ROTANEWS176 E POR OLHOR DIGITAL 21/09/2021 18h44 Por Flavia Correira
Não vai demorar muito para que a Estação Espacial Internacional (ISS) seja aposentada, momento em que, provavelmente, será incinerada na atmosfera da Terra, colocando fim à sua vida útil projetada para durar 30 anos. Considerando seu lançamento em 1998, faltariam mais seis anos e meio para o fim de suas atividades. E o que a Nasa planeja fazer depois disso?
Reprodução/Foto-RN176 Estação Espacial Internacional irá se aposentar, e a Nasa não quer construir outro laboratório orbital. Imagem: Nasa
Ao que tudo indica, a agência espacial americana não pretende fazer uma nova estação espacial. Em vez disso, a Nasa revelou que quer economizar, deixando o desenvolvimento de um novo laboratório orbital para empresas privadas.
Segundo a CNBC, serão oferecidos até US$400 milhões pelas melhores propostas. Mesmo com esse enorme valor reservado, a agência espera economizar cerca de US$1 bilhão por ano.
Dessa forma, sobraria mais dinheiro para ser investido em novas missões, em vez de gastar com a manutenção da estação espacial, o que representa uma mudança significativa nas prioridades da Nasa voltadas para a tecnologia espacial privada.
Novos tempos para a Nasa
Sendo assim, a agência espacial não planeja arcar com a conta inteira do desenvolvimento de qualquer nova estação espacial – o diretor de voos espaciais comerciais da Nasa, Phil McAlister, disse à CNBC que a agência “só vai pagar pela parte de que precisamos”.
“Era explicitamente parte do anúncio original de propostas que esperávamos divisão de custos”, acrescentou McAlister. “Daqui para frente, não prevemos pagar por todos os destinos comerciais. Não achamos isso apropriado, já que as empresas serão donas da propriedade intelectual e poderão vender essa capacidade para clientes não pertencentes à Nasa”, explicou.
Com a economia anual prevista de US$1 bilhão com a terceirização do desenvolvimento e das operações da estação espacial, McAlister diz que a Nasa pode mudar seu foco do desenvolvimento de tecnologia orbital e priorizar a exploração.
“Podemos usar essa economia – que projetamos ser da ordem de um bilhão a um bilhão e meio de dólares [anualmente] – para nossas missões e aspirações no espaço profundo”, disse à CNBC .