China diz que haverá confronto com consequências catastróficas se EUA não mudarem postura

ROTANEWS E POR CNN 07/03/2023 11:04                                                                                                                    Por Nectar Gan

Qin Gang adotou tom mais combativo em sua primeira aparição como ministro das Relações Exteriores chinês.

 

Reprodução/Foto-RN176 Ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, durante conferência em Addis Ababa, Etiópia11/01/2023REUTERS/Tiksa Negeri

O novo ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, alertou nesta terça-feira (7) que “conflito e confronto” com os Estados Unidos são inevitáveis ​​se Washington não mudar de rumo, fazendo uma repreensão severa e abrangente às políticas dos EUA em sua primeira coletiva de imprensa no novo cargo.

Qin, que até recentemente era embaixador da China nos EUA, construiu uma reputação de ser um diplomata cuidadoso e talentoso no exterior.

Mas ele adotou um tom muito mais combativo em sua primeira aparição como ministro das Relações Exteriores na reunião parlamentar anual da China, alertando sobre as “consequências catastróficas” do que descreveu como uma “aposta imprudente” de Washington na forma como trata suas companheiras superpotências.

“Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento e certamente haverá conflito e confronto”, disse Qin à margem do Congresso Nacional do Povo em Pequim. “E quem arcará com as consequências catastróficas?”, acrescentou.

No evento altamente roteirizado, Qin deu o tom da política externa da China para o próximo ano e além, repreendendo os EUA pelo aumento das tensões bilaterais e defendendo a estreita parceria de Pequim com Moscou.

Os laços entre as duas maiores economias do mundo estão em seu pior nível em décadas, e as tensões aumentaram ainda mais no mês passado, depois que um suposto balão espião chinês flutuou sobre a América do Norte e foi abatido por caças americanos.