ROTANEWS176 15/02/2025 08:15
Pode não ser o apocalipse do fim do mundo previsto no drama da Netflix “Não olhe para cima“, mas os astrônomos aumentaram significativamente as chances de um impacto direto de um asteroide gigante atualmente vindo em direção à Terra.
Reprodução/Foto-RN176 Crédito da imagem ilustrativa: n3m3/Bing/DALL-E
De acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) da Nasa, as chances de um impacto em 2032 pela rocha espacial de nome um tanto despretensioso 2024 YR são calculadas em 2,3% – uma chance em 43.
Há apenas uma semana, a Agência Espacial Europeia (ESA) deu ao asteroide 1,3% de chance de atingir o planeta em 22 de dezembro daquele ano, o dia em que fará sua maior aproximação da Terra. Ou, dito de outra forma, tinha quase 99% de probabilidade de passar sem incidentes.
Com até 90 metros de largura, de acordo com observadores do céu financiados pela NASA que o avistaram de um telescópio no Chile pouco antes do ano novo, o objeto tem aproximadamente o mesmo tamanho do asteroide Tunguska que achatou cerca de 2.150 quilômetros quadrados de floresta remota da Sibéria quando explodiu em 1908.
Os astrônomos, no entanto, estão pedindo aos moradores da Terra que não entrem em pânico, embora o 2024 YR4 tenha disparado para o topo das listas oficiais de risco de impacto em ambos os lados do Atlântico e tenha a rara classificação de três na Escala de Risco de Impacto de Torino, que varia de zero sem risco a 10.
Flutuações nas chances de um impacto tão distante da chegada de um objeto são comuns, e em um vídeo do YouTube intitulado “How asteroids go from threat to no sweat”, a ESA explica que a probabilidade de 2024 YR4 atingir o planeta cairá para praticamente zero assim que os dados atualizados sobre velocidade e trajetória forem recebidos nas próximas semanas e meses.
O escritório de coordenação de defesa planetária da NASA, a agência espacial dos EUA, concorda.
A pesquisadora Molly Wasser disses em um comunicado:
“Houve vários objetos no passado que subiram na lista de risco e eventualmente caíram à medida que mais dados chegaram.
Novas observações podem resultar na reatribuição deste asteroide a zero à medida que mais dados chegam.”
Colin Snodgrass, professor de astronomia planetária da Universidade de Edimburgo, disse ao Guardian na semana passada:
“Muito provavelmente este passará inofensivamente.
Ele só merece um pouco mais de atenção com telescópios até que possamos confirmar isso. Quanto mais seguimos sua órbita, mais precisas se tornam nossas previsões futuras de sua trajetória.”
Outros sustos semelhantes recentes parecem reforçar a mensagem.
O asteroide 99942 Apophis, descoberto em 2004 e maior que a Torre Eiffel, já recebeu uma classificação de quatro na escala de Torino, mas acabou sendo calculado para não ser uma ameaça para a Terra em nenhuma de suas passagens próximas pelo menos nos próximos 100 anos.
No entanto, mesmo que o 2024 YR4 continue em direção à Terra com uma grande chance de impacto, o sucesso da missão DART da NASA em 2022, na qual uma espaçonave foi deliberadamente colidida com um asteroide do tamanho de um estádio de futebol e alterou sua trajetória, dá motivos para otimismo para o futuro da humanidade.
Snodgrass disse:
“Este asteroide é da escala que uma missão como a DART poderia ser eficaz, se necessário, então temos a tecnologia e ela foi testada.”
FONTE: OVNI HOJE
