Cirurgia íntima aumenta o prazer? Saiba os tipos de procedimentos e tire dúvidas

ROTANEWS176  E DELAS  20/01/2017 09:00                                                                                                 William Amorim                                                                                                                                                                

Especialistas esclarecem dúvidas relacionadas aos procedimentos, quais são as restrições e cuidados e como esse mudança estética pode ajudar a mulher

A preocupação com a estética é algo que persegue a maioria das brasileiras – o Brasil está entres os países que mais realizam cirurgias plásticas  e é o recordista em cirurgia íntima. Os procedimentos buscam melhorar e rejuvenescer a aparência vaginale podem influenciar no prazer feminino.

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Reprodução/Foto-RN176 O Brasil é o recordista em quantidade de cirurgia íntima-Pinterest

Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) indicam que só no ano de 2015 foram realizadas 12.870 prodecimentos de  cirurgia íntima  no Brasil. O número é considerado alto para esse tipo de procedimento.

“Uma parcela considerável das mulheres sentem-se constrangidas com a aparência da região íntima e, realizando algum procedimento, elas têm a oportunidade de esculpir e refinar a região, acabando com o constrangimento e revigorando a sexualidade”, afirma Wendell Uguetto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Tipos de procedimento

Os motivos que levam à insatisfação com essa parte do corpo são muitos, por isso, os tipos de procedimentos cirúrgicos são variados.

– Labioplastia ou ninfoplastia : consiste na redução dos pequenos lábios e é a cirurgia íntima mais procurada no Brasil. Dura em torno de 45 a 60 minutos e, dependendo do caso, a paciente pode retornar as atividades habituais em dois dias. Após três semanas, as relações sexuais são liberadas.

“As mulheres que apresentam hipertrofia dos pequenos lábios se sentem constrangidas com esse aspecto de sobra de pele que pode marcar no biquíni ou na calça e muitas ficam constrangidas durante o ato sexual”, explica o cirurgião-plástico Daniel Petkevícius.

– Preenchimento de gordura : é possível retirar gordura de outras regiões do corpo para enxertar na região íntima. “Essa cirurgia visa preencher e corrigir a flacidez da pele que ocorre na região dos grandes lábios com o envelhecimento”, fala Wendell.

– Lipoaspiração do monte de vênus : o procedimento envolve uma pequena lipoaspiração que tem por objetivo de diminuir o volume do púbis.

– Clitoroplastia : é a retirada do excesso de pele da região. “Também é possível realizar a ressecção diminuindo o tamanho do clitóris, porém há um risco moderado de perda de sensibilidade”, alerta Daniel.

Cirurgia x orgasmo

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Reprodução/Foto-RN176 Os procedimentos cirúrgicos não interferem no prazer no ato da relação sexual

 

Ainda há muitos medos e dúvidas sobre esses tipos de cirurgia.“Os principais mitos referentes à cirurgia intima são sobre o medo da perda de sensibilidade, ausência de orgasmo e da necessidade de repouso prolongado referente a prática sexual (abstinência)”, esclarece Wendell.

O cirurgião plástico completa, dizendo que há mulheres que relatam, após retirarem a pele redundante, uma melhora significativa da qualidade do orgasmo.

Restrições e cuidados

Os profissionais afirmam que não existem restrições específicas para realizar alguma dessas cirurgias e como todos são procedimentos pequenos, os riscos são limitados. Também não há necessidade de retirada de pontos, pois são absorvíveis e caem sozinhos.

No pós-operatório , os cuidados basicamente são manter a higiene local, usar roupas confortáveis e evitar a atividade sexual no período determinado pelo médico.

Perfil de mulheres

As mulheres que buscam esse tipo de procedimento estão na faixa etária dos 20 aos 40 anos. Elas procuram os cirurgiões preocupadas com a aparência estética e para se sentirem mais a vontade na hora da relação sexual .

Os profissionais dizem que a cirurgia íntima proporcionam melhoras psicológicas e funcionais. “Com a melhora da autoestima, as pacientes se sentem mais seguras e tranquilas durante o ato sexual”, afirma Daniel.