Comunicação positiva

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  27/11/2021 08:35

MATÉRIA GRUPO CORAÇÃO DO REI LEÃO

Reprodução/Foto-RN176 Foto de uma família de ilustrativa da matéria – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Muitos pais são nascidos na década de 1970 e, portanto, acompanharam o avanço da tecnologia em seu lar, com televisores, aparelhos de som, geladeiras etc. Sabidamente, nós também temos o privilégio de vivenciar o avanço tecnológico. E, num processo mais rápido e intenso, vimos quanto o telefone atualmente exerce forte influência em nossa vida.

Com certeza, em sua família ou de algum conhecido que tenha filhos na fase dos 5 aos 9 anos, eles conhecem e manuseiam perfeitamente o celular, o notebook e sabem bem a importância que tem o sinal do Wi-Fi.

Engraçado que até há pouco conseguíamos “controlar” o tempo que as crianças “passavam na internet” simplesmente desconectando o cabo do Wi-Fi. Dizíamos que a internet estava com algum problema e eles acreditavam. E o tal do problema do Wi-Fi sempre se dava no mesmo horário.

Em um diálogo sobre o avanço tecnológico, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, comenta sobre a importância de mantermos o diá­logo saudável.

À medida que a revolução na tecnologia da informação continua a avançar, é natural que o diálogo de pessoa a pessoa, em que acontece uma verdadeira comunicação de vida a vida, seja cada vez mais essencial para a saúde individual e para o desenvolvimento social.1

Devido a pandemia, a rotina de todos nós sofreu diversas altera­ções: alguns pais começaram o famoso home office, além das aulas on-line. Com a rotina de aulas virtuais, por exemplo, houve um aumento considerável do uso da tecnologia. Não que seja um fator ruim, mas cabe a nós, pais, incentivarmos nossos filhos a usar corretamente a tecnologia.


A importância do diálogo

Nosso dia é cheio de tarefas, ainda assim devemos mostrar exemplos de um convívio harmonioso em nosso lar e com nossos filhos. Lemos na Nova Revolução Humana sobre a rotina de Ikeda sensei, mesmo com várias tarefas, e o que ele fazia para estar próximo aos seus filhos.

Mesmo percorrendo todo o país, ele jamais se esqueceu de enviar cartões-postais de cada localidade para seus filhos. Os textos eram simples, muitas vezes apenas informando onde estava e aonde iria no dia seguinte. Porém, jamais enviou um cartão endereçado a todos; sempre fez questão de remeter um postal para cada um de seus filhos.2

Atitudes simples põem em ação a revolução humana individual e familiar. Pequenos gestos continuamente farão surgir verdadeiros frutos em nosso lar, como nosso mestre nos direciona por meio do seu incentivo a seguir:

A questão principal é que tudo é enfim decidido pela fé dos pais. Em particular — e digo isso com base na experiência de centenas de milhares de pessoas — a fé da mãe é crucial. É isso o que significa “consistência do início ao fim”. “Início” significa a fé dos pais e “fim”, a fé dos filhos. Essencialmente, não há separação entre as duas.3

Vamos, juntos, cada vez mais, construir as bases de nossa família com alegria e radiância.

Grupo Coração do Rei Leão

Relato familiar

Ricardo e Lívia Imai – RM Cachoeirinha, Sub. Casa Verde, CNSP

Reprodução/Foto-RN176 Ricardo e Lívia com os filhos Leonardo e Yasmin da Regional Metropolitana/Cachoeirinha  – Editora Brasil Seikyo – BSGI

Nossos filhos, Leonardo, de 9 anos, e Yasmin, de 5, ainda são crianças, mas conhecem e manuseiam perfeitamente todas as tecnologias (celular, computador). Dividindo uma situação pessoal e interessante, nas conversas virtuais com os amigos da escola, nossos filhos comentavam que, em determinado horário, o Wi-Fi de casa “dava problema”. E logo um “sabidinho” revelou o segredo para eles. Quando descobriram, demos muitas risadas.

A luz amarela acendeu quando percebemos que eles não conseguiam ficar desconectados nem nos momentos das refeições ou recusavam um convite para um passeio. Observando essa dependência de uso dos gadgets, num momento de sabedoria (iluminação), passamos a incentivar Leonardo a estudar a utilização correta das salas de reuniões virtuais e, com isso, ele começou a se interessar pelo assunto, compartilhando os links para as atividades da comunidade. Em pouco tempo, passou a controlar o ingresso de participantes nas reuniões, abrir e fechar microfones, compartilhar telas, registrar as fotos das reuniões, enfim, fazendo bom uso da internet. Já Yasmin, por sua vez, foi incentivada a fazer desenhos enquanto as atividades estavam em andamento para, ao final, apresentá-los a todos os participantes, que, por sua vez, com muita benevolência, elogiaram seus lindos feitos.

Pode parecer pouco, mas, dessa forma, entendemos que nossos filhos estão mais próximos do mundo real e temporariamente distantes do mundo virtual. Sabidamente, nem tudo são flores, pois, vez ou outra, eles têm recaídas, e, ainda assim, nós os incentivamos a contribuir da melhor maneira.

Em algum momento, ouvimos dizer que “os filhos crescem vendo as costas dos pais” e, então, de alguma forma, precisamos nos esforçar também para dar um bom exemplo para eles.

Notas

  1. Brasil Seikyo, ed. 1.579, 11 nov. 2000, p. A4.
  2. IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana. Editora Brasil Seikyo: São Paulo, v. 2, p. 214.
  3. Brasil Seikyo, ed. 1.569, 26 ago. 2000, p. 3.