ROTANEWS176 26/04/2025 12:25 MATERIA GRUPO CORAÇÃO DO REI LEÃO DIRETO DO JBS
Por Grupo Coração do Rei Leão da BSGI
Reprodução/Foto-RN176 Olá, integrante do Grupo Coração do Rei Leão, tudo bem?
Já finalizamos o primeiro trimestre de 2025. Parece que o tempo voa. Como temos a sensação de que ele passa muito mais rápido, assim vive a maioria das crianças e dos adolescentes.
É como se eles pensassem: “Eu tenho medo de não ter tempo suficiente pra aproveitar tudo o que quero nesta vida”.
Vivemos em uma era na qual a instantaneidade parece que guia nossa rotina. O termo “imediatismo” ganhou destaque nas discussões sobre comportamento humano, tecnologia e suas implicações sociais. Essa necessidade por soluções rápidas e instantâneas cresce com o avanço tecnológico, especialmente com as redes sociais. O imediatismo pode ser visto como uma resposta à cultura da rapidez, em que tudo deve acontecer num “toque de botão”.
A cultura do instantâneo também influencia as expectativas de gratificação imediata entre os jovens. Com o acesso rápido a informações, entretenimento e itens de consumo, os jovens estão acostumados a ter suas necessidades atendidas imediatamente. No entanto, essa expectativa de gratificação imediata pode levar à frustração quando as coisas não acontecem conforme o esperado. Não alcançar rapidamente os objetivos desejados pode levar a sentimentos de desesperança e de inadequação, e até mesmo de transtornos, como depressão e ansiedade.
Tentativas de conselhos — como “Você precisa ter mais paciência”; “Você tem de saber esperar”; “Você não pode querer tudo agora”; “O mundo não funciona no seu tempo” — podem não funcionar tão efetivamente.
Por isso, nossa missão, como componentes do Grupo Coração do Rei Leão, nos leva a ter um olhar mais compreensivo e amoroso sobre essas questões.
Na obra Escolha a Vida, diálogo entre Daisaku Ikeda e Arnold J. Toynbee, Ikeda sensei declara:
A interação entre as crianças é mais que um simples meio de transmitir conhecimento, é algo vital para a formação do caráter. Embora os adultos sempre tratem as crianças como imaturas e inexperientes, aquelas que vivem e brincam juntas se consideram personalidades individuais e iguais. As situações decorrentes dessa igualdade ensinam as crianças a controlar seu egoísmo e a saber como lidar com outras crianças mais sensíveis.1
O convívio com as novas gerações também é um desafio para pais e professores, que devem promover experiências com equilíbrio, usando a empatia e colocando-se no lugar delas para que possam enxergar suas necessidades e desenvolver a paciência e a persistência, características que têm marcado os conflitos dessas gerações.
No capítulo “Vida Diária” do livro Famílias Felizes, Crianças Felizes, Ikeda sensei orienta:
Cada criança é única, cada uma tem seu tempo para amadurecer e se fortalecer, e isso pode diferir em muito de uma criança para a outra. Quando os pais se concentram demais nos filhos, demonstrando entusiasmo num momento e desânimo no outro, essa insegurança passa para os pequenos e acaba gerando um ciclo vicioso. É importante que os pais mantenham uma postura imperturbável diante de pequenas ocorrências. Quando os pais manifestam um estado de vida elevado e expansivo, os filhos podem crescer com liberdade. Mas pode acontecer de um filho adoecer, e isso com certeza afligirá os pais, que poderão, impulsionados pela ansiedade, correr com ele ou ela ao médico. Porém, mesmo quando o progresso físico e linguístico dos filhos parece afetado, ou mais lento, a atitude mais benéfica será considerar esses problemas de uma perspectiva de longo prazo. (…) Os pequenos são sensíveis; eles têm um radar interno que pode detectar com precisão as atitudes dos adultos. É como eu sempre digo, na vida de cada criança existe um excelente adulto. Devemos estimar e respeitar cada criança como um ser humano, um indivíduo completo. Em outras palavras, os pequenos sempre responderão ao amor e à atenção séria e sincera com que os tratamos, por mais peculiar que seja a reação deles e delas. Exatamente pelo fato de ser difícil ser pai ou mãe, essa experiência faz cada um se tornar uma pessoa melhor. Quem educa crianças está, ao mesmo tempo, educando-se com elas.Os laços que unem pais e filhos são algo maravilhoso. Da perspectiva da eternidade da vida, essa relação é realmente profunda. Um filho proporciona à família a oportunidade de edificar um modo de vida supremo. Dependendo de como o pai ou a mãe encara cada situação, o curso da vida tanto dos pais como dos filhos vai diferir de maneira significativa. Por maior que seja o sofrimento ou a dificuldade que os pais estejam enfrentando, enquanto cultivarem a gratidão pela existência dos filhos, pais e filhos avançarão juntos rumo à felicidade.2
Nós, do GCRL, temos uma missão grandiosa com todos os sucessores. Sem ansiedade, porém, como diz o verso “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”,3 de uma canção, vamos achar um caminho que possa tocar o coração de cada jovem que desejamos criar como valores tanto para a Gakkai como para a sociedade. Vamos fazer com que eles próprios explorem o vasto céu em que alçarão voos individuais formando uma verdadeira esquadrilha da fumaça nos céus do Brasil.
Forte abraço!
Grupo Coração do Rei Leão da BSGI
Notas:
- IKEDA, Daisaku. TOYNBEE, Arnold J. Reprodução Até o Limite. Escolha a Vida. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2022.
- Idem. Vida Diária. Famílias Felizes, Crianças Felizes. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023.
- PRA NÃO DIZER Que Não Falei Das Flores (Caminhando). [cantor e compositor]: Geraldo Vandré. Rio de Janeiro: RGE, 1968. Álbum de 1979 (6min e 49s).
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO