Cachorros e fogos de artifícios: como acostumá-los ao barulho

ROTANEWS176 E CANAL DO PET                                                                                                       Alexandre Rossi 2012/2016 18:26

Com as comemorações da passagem de ano muitos cachorros passam por momentos de stress que não fazem bem para a saúde

Olá, amigos do Canal do Pet! Hoje eu vim falar sobre uma combinação que está prestes a acontecer e que pode te dar trazer muitas preocupações: cachorros e fogos de artifícios.

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Reprodução/Foto-RN176 A mistura cachorros e fogos de artifícios pode ser perigos

O novo ano se aproxima e, junto com ele, as festas de Réveillon. Mas, para muitos pets, esse evento pode ser sinônimo de medo extremo, o que não é nada bom. Por isso, se não deu tempo de tratar a questão cachorros e fogos de artifícios ao longo do ano, é importante que todos os que convivem com o cão saibam como lidar em situações delicadas como essa.

Falei sobre o assunto no programa É de Casa, da rede Globo, no último dia 17, no qual dei dicas sobre o que fazer. E agora, queria compartilhar aqui com vocês também.

Muitos costumam afirmar que cães não gostam de barulhos de fogos de artifício ou de trovões, pois sentem dor no ouvido. Mas, na verdade, o motivo real é que barulhos muito altos servem para alertar o cão de que algo errado está acontecendo. Significa, literalmente, perigo e o animal já pode ter feito associações ruins com esse estímulo.

 Fobia

Cães que apresentam verdadeira fobia ao som de fogos de artifício costumam babar muito (hipersalivação), perdem o apetite, respiram com dificuldade e ficam o tempo todo procurando um lugar seguro para se esconder, geralmente algum local menor do que eles. Nessas situações, eles podem acabar se machucando ao tentar pular uma cerca ou muro, por exemplo.

O que fazer

Algumas dicas podem ajudar a amenizar a situação para o cão na noite de ano novo.

– Em momentos de estouro de rojões, é indicado distrair o amigo com os brinquedos que ele gosta, fazendo do momento algo prazeroso. Pode-se dar petiscos nessa hora também. Assim, a associação com os barulhos começa a ser positiva.

– Se o pet demonstrar medo, o tutor deve sempre manter uma postura que transmita a sensação de segurança. Por mais que se tenha pena, não se deve abaixar para confortar o cãozinho: ele pode entender que o tutor também está com medo.

– Os cães, nessa situação, costumam buscar um local para se esconder. Não se deve privá-lo disso. De preferência, deixar um cômodo livre para que ele possa se aninhar, se possível fechando janelas e portas para que o som seja abafado (até vedando para os sons de fora ficarem menos perceptíveis), o que trará um pouco de conforto nesse momento. Um rádio ligado com uma música tranquila e em um volume mais alto melhorará ainda mais o ambiente. Caso seja possível já começar a acostumar o cão nesse local, brincando com ele antes das festas de fim de ano, na noite de ano novo a tendência é que ele já tenha feito uma boa associação desse local e se sentirá mais seguro ali.

– É importante tomar cuidado com fugas: cães amedrontados podem tentar fugir para longe do barulho. Por isso, o ideal é manter o cão devidamente identificado com uma placa na coleira, onde constem o nome dele e um telefone para contato. De qualquer forma, deve-se verificar se cercas, portões e portas estão bem trancadas e deixar os cães dentro de casa.

– Além disso, alguns cães chegam a quebrar portas de vidro, ferindo-se gravemente, para tentar se refugiar. Por isso, nunca se esqueça de verificar se o local onde ele estará abrigado é seguro e livre de perigos.

Outras medidas

Se o caso já for caracterizado como fobia (o cão treme muito, baba, arfa, não tem apetite e pode até se tornar agressivo com pessoas que tentem pegá-lo a força) é indicado consultar um especialista em comportamento animal, para tentar minimizar o sofrimento dos animais.

Um veterinário de confiança pode também prescrever medicamentos em casos extremos, se for o caso. Importante: é conveniente testar o uso de medicamentos antes da situação mais extrema, sempre sob orientação do veterinário.

 

Um abraço e boas festas!

Alexandre Rossi.