BBC BRASIL.COM E ROTANEWS176 16/07/2017 09:41
NO MUNDO
Países ficam na Ásia e na África; segundo Banco Mundial, PIB dessas nações avançará a taxas entre 6,9% e 8,3%.
Em um mundo que ainda se recupera a duras penas da crise financeira global iniciada em 2008, alguns países crescem a uma velocidade vertiginosa.
Eles se localizam na Ásia e África, de acordo com levantamento do Banco Mundial (Bird). O Produto Interno Bruto (PIB) dessas nações crescerá neste ano a taxas entre 6,9% e 8,3%.
Um ritmo invejável quando se considera que a média mundial ficará em torno de 2,7%, de acordo com o estudo do Bird Global Economic Prospects (perspectivas econômicas globais).
Na América Latina e Caribe, o crescimento médio será de apenas 0,8%.
A estimativa para o Brasil é de alta de 0,3%.
Saiba quais são as economias que terão um desempenho notável neste ano.
1. Etiópia
Com alta do PIB estimada em 8,3%, o país africano está no topo da lista de previsão de crescimento, impulsionado pelo investimento público em infraestrutura, um boom no setor de serviços e a recuperação da agricultura.
No entanto, o Banco Mundial alerta que o financiamento da infraestrutura levou a um aumento da dívida pública do país em mais de dez pontos percentuais, que já ultrapassa 50% de seu PIB.
Um país pode ter dificuldade para se financiar quando sua dívida pública cresce, pois, aos olhos dos investidores, sua capacidade de honrar pagamentos fica comprometida.
2. Uzbequistão
É o único país da Ásia Central que aparece no top 10. A previsão é que o Uzbequistão cresça 7,6% neste ano.
Sua economia foi beneficiada por um ambiente externo favorável, assim como a impulsão de programas de desenvolvimento para o período 2016-2020 em infraestrutura, indústria, agricultura e serviços.
O Uzbequistão é o sétimo maior produtor de algodão do mundo. Além desta matéria prima, exporta gás natural e ouro.
Reprodução/Foto-RN176 Mulher trabalha em campo no Uzbequistão Foto: BBCBrasil.com
3. Nepal
Em abril de 2015, o Nepal sofreu um terremoto devastador que deixou cerca de 9 mil mortos e afetou muitas de suas principais atrações turísticas, incluindo templos e monumentos históricos.
Em 2016, a economia do país cresceu apenas 0,4%.
No entanto, espera-se que em 2017 o PIB nepalês avance 7,5%, graças a uma temporada favorável de chuvas, a obras de reconstrução do país e à normalização do comércio com a Índia, afetado por problemas na fronteira entre os dois países.
4. Índia
A Índia ocupa a quarta posição na lista de países cujas economias mais crescerão em 2017.
O Banco Mundial estima que o país alcançará uma taxa de 7,2%, graças ao aumento do investimento em infraestrutura e dos gastos públicos em geral.
A Índia também se beneficiou da boa estação de chuvas, que impulsionou a agricultura e o consumo em áreas rurais.
5. Tanzânia
Durante a última década, a Tanzânia registrou uma taxa elevada e estável taxa de crescimento do PIB, de cerca de 6% a 7%. A estimativa para 2017 é de 7,2%.
O Banco Mundial observa que a economia do país, localizado na África Oriental, vai crescer apoiado por mais investimentos públicos, um forte setor de serviços e pela recuperação da produção agrícola.
6. Djibouti
Localizado no nordeste da África, Djibouti é, ao lado da Etiópia, um dos dois países na lista que não ficam na Ásia.
O país tem poucos recursos naturais e poucas indústrias. Sua economia é favorecida por sua localização estratégica, como porta de entrada para o mar Vermelho, que tem um porto de águas profundas.
Reprodução/Foto-RN176 Porto de Djibouti Foto: BBCBrasil.com
Serve como rota de trânsito para o comércio na região, centro de abastecimento de combustível e também como ponto de transbordo de mercadorias internacionais.
O Banco Mundial estima seu crescimento para 2017 em 7%.
Reprodução/Foto-RN176 Encontro da Asean Foto: BBCBrasil.com
7. Laos
Na última década, Laos tem sido uma das economias que mais crescem na região da Ásia-Pacífico, com um crescimento médio do PIB de 8%.
Para 2017, o Banco Mundial estima que o PIB aumente 7%, impulsionado por uma série de projetos energéticos e devido ao surgimento de oportunidades de negócios com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Reprodução/Foto-RN176 Mulheres em Laos Foto: BBCBrasil.com
Nos últimos tempos, o país também tem se beneficiado da exploração de recursos naturais (um terço do crescimento do PIB), além da expansão do setor de construção e serviços.
Reprodução/Foto-RN176 Mulher trabalha em Laos Foto: BBCBrasil.com
O Banco Mundial, no entanto, adverte que seu déficit fiscal aumentou substancialmente em 2016, levando a dívida pública a quase 70% de seu PIB.
8. Camboja
Graças a um forte crescimento econômico sustentado ao longo de duas décadas, o país do Sudeste Asiático conseguiu alcançar o status de país com renda de classe média-baixa em 2015.
Este ano deverá registrar um aumento de 6,9% do PIB, graças à exportação de vestuário e ao crescimento do turismo.
9. Filipinas
A economia das Filipinas tem sido impulsionada pelo aumento das remessas, o crescimento do crédito e inflação baixa, que favoreceu o consumo.
O PIB do país do leste asiático deverá crescer 6,9% em 2017.
Em 2016, as autoridades aprovaram um plano de desenvolvimento nacional para o período 2017-2022, que prevê um aumento substancial nos gastos públicos. Espera-se que isso acelere a economia.
Ao mesmo tempo, o Banco Mundial espera uma recuperação das exportações.
10. Myanmar
É um dos países com o maior território e menor densidade populacional do Sudeste Asiático.
Sua localização estratégica entre duas das economias mais dinâmicas do mundo – China e Índia – converte Myanmar em polo comercial na região.
Reprodução/Foto-RN176 Trabalhadores em Myanmar Foto: BBCBrasil.com
O país também desempenha papel importante pela exportação de minério, gás natural e produtos agrícolas.
O Banco Mundial estima que a economia de Myanmar crescerá 6,9% em 2017.
O órgão destaca que o país fez progressos substanciais contra a pobreza nos últimos anos, apesar de permanecer mal colocado em indicadores como expectativa de vida e mortalidade infantil.
Embora a China não apareça na lista dos dez países que mais irão crescer este ano, a segunda maior economia mundial deverá registrar alta de 6,5% do PIB, apoiada no consumo interno e na recuperação das exportações.