ROTANEWS176 E AFP 08/09/2017 00h30,
O ano de 2017 começou com Arlene, seguido de Bret, Cindy e Don. Irma figura na nona posição. Depois de Jose, virão Katia, Lee e Maria
HO / NOAA/RAMMB / AFP
Reprodução/Foto-RN176 Imagem de satélite do furacão Irma, o mais poderoso já registrado no Atlântico
Depois de Harvey e Irma, é a vez de Jose. Todos os furacões tropicais têm um nome próprio, escolhido com antecipação e fácil de recordar. Trata-se de uma prática antiga. O uso de um nome curto reduz o risco de erro. “É muito mais fácil de memorizar do que uma cifra ou um termo técnico”, explica a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
“Um nome facilita o trabalho da imprensa, reforça o impacto das advertências e ajuda na preparação das populações”, segundo a OMM, órgão da ONU. As propostas de nomes são feitas por organismos regionais. A OMM, que dispõe de correspondentes em cada região, se pronuncia a respeito e intervém para evitar possíveis polêmicas.
Dessa forma, em 2015, retirou “Isis” da lista de futuros furacões na região Pacífico-Norte, já que o nome da deusa egípcia também é um dos acrônimos em inglês do grupo extremista Estado Islâmico.
O Centro Nacional de Furações dos Estados Unidos tem seis listas de nomes, para o Caribe, o Golfo do México e o Atlântico Norte, utilizando uma a cada ano.
As listas seguem uma ordem alfabética e pulam as letras difíceis de encontrar um nome, como Q e U. Ao final de seis anos, retomam a primeira lista. Mas, quando um furacão provoca muitas vítimas e danos, o nome é retirado da relação. Dessa forma, nunca mais haverá um “Katrina“.
O ano de 2017 começou com Arlene, seguido de Bret, Cindy e Don. Irma figura na nona posição. Depois de Jose, virão Katia, Lee e Maria. Os nomes são ingleses, espanhóis e franceses em referência aos países potencialmente afetados.
Desde o final do século XVIII, os ciclones são batizados. Até o o início do século XX, os que atingiam as ilhas espanholas do Caribe eram chamados segundo o santo padroeiro do dia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os marinheiros americanos começaram a batizar os ciclones com os nomes de suas mulheres ou namoradas.
Em 1953, o Escritório Metereológico americano começou também a usar nomes de mulheres, mas, nos anos 1970, as feministas protestaram contra esta associação com um fenômeno devastador. Em 1979, foi estabelecida a paridade, com uma alternância de nomes próprios femininos e masculinos.