ROTANEWS176 22/01/2025 15:01 Por یورونیوز فارسی
Reprodução/Foto-RN176 Amir Tetlow© عکس از خبرگزاری میزان
O cantor pop iraniano que tem o corpo tatuado, Amir Hossein Maghsoudloo, mais conhecido por Tataloo, terá sido condenado à morte por um tribunal iraniano após ter sido considerado culpado de insultar o profeta Maomé.
A estrela da música, que ganhou notoriedade devido às suas opiniões francas e à sua popularidade entre os jovens iranianos, terá sido condenada sob a acusação de “sabb al-Nabi” (insulto ou negação do estatuto do profeta Maomé).
Tataloo apoiou anteriormente o presidente Ibrahim Raisi durante a campanha eleitoral de 2017. Também manifestou publicamente o seu apoio ao programa nuclear da República Islâmica durante a presidência de Mahmoud Ahmadinejad, tendo mesmo interpretado uma canção intitulada “Energia Nuclear”.
Apesar dos seus compromissos políticos, a aparência e o comportamento de Tataloo suscitaram críticas de algumas fações conservadoras, o que levou a restrições às suas atividades artísticas. Devido ao que descreveu como a falta de uma licença de concerto adequada, deixou o Irão e mudou-se para a Turquia.
Depois de se mudar para o estrangeiro, Tataloo continuou a provocar episódios polémicos: teve a página de Instagram bloqueada devido a relatos de conteúdo misógino e violento, foi detido pela polícia turca por violação do visto quando viajava para o Reino Unido, e enfrentou acusações de insultar figuras religiosas xiitas e de promover o consumo de drogas entre os jovens. Esteve também envolvido numa relação controversa com a atriz iraniana Sahar Quraysh Shashi e apoiou publicamente sites de apostas.
Tataloo tem rejeitado sistematicamente as acusações contra ele, afirmando o seu direito à liberdade de expressão artística. No entanto, há quatro anos, foi detido pela polícia turca e enviado de volta para o Irão, onde foi preso na sequência de acusações de “encorajar os cidadãos, especialmente os jovens, a consumir drogas, sobretudo psicoactivas, bem como de espalhar a corrupção”.
Os seus problemas legais continuaram quando, depois de o cantor ter sido condenado a uma pena de cinco anos, o procurador de Teerão recorreu do veredito inicial. O caso foi reavaliado pelo Supremo Tribunal, que acabou por enviá-lo de novo para o Tribunal Penal Provincial de Teerão.
Apesar de o cantor ter asseverado que não tinha intenção de desrespeitar as figuras religiosas xiitas nem de afirmar as suas próprias convicções religiosas, um grupo de meios de comunicação social iranianos noticiou no domingo à noite que o tribunal o tinha condenado à morte.
Pouco depois, porém, a agência noticiosa Fars, estreitamente ligada aos Guardas da Revolução Iraniana, emitiu um esclarecimento, citando uma fonte ligada ao caso: “O veredito final de Tataloo ainda não foi emitido. Foi apenas sujeito a tutela legal”.
De acordo com a lei iraniana, Tataloo tem o direito de recorrer desta decisão, e o seu caso será provavelmente revisto mais uma vez pelo Supremo Tribunal.
FONTE: EURONEWS PORTUGUÊS