ROTANEWS176 20/08/2023 10h18 Por Laura Intrieri
Animal se recuperava desde 2021 após uma lesão causada por movimentos contraditórios ordenados pelos dois cérebros.
Reprodução/Foto-RN176 Cobra de duas cabeças é atração em zoológico no Texas Foto: Reprodução/Cameron Park Zoo/Facebook
A cobra com duas cabeças Pancho & Lefty voltou a encantar turistas do Zoológico Cameron Park, no Texas, após passar por um período de reabilitação devido a um ferimento no pescoço. A novidade foi compartilhada pela instituição no início do mês em uma publicação no Facebook.
O animal se recuperava desde 2021 após uma lesão causada por movimentos contraditórios ordenados pelas duas cabeças. Pancho & Lefty se feriu ao tentar se mover em duas direções diferentes ao mesmo tempo.
Uma família da cidade de Waco, a duas horas de Dallas, capital do estado, achou a cobra em seu quintal em 2016 e a doou para o zoológico local. Na época, biólogos estimaram que a criatura, que media apenas 20 centímetros, tinha entre seis e oito semanas de idade.
Segundo dirigentes do Cameron Park, ela teria poucas condições de sobreviver na natureza por apresentar movimentos mais esporádicos e descoordenados do que cobras normais.
Após o incidente em 2021, o bicho foi submetido a uma rotina intensa de cuidados com veterinários e saiu da exibição regular a visitantes.
Reprodução/Foto-RN176 Animal já se machucou por causa de movimentos contraditórios Foto: Reprodução/Cameron Park Zoo/Facebook
“Levou até junho do ano passado para a ferida cicatrizar completamente. Agora que ele tem se alimentado bem e a ferida está completamente fechada há um ano, estamos animados para colocá-lo de volta no prédio do aquário de água doce”, explicou o zoológico no Facebook.
Seu novo espaço de exibição não tem muitos obstáculos, além de grama. A intenção é oferecer um local em que a cobra possa se sentir segura, segundo o zoológico.
O réptil, uma Pantherophis obsoletus, possui uma condição rara chamada bicefalia, que ocorre quando um único embrião começa a se dividir em gêmeos idênticos, mas não se separa completamente.
Cientistas conseguem rastrear o fenômeno há pelo menos 150 milhões de anos, graças à descoberta de um fóssil de réptil de duas cabeças na China em 2006. Na época, o estudo foi publicado no periódico Biology Letters. FONTE: BYTE