Shin’ichi se dedica verdadeiramente a iluminá-los com seus incentivos nunca ignorando nem um único e precioso membro. Por essa razão, Shin’ichi dedicava-se de corpo e alma para iluminá-los com a luz do encorajamento, jamais deixando passar despercebido nem um único precioso membro. E é por isso que identificou imediatamente que aquelas mulheres eram membros da Soka Gakkai.
O incentivo é a linha vital da Soka Gakkai. Shin’ichi estava determinado a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para transmitir a todos os líderes esse espírito de proteger os membros.
(Capítulo “Tesouro da Vida”)
(Traduzido da edição de 12 de agosto de 2020 do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai.)
No topo: Ilustração de Kenichiro Uchida. Seikyo Press.
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO