Brilho da esperança

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  16/10/2021 08:14

REDAÇÃO/ESPECIAL

Irradiar o valor da organização para uma sociedade pacífica

Reprodução/Foto-RN176 Foto de pessoas vibrando de ilustração da matéria – Editorial do Brasil Seikyo – BSGI

Quem não gosta de reunir os amigos e familiares para celebrar o aniversário? A festa com salgadinhos, bolos enfeitados e casa lotada deu lugar, nos últimos quase dois anos de isolamento social, a comemorações virtuais. Mas, mesmo assim, não deixamos de comemorar. E neste mês, celebramos os 61 anos da BSGI, que também é a nossa comemoração, pois somos a BSGI.

Desde a sua fundação, viemos trilhando o caminho da vitória absoluta, enfrentando cada situação com a convicção de que “não existe oração sem resposta”; “o inverno nunca falha em tornar primavera”; e com “muito mais daimoku”. Tal como receber uma mensagem de feliz aniversário, esses incentivos aquecem nosso coração e, assim, cultivamos a verdadeira felicidade em nossa vida e na das pessoas ao nosso redor.

Em comemoração dos sessenta anos de fundação da BSGI, em 2020, recebemos uma preciosa mensagem do presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, na qual ele enaltece a abnegada atuação de todos os seus membros. Em um trecho, diz:

Como pioneiros do kosen-rufu mundial, os senhores do Brasil vieram desbravando os caminhos resolutamente. Mesmo diante das tempestades de adversidades, lutaram e venceram com a “estratégia do Sutra do Lótus” e a união harmoniosa de “diferentes em corpo, unos em mente”. De forma esplêndida, vêm demonstrando a prova real da “prática da fé é a própria vida diária” e do “budismo é a própria sociedade”. Hoje, o mundo inteiro os admira como “Brasil, modelo do mundo” e “Brasil de contínuas vitórias”.1

Manifestando essa alegria, coragem e convicção, a edição de hoje apresenta relatos de companheiros que demonstram em seu local de atuação o que é ser membro da BSGI. Mais que isso, como será a organização no futuro? Leia depoimento de integrantes da Divisão dos Estudantes. Assim como a decisão de Ikeda sensei em 1960 de “Contudo, eu irei”, renovemos nossa disposição de discípulos que vencem, independentemente do momento e da situação atual. Afinal, somos os protagonistas dessa história.

Colorir a vida das pessoas com coragem

Minha decisão para 2030 é que eu continue firme e forte atuando em prol da Soka Gakkai, criando novos “valores humanos” e apoiando os membros que estão ao meu redor. Ao mesmo tempo, quero ser reconhecido como um dos melhores ilustradores do Brasil, e diria até internacionalmente (sonhos têm de ser altos, né?). Além de sempre trabalhar em projetos pessoais, que envolvam várias áreas e pes­soas, tenho o objetivo de levar os ideais humanísticos (em forma de ilustrações gráficas) para as pessoas, bem como a proatividade nas minhas relações sociais (sobre as quais aprendo todos os dias no grupo Sokahan), e avançar junto com todos, em busca do kosen-rufu!

Reprodução/Foto-RN176

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Estimular cada geração com foco na vitória

Pertenço a uma geração privilegiada. Primeiro, pela oportunidade de ter atuado na Divisão dos Jovens junto com Ikeda sensei. Segundo, pela possibilidade iminente de, em poucos anos, celebrar o centenário da Soka Gakkai em 2030, concluindo um importante ciclo de autorreflexão, autoconhecimento e duras batalhas em prol da paz. Nesse contexto, renovo diariamente minha decisão de lapidar uma versão cada vez mais aprimorada do meu eu, inibindo a escuridão fundamental e fomentando os mais elevados valores Soka, através da edificação permanente dos pilares da “fé, prática e estudo”. Não é tarefa fácil. Em meio às turbulências que ameaçam diuturnamente a pacífica convivência humana, reflito sobre minha responsabilidade em protagonizar uma mudança radical em minha comunidade, revelando, na prática, o conceito de “cidadão global com atuação local”. Meu sincero desejo é que esse movimento possa lançar luz sobre todas as esferas de convivência, iniciando na família, e gerando benefícios reais no trabalho, sociedade e organização. Além disso, não há como falar em 2030 sem mencionar nossa responsabilidade na criação de novos valores, nossos sucessores. Trata-se de um movimento que já começou há muito, a partir da sincera preocupação do mestre com o futuro da humanidade. Cabe a nós, diariamente, fomentar essas novas sementinhas, estimulando e divulgando o espírito do kosen-rufu em tantos corações quanto nos for possível. Realizar essa luta ao lado dos meus companheiros do estado do Maranhão e ao lado de todos os nossos líderes da BSGI de incondicional apoio, fazer emergir um sentimento leve, consistente e inabalável de gratidão. Gratidão por empreender em causa tão nobre. Gratidão por compartilhar esse permanente aprendizado com grandes companheiros, veteranos e sucessores. Gratidão ao Mestre. Muito obrigado!

Reprodução/Foto-RN176

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Ninguém pode ficar para trás

Neste cenário pandêmico, alinhei meu trabalho à ação humanitária. Sou jornalista e midiá­tica nas redes on-line, atuando em apoio às famílias na cidade onde resido. Em maio de 2020, um amigo da cidade me procurou, solicitando meu apoio para diversas famílias da região. Imediatamente entrei em ação para não deixar ninguém para trás. Com a minha família, meu irmão, que até hoje atua na linha de frente da Covid-19, iniciou o desafio de ir aos muitos colaboradores para pegar doações e fazer chegar às famílias. Iniciamos, em minha casa, a recitação de muito mais daimoku e nos baseamos no direcionamento do Mestre. Percebemos que deveríamos expandir o olhar para obter parceiros não só locais, como estaduais, a fim de chegar aos mais distantes. Outros projetos foram iniciados, sempre focados no ser humano. A partir daí, nossa ação na sociedade se estendeu também aos jovens de Angola, por exemplo. Neste momento de pandemia, os jovens artistas de Luanda estavam passando por situações complicadas para se alimentar. Propomos, além da jornada, que eles fossem a todos os canais culturais e midiáticos e divulgassem suas apresentações. O resultado está sendo incrível. Dialogamos com os cantores brasileiros e os incentivamos para que eles conhecessem o presidente Ikeda e sua Proposta de Paz, encaminhada anualmente para a Organização das Nações Unidas (ONU). Eu me baseio nos escritos de Nichiren Daishonin: tudo deriva da nossa fé, como ele afirma na carta Resposta à Monja Leiga Nichigon: “Se a sua oração será ou não respondida, isso dependerá de sua fé; [caso não seja,] de maneira alguma deverá me culpar”.2

Reprodução/Foto-RN176

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Transmitir encorajamento na sociedade

Nasci numa família budista e sempre tive vontade de desenvolver alguma ação na sociedade em que pudesse compartilhar com as pessoas sonhos e esperanças, assim como Ikeda sensei sempre nos ensinou a cultivar. Em 2020, com a pandemia, entrei em constantes crises de ansiedade. Orava daimoku para acalmar meu coração e criar um bem maior em meio ao caos que sentia. Com a sabedoria da prática da fé e com terapia, iniciei alguns cursos. Então, despertei para a realização do Projeto CCLP — Centro de Criação de Líderes da Periferia, que busca apresentar ferramentas de autoconhecimento, gestão de carreira e desenvolvimento pessoal e também uma homenagem para a coordenadoria que pertenço. Nosso país tem atravessado grandes desafios, no entanto, vejo que aplicar na sociedade o que sensei me incentiva é apenas expandir a esperança para as pessoas ao nosso redor. É com esse sentimento de fazer o meu melhor a fim de contribuir para a vida de uma única pessoa que tenho buscado me desenvolver e atuar como cidadã do mundo, levando, por meio do projeto, o grandioso espírito de revolução humana.

Reprodução/Foto-RN176

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O sol da esperança

Em 2030, estarei com 17 anos. Tenho o sonho de fazer curso de enfermagem igual à minha mãe. Para isso, meu objetivo atual é aprender a ler e a escrever. Estava no primeiro ano do ensino fundamental quando começou a pandemia. Junto com minha família, recitávamos daimoku para voltarem as aulas normais. Eu, por ter problema de saúde, sou do grupo de risco para retornar à escola. Antes de iniciar a pandemia, também começaria a participar do Pompom-tai, que faz parte da Asas da Paz Kotekitai. Minha família e eu gostamos deste incentivo do sensei: “É impossível dizer quão notável um jovem se tornará no futuro, já que tudo depende do empenho deles a partir de agora. (…) Toda sensei costumava nos dizer: ‘Como meus sucessores, espero que me superem!’. Agora, digo com muita convicção a mesma coisa a vocês”.3

Um abraço a todos!

Reprodução/Foto-RN176

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Fazer a diferença na vida das pessoas

Olá! Sou membro da Banda Infantojuvenil (BIJ) do Taiyo Ongakutai de Curitiba, PR. e sou a terceira geração de budistas da família. Em 2030, espero estar com uma vida boa. Assim como aprendo nas atividades dos estudantes e do Ongakutai, quero lutar por um país mais justo, com mais amor e compreensão. Meu sonho para 2030 é fazer faculdade na Universidade Soka. Para isso, estou estudando muito e fazendo daimoku. Também estou participando das atividades da BIJ, da DE e na reunião de palestra. Às vezes, o videogame é mais forte que eu, mas estou me desafiando todos os dias para conciliar a diversão e meu desenvolvimento com base na prática da fé. Aprender flauta é algo que amo. Algo que vou levar para toda a vida. Vejo que ter o instrumento na ponta da língua faz eu me sentir bem. Quero aprender mais e me tornar um músico melhor. Minha mãe sempre fala que é muito importante eu me criar nos jardins da Gakkai, aconteça o que acontecer: seja nos ensaios da BIJ ou nas reuniões da DE. “Faça a diferença na vida das pessoas” é algo que ela me fala todos os dias quando me deixa na escola. Muito obrigado pela oportunidade de contar um pouco sobre mim, e renovar a minha decisão para 2030 junto com vocês! Feliz aniversário, BSGI!

 

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Notas:

  1. Brasil Seikyo, ed. 2.535, 10 out. 2020.
  2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 347, 2017.
  3. Brasil Seikyo, ed. 2.144, 18 ago. 2012, p. B2.