ROTANEWS176 E IG 05/11/2017 12:33
Quatro ex-ministros da Catalunha também se apresentaram à Justiça da Belgica; ex-presidente regional deverá delatar opressão sofrida pelo governo
Reprodução/Foto-RN176 Ex-líder da Catalunha, Carles Puigdemont está na Belgica desde que foi destituído do cargo pelo primeiro-ministro espanhol-Reprodução/El Mundo
Carles Puigdemont, líder deposta da Catalunha no último mês, apresentou-se à justiça belga neste domingo (5). Outros quatro ex-ministros catalães também compareceram ao tribunal na Bélgica junto ao ex-presidente regional, conforme afirmou a agência Associated Press.
Antoni Comín, Clara Ponsati, Lluís Puig e Meritxell Serret são os nomes das ex-autoridades que se apresentaram a polícia acompanhados de seus advogados. Segundo um porta-voz da promotoria belga, os cinco, incluindo Puigdemont , deverão prestar depoimentos ao juiz ainda nesta tarde.
O juiz tem 24 horas para decidir se os cinco, que estão “privados de liberdade” de acordo com o Ministério Público de Bruxelas, serão libertados ou irão para prisão.
Após ter sido demitido pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, no dia 21 de outubro , a juíza Carmen Lamela emitiu uma ordem de prisão para Carles Puigdemont e outros quatro ex-membros do governo regional no final da última semana.
O presidente destituído da Catalunha, que estava na Bélgica desde que perdeu o cargo, afirmou que está lá porque quer denunciar a opressão sofrida pelo governo da Espanha , e não para pedir asilo político, conforme a imprensa havia noticiado.
Prisão de conselheiros
Outros nove membros do governo destituído compareceram na quinta-feira (2) à justiça espanhola de Madri. Oito deles foram presos, sendo um deles o número dois do governo catalão, Oriol Junqueras, e o secretário de Relações Exteriores, Raúl Romeva.
A crise
A Espanha tem vivido um mês de muita tensão política desde que a Catalunha realizou um referendo a favor da independência, no dia 1º de outubro deste ano. Na sexta-feira passada, o parlamento catalão chegou a declarar-se independente de maneira unilateral, o que fez com que Madri recorresse ao artigo 155 – e destituiu o governo de Puigdemont. A manobra é inédita do país, não havendo sido utilizada nunca antes na história.