ROTANEWS176 E POR CORREIO BRAZILIENSE 01/06/2023 16:46 Por Maria Eduarda Maia
Em entrevista ao programa ‘CB.Saúde’, o oncologista Nilson Correia explica sobre o câncer de pulmão e como o tabagismo pode afetar a saúde.
Reprodução/Foto-RN176 O médico oncologista Nilson Correia – (crédito: Mariana Lins )
O Dia Mundial Sem Tabaco, que ocorreu no dia 31 de maio, tem como objetivo alertar sobre os malefícios que o cigarro pode levar para a saúde do indivíduo. Com isso, o câncer de pulmão foi tema do CB.Saúde — parceria entre Correio e TV Brasília — desta quinta-feira (1/6). Com a apresentação de Carmen Souza, o oncologista da Oncoclínicas Brasília, Nilson Correia, falou sobre o câncer de pulmão e as consequências do tabagismo.
“O câncer é sempre uma doença genética, é uma mutação que vai ocorrer ao longo da vida, por exemplo, você pega Sol na pele, o dano do Sol pode levar a mutação e surgir o câncer de pele, já o cigarro pode levar ao câncer de pulmão, então o excesso de nicotina vai levar a danos no pulmão e consequentemente desenvolver o câncer no pulmão que hoje é, basicamente, 70% a 80% relacionado ao cigarro”, explicou Correia.
Leia mais assuntos relacionados do cigarro eletrônico e o comum:
RN176; – Dia Mundial Sem Tabaco: cigarro eletrônico manifesta doenças mais rápido
RN176; – Mais de 11% da população do DF é fumante, mostra levantamento
Sobre prevenir e reduzir o risco de ter o câncer, o médico detalha que alguns pilares podem influenciar para o risco de desenvolver a doença. “É possível prevenir, ou pelo menos reduzir o risco, vou citar um exemplo: a atividade física. Tem alguns trabalhos que mostram redução de 40%, 50% do risco de câncer em quem pratica atividade física de forma regular, depois vem alimentação e o sono. Então alimentação, sono e atividade física são os pilares fundamentais na prevenção ou pelo menos para diminuir bastante o risco de você desenvolver câncer”, disse.
Sobre o aumento do número de pessoas que utilizam o cigarro eletrônico, o especialista alerta sobre o maior risco para a saúde que o cigarro convencional. “A quantidade alta de nicotina (do cigarro eletrônico), como ele é proibido, o indivíduo não tem controle, mas tem alguns trabalhos mostrando que até 30 vezes mais nicotina do que um cigarro comum. Às vezes até o usuário pode dizer ‘eu não vou consumir tudo de uma vez’ , mas você não tem controle disso, aquilo fica no bolso e você fica toda hora tragando, então a quantidade de nicotina que você acabou absolvendo é muito maior. Tem trabalhos mostrando que mesmo em adolescentes, quando vai dosar a nicotina na urina, a taxa é muito alta e se assemelha a um grande fumante, uma pessoa que fuma por muito tempo, somando em até 20 cigarros por dia”, detalha.
Sobre os sintomas e alertas do corpo sobre a doença, o médico explica sobre os sintomas do início de um tumor e o de um câncer mais avançado. “Um tumor no início ele é assintomático, isso funciona na maioria dos tumores ou quase todos. Sintomas mais comum para pulmão é tosse, é muitas vezes fica difícil identificar por conta do cigarro já vai ter outro sistema operatório, enfisema, vai tossir, mas se tiver alteração de frequência no meio da tosse, já tem que desconfiar, junto com isso pode ter também de tossir com um pouco de sangue — chamado de hemoptoico —, fraqueza, emagrecimento, fadiga, então são sintomas de fase inicial. Já na fase mais avançada, aí começa a dores relacionadas ao crescimento do tumor”, diz.
RN176; Assista ao vídeo de explicações do médico oncologista Nilson Correia, sobre o mal que ele faz em usa-lo. Faça o seu comentário desse vídeo!