BALEIA AZUL NÃO É UM JOGO, EMBORA EXERÇA FASCÍNIO PARECIDO

TECHNEWS-JP E ROTANEWS176 18/04/2017 00:00                                                                                           Carlos Aros

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Reprodução/Foto-RN176

A discussão sobre o desafio Baleia Azul ganhou destaque nos últimos dias após inúmeros relatos de vítimas desse conjunto de “ordens” que viralizou entre adolescentes e jovens em todo o mundo. Há muita desinformação, mas o que se sabe é que as redes sociais, em especial os aplicativos de mensagens instantâneas, têm favorecido a disseminação desse “game macabro”.

Em alguns países, como a Rússia, mortes de adolescentes estão sendo investigadas a partir de conexões com esse desafio. No Brasil, a polícia investiga quadrilha que estaria aliciando jovens para o desafio que incentiva o suicídio dos participantes.

O pesquisador de games e tecnologia educacional Francisco Tupy acompanha a evolução do Desafio da Baleia Azul há algum tempo, e é taxativo ao dizer que não se trata de um game, embora exerça fascínio similiar ao de um jogo.

“Algumas coisas que não são jogos por alguma razão associada à subjetividade da pessoa, ela pode interpretar aquilo como um jogo. Em função da situação de vida que ela tenha, do estágio emocional, aquilo pode representar e trazer elementos que um jogo tem, por exemplo a regra: se eu seguir as regras, eu tenho a recompensa”, explica o especialista.

Tupy também argumenta que, embora os riscos existam, é difícil encontrar a origem porque qualquer um com acesso à internet pode acessar, por meio de um buscador, as regras e assumir o papel de “curador” do desafio. Por isso, o professor avalia que a história ganhou contornos de “lenda urbana”.

Outro ponto que deve ser levado em conta é que as pessoas mais vulneráveis são os alvos ideais do jogo macabro, já que seriam mais susceptíveis à submeterem-se às etapas do desafio. Uma delas é “desenhar” uma baleia no antebraço com uma lâmina , e a última das “tarefas”, segundo textos da internet, é o suicídio.