Bilionários de todo o mundo ficaram US$ 1,6 trilhão mais ricos em 2021

ROTANEWS176 E POR FORBES 12/12/2021  07:05                                                                                                  Por Chase Peterson-Withorn

No ano passado, as fortunas dos super-ricos aumentaram quase dois trilhões de dólares .

Reprodução/Foto-RN176 Elon Musk, CEO da Tesla, foi o bilionário que mais enriqueceu em todo o mundo em 2021 Joe Skippe/Reuters

Este foi outro grande ano para os bilionários. Depois de um 2020 formidável, quando os super-ricos adicionaram cerca de US$ 1,9 trilhão à sua fortuna coletiva, a festa continuou em 2021: os mais de 2.600 bilionários de todo o mundo ficaram US$ 1,6 trilhão mais ricos, de acordo com estimativas da Forbes.

Juntos, os bilionários valem US$ 13,6 trilhões, segundo dados do fechamento do mercado da penúltima sexta-feira (3). No início de janeiro, esse montante era de US$ 12 trilhões.

Os bilionários norte-americanos lideraram o ranking dos que mais ganharam dinheiro em 2021. Juntos, adicionaram US$ 945 bilhões a suas fortunas este ano, enquanto o S&P 500 subiu 21% e o Nasdaq avançou 50%.

Uma fatia significativa desse ganho vem de uma única pessoa: Elon Musk, que foi de longe o que mais enriqueceu entre todos eles. Musk ganhou surpreendentes US$ 110 bilhões em 2020. Ainda mais surpreendente: ele fez isso novamente em 2021.

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O CEO da Tesla começou o ano com um patrimônio estimado em US$ 156 bilhões. Agora, ele vale cerca de US$ 266 bilhões, graças à valorização vertiginosa da SpaceX e um aumento de 44% no preço das ações da Tesla.

No mês passado, Musk se tornou a primeira pessoa a cruzar a marca de US$ 300 bilhões, embora as ações da montadora elétrica tenham caído cerca de 15% desde que ele anunciou planos de vender parte de suas ações. Ele continua a ser a pessoa mais rica do mundo, mais de US$ 70 bilhões à frente do segundo colocado, Jeff Bezos, cuja fortuna aumentou modestos US$ 6 bilhões este ano.

Outros norte-americanos que tiveram um ótimo 2021 incluem os cofundadores do Google, Larry Page (+US$ 44 bilhões) e Sergey Brin (+US$ 42 bilhões), graças a um salto de 62% nas ações da Alphabet, controladora do Google.

Larry Ellison (+$ 32 bilhões), cujas ações da gigante do software Oracle avançaram 36%; e Steve Ballmer (+$ 27 bilhões), o ex-CEO da Microsoft, que cresceu 45% este ano, também se saíram bem em 2021.
Os bilionários indianos ficam em segundo lugar na lista. Eles aumentaram seu patrimônio líquido coletivo em US$ 210 bilhões, enquanto o principal índice do país, o BSE SENSEX, subiu 21% graças aos investidores otimistas.

A Índia também levou o segundo lugar do ranking dos bilionários que mais enriqueceram em 2021: Gautam Adani, dono do Adani Group – que abrange companhias de infraestrutura, commodities, geração de energia e imóveis – se beneficiou de uma série de apostas ousadas.

As ações da Adani Gas, de capital aberto, saltaram 342% este ano; a empresa de energia Adani Transmission cresceu 327%; o conglomerado Adani Enterprises, por sua vez, avançou 256%. O patrimônio líquido de Adani subiu cerca de US$ 51 bilhões este ano, e chegou a US$ 80 bilhões neste mês.

O terceiro país mais afortunado deste ano: a Rússia. Seus bilionários ficaram US$ 145 bilhões mais ricos, liderados por Pavel Durov, criador do aplicativo de mensagens Telegram, e Tatyana Bakalchuk, fundadora da varejista de comércio eletrônico Wildberries que viu seus negócios passarem por forte crescimento. Bakalchuk é a bilionária que mais enriqueceu em 2021 em termos percentuais, com um aumento de mais de 1.000%.

Os super-ricos em outros países, no entanto, não estão se saindo tão bem. A China, cujos bilionários lideraram o mundo em crescimento de riqueza em 2020, caiu para o quarto lugar da lista de 2021. Neste ano, Pequim adotou medidas que reprimiram a indústria doméstica, e preocupações com dívidas imobiliárias assustaram os investidores.

Os bilionários chineses em geral estão apenas 4% mais ricos do que há um ano, em comparação com um ganho de 60% no ano passado, apesar do bom desempenho das bolsas internacionais. Alguns perderam parte de suas riquezas em 2021, incluindo Jack Ma (-US$ 23 bilhões) e Colin Zheng Huang (-US$ 43 bilhões), cujas negócios de tecnologia foram atingidos pela repressão do governo chinês. No geral, a riqueza bilionária agregada subiu em 40 países este ano, mas caiu em 30 outros.

Ainda assim, novos bilionários surgiram ao redor do mundo em 2021. A Estônia teve seus primeiros bilionários em julho, quando a startup de pagamentos internacionais Wise passou a ser listada na Bolsa de Valores de Londres, catapultando seus dois fundadores para o clube de três vírgulas.

No mês passado, os primeiros magnatas da Bulgária se juntaram às fileiras dos bilionários: os irmãos Domuschiev, que controlam um império de US$ 4,2 bilhões que abrange desde saúde animal e transporte até imóveis e futebol. “Estamos muito confiantes no que estamos fazendo”, disse Kiril Domuschiev recentemente à Forbes. “Tudo o que empreendemos desde 2000 está crescendo muito rápido.”

O que vai acontecer em 2022? Muito dependerá do desempenho global do mercado de ações. As ações de empresas de tecnologia nos EUA, como Facebook (agora chamado de Meta Platforms) e Amazon, dispararam durante grande parte de 2021, mas recuaram de suas máximas históricas.

Muitas ações de empresas que abriram seus capitais recentemente, como as da Robinhood Markets e as do aplicativo de namoro Bumble, estão sendo negociadas abaixo do preço inicial de listagem. O tempo dirá se a euforia dos investidores realmente começou a diminuir. Mas durante este período de festas, os super-ricos têm muito a agradecer.